A tão exigida experiência profissional é um dos maiores desafios do graduando. Isso acontece porque, muitas vezes, o estudante não sabe como adquiri-la antes de finalizar sua graduação.
Uma das novas tendências observadas em requisitos para processos seletivos é a exigência de experiência profissional. Essa crescente torna-se uma adversidade para o indivíduo que busca sua primeira oportunidade no mercado de trabalho. Entretanto, existem algumas formas de você conseguir essa experiência ainda durante a graduação. Neste artigo, você irá conferir quatro formas de adquirir e demonstrar experiência para que isso não seja empecilho em sua vida profissional.
O que você verá neste artigo:
Experiência profissional na lei
Primeiramente, é importante destacar o que diz a lei sobre a exigência de experiência profissional em vagas para o mercado de trabalho. De acordo com o artigo 442 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), empregadores não podem exigir mais de 6 (seis) meses de experiência prévia para contratação. Dessa forma, ampliam-se as oportunidades de entrada no mercado de trabalho, uma vez que isso reduz as limitações. A decisão tomada baseia-se nos índices de desemprego entre pessoas mais jovens.
Ou seja, ao considerar uma das causas da baixa empregabilidade entre jovens, torna-se proibido exigir mais de 6 (seis) meses de experiência profissional a candidatos em processos seletivos. Além disso, a adição do artigo visava ampliar as oportunidades de jovens integrarem-se ao mercado.
1. Estágio
O estágio é uma excelente forma de o universitário conquistar experiência profissional ainda durante a graduação. Trata-se de uma preparação para o mercado de trabalho, a partir da realização de funções de maneira supervisionada na empresa. A regulamentação das funções, obrigações e direitos do estagiário é feita pela “Lei do Estágio” (lei n° 11.788/2008).
A mesma lei define que o estágio é uma atividade supervisionada que faz parte do programa pedagógico do curso. Portanto, diversos são os cursos que exigem o estágio obrigatório em sua grade. É importante ressaltar que não se trata de uma relação de trabalho (afinal, não há vínculo empregatício entre o estagiário e a empresa). Apesar disso, o estágio possui o importante papel de colocar o graduando em contato direto com o mercado de trabalho e a rotina de uma empresa.
Além disso, a partir do estágio você adquire experiência com as funções da área na qual deseja atuar, o que pode ser incluído em seu currículo.
Quem pode fazer estágio?
A lei n° 11.788/2008 explicita que o estágio destina-se aos educandos que frequentam o ensino regular em:
- Instituições de educação superior;
- Instituições de educação profissional;
- Instituições de ensino médio;
- Instituições de educação especial.
Além disso, inclui-se também os estudantes nos anos finais do ensino fundamental, sendo que esses se enquadram na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Ainda, a realização do estágio não está limitada às exigências de seus cursos. Esse, inclusive, é denominado de “estágio obrigatório”. Já o estágio não-obrigatório é considerado atividade opcional e acresce à carga horária regular e obrigatória. Dessa forma, além da experiência profissional, você pode adicionar o estágio como horas complementares, de acordo com as instruções da sua instituição de ensino. A Unopar é uma instituição que incentiva a realização do estágio mesmo que esse não seja obrigatório.
2. Freelancer
Você provavelmente já ouviu falar nos famigerados “freelas” ou “jobs”. Essa modalidade de trabalho encontra-se cada vez mais presente, especialmente por oferecer independência profissional, uma vez que quem opta por essa forma de trabalho não mantém vínculo com uma empresa. Dessa forma, é promovida uma liberdade de espaço e, muitas vezes, tempo. Além disso, o trabalho do freelancer é uma excelente forma de conseguir experiência profissional.
O profissional freelancer é, em linhas gerais, aquele que realiza funções de acordo com a demanda. Ou seja, na maior parte das vezes, é acionado conforme a necessidade e negocia com base nas especificações da atividade a ser realizada. Essa forma de atuação se popularizou muito com o aumento do desemprego na modalidade tradicional de contratação, além de tratar-se de uma forma de conquistar uma renda extra.
Esse trabalho autônomo exige responsabilidade e organização, uma vez que não há cobrança direta de um superior para cumprimento de prazos e controle de qualidade. Trata-se de uma área baseada na prestação de serviços, principalmente de maneira digital. É possível atuar como freelancer em diversas áreas, como criação de sites, produção de conteúdo e gestão de redes sociais, fotografia, design gráfico e muitos outros.
Quais são as vantagens de ser freelancer?
Tornar-se freelancer, além de te ajudar a conquistar a desejada experiência profissional, também possui as seguintes vantagens:
- Renda extra – Essa modalidade permite que você concilie as atividades autônomas com um trabalho formal, com carteira assinada e afins. Ou seja, mesmo que as atividades de freelancer sejam o emprego definitivo de muitas pessoas, ainda existe a possibilidade de torná-lo um adicional em sua vida financeira.
- Liberdade – O trabalho freelancer lhe oferece liberdade de tempo e, muitas vezes, geográfica, a depender da área de atuação e funções. Ou seja, esse profissional possui a oportunidade de trabalhar de onde quiser e gerenciar seu tempo da forma que preferir. Isso acontece uma vez que não é preciso se limitar ao ambiente de um escritório e cumprir uma escala específica.
- Possibilidade de escolha – O profissional autônomo também conta com a liberdade de escolher os trabalhos que irá realizar ou não, com base nos princípios e critérios que preferir.
3. Trabalho voluntário
Apesar de não contar como uma experiência profissional para uma função específica, o trabalho voluntário enriquece o seu currículo. De acordo com a lei n° 9.608/98, considera-se trabalho voluntário aquele que é prestado por pessoas físicas para entidades públicas ou instituições privadas sem fins lucrativos. Trata-se de uma atividade não remunerada com objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.
Além de permitir que você alimente seu currículo com as atividades e aprendizados desse tipo de trabalho, o voluntariado é valorizado pelas empresas. Isso acontece porque o trabalho voluntário não exercita somente capacidades profissionais, mas também habilidades de interação social.
4. Como o portfólio pode ajudar?
Apesar de não ser uma forma de trabalho, dependendo da área na qual você deseja atuar, o portfólio é um material importante para a busca de oportunidades profissionais. Este é diferente do currículo, que concentra um resumo de sua vida profissional, cursos e demais trabalhos.
O portfólio é um documento que compila os seus melhores trabalhos a fim de demonstrar suas habilidades na área em que atua. O mesmo permite que potenciais contratantes visualizem sua capacidade na execução de funções.
Além disso, a principal vantagem de um portfólio é agregar valor ao seu currículo. Ou seja, mesmo que não haja experiência de trabalho formal ou autônomo, você consegue demonstrar seu conhecimento. Isso acontece porque você pode incluir em seu portfólio trabalhos realizados para atividades da graduação e demais projetos que possua.
Por fim, apesar de o mercado de trabalho estar a cada dia mais desafiador, não é impossível adquirir experiência ainda durante graduação, como demonstramos acima. Aproveite essas recomendações e comece já a sua busca pela primeira experiência profissional.