Escolher a graduação ideal é um processo que vai desde ver quais são as suas afinidades, as matérias das quais mais gostava na escola, e seus dons. É um processo que pode levar um tempo para descobrir e, nessa avaliação, você acaba se autoconhecendo melhor.
E essa descoberta pode acontecer a qualquer período da nossa vida. A vocação – e a graduação ideal – pode aparecer até mesmo na infância. Crianças que falam ‘vou ser médico quando crescer’ podem estar já mostrando sua afinidade pela Medicina. Mas, como nós mudamos muito durante a vida, nossos ‘vou querer ser’ também mudam.
Isso não é ruim. É ótimo. Nosso autoconhecimento passa por experiências de vida, pessoas que conhecemos, vivências com familiares e na escola. Assim, depois do querer ser médico, a criança pode querer ser professor, advogado, jogador de futebol, entre outros.
O que você verá neste artigo:
O “mapa da mina”
Podemos ter também esse ‘estalo’ sobre a graduação ideal mais tarde na vida, e aqui falamos depois dos 30 anos de idade. Nesse intervalo, depois de muitas experiências e pessoas com as quais convivemos, aprendemos mais sobre nós mesmos. Aí a graduação ideal fica mais clara. Vamos ver aqui o mapa da mina para descobrir qual é a sua.
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O que você gosta de fazer?
Aqui vale tudo, desde atividades profissionais até hobbies. É um passo importante em busca do autoconhecimento. Anote em um papel algo do tipo ‘caminhar, fazer corrida, escrever, ler, fazer contas, cozinhar, acessar a internet’, e não imponha limite. Nem que sua lista tenha dezenas de itens, é por aí que sua busca vai começar.
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Quais são as suas habilidades?
Dessa lista, veja quais dessas coisas precisam de habilidades específicas. Por exemplo, se você gosta de cozinhar, e cozinha bem, esse item ganha um ponto. Se você gosta de correr, e pratica exercícios físicos, ganha ponto. Isso começará a afunilar suas opções para encontrar a graduação ideal.
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Do que você gostava na escola?
Sabe aquelas matérias cujas aulas você gostava de assistir? Até ia para a escola com mais vontade. Pode parecer banal, mas é uma grande dica para ajudar a descobrir a graduação ideal. Por exemplo, você gostava de História e Biologia.
São áreas completamente diferentes, mas dá para pensar em alguma carreira que una esses dois campos. Naquela lista que você fez no começo, anote as matérias da escola que mais tenham a ver com seus gostos. Facilita muito a elaboração de uma lista com os top cinco cursos mais indicados.
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Converse com quem já está na área
Isso é um divisor de águas. Quando você tem oportunidade de conversar com profissionais das áreas que você está em dúvida, é ótimo. Você pode tirar dúvidas, perguntar como é o dia a dia, como está o mercado de trabalho, entre outros.
Pode ser que aquela ideia inicial do curso ganhe ainda mais força. Ou não. Aí já conseguimos eliminar alguns candidatos à graduação ideal.
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Visite as faculdades para conhecer sua graduação ideal
Esse item complementa o anterior, e pode vir antes ou depois dele. Se for possível, e conhecer alguém que já esteja estudando, visite a instituição de ensino para conhecer o clima da faculdade.
Ver como são as salas de aula, se há laboratórios, como é o ambiente e se fica longe da sua casa são alguns pontos em avaliação. Já vai dar para ter uma série de requisitos para poder eliminar as dezenas de sugestões de cursos para alguns deles.
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Teste vocacional
Se ainda há muitas dúvidas sobre a graduação ideal, faça testes vocacionais. Eles são uma boa forma de fazer uma viagem dentro de si mesmo. Há testes gratuitos na internet que, mesmo não sendo amplos, ajudam a ter uma ideia boa sobre qual carreira seguir.
Se for possível, faça sessões de orientação vocacional com profissionais. Eles farão exames mais detalhados e entrevistas. Dessa forma, o mapa da mina fica mais detalhado e com o destino mais visível.
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Conheça a grade curricular dos cursos
Esse item pode vir em qualquer etapa desse processo. Quando você já tem algumas opções de curso, veja nas faculdades quais são as matérias que o compõem. Isso ajuda a ver se há disciplinas com as quais você pode apresentar mais ou menos dificuldade.
Não que você já tenha que saber delas antes de entrar, mas com essa informação, é possível ver o que precisará de mais reforço. E dá para ver também aquelas que você já pode se identificar logo de cara. Assim, dá para escolher com mais certeza qual é a graduação ideal.
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Veja o mercado de trabalho
Aqui a lista costuma ficar mais enxuta. Para quem está na dúvida entre áreas distintas, veja aquela que tem uma tendência de alta nos próximos anos. Assim, quando você se formar, saberá que terá facilidade para entrar no mercado de trabalho. Mas esse campo é um pouco tentador.
Pode ser que essa área em alta tenha um salário maior. Dessa forma, veja se é realmente isso que espera de uma graduação ideal. Ela será ideal se você se sentir bem com ela, e não só porque o salário é bom.
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Curso presencial ou EAD?
Quando a lista de cursos tiver se reduzido, veja como eles são oferecidos. Há três modalidades, o presencial, o semipresencial (ou híbrido) e a distância (EAD). Há cursos que só são oferecidos de forma presencial, e outros, em todos os formatos.
Verifique qual é a sua disponibilidade de tempo. Afinal, para ir à faculdade, devemos levar em conta o tempo de deslocamento e as horas de aula. Para cursos EAD, tenha em mente que precisa manter a disciplina para fazer as aulas e as atividades. Com essa análise, já dá para elencar a graduação ideal.
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E se eu não gostar dessa graduação ideal?
Isso pode acontecer, e não se frustre caso você não goste do curso. É no dia a dia das aulas que você conhece como a carreira será. Os sinais que as coisas não estão boas são: ir à faculdade como se fosse uma obrigação, não se sentir bem, estar deprimido e desanimado. Não desista: agora que você já sabe do que não gosta, fica mais fácil encontrar a graduação ideal!
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