Para investigar algo, é necessário estar atento aos detalhes. Assim, para o curso de Investigação e Perícia Criminal o aluno deve ser minucioso, detalhista e ter serenidade. Afinal, ele vai lidar com situações tensas no dia a dia, e manter a calma ajuda muito no curso do trabalho.
Quando imaginamos o curso de Investigação e Perícia Criminal, logo vem à cabeça aquelas imagens de seriados de TV. Profissionais de olho na cena do crime, coletando provas e analisando a posição dos objetos. Isso é parte da rotina do especialista na área, que vai lidar com esse e outras atividades.
Para isso, é importante ter uma formação superior específica, para que o profissional possa desempenhar seu trabalho com eficiência. Assim, ele poderá reunir evidências que apontem os autores do crime ou da ocorrência. Vamos conhecer um pouco mais do curso.
O que você verá neste artigo:
O curso de Investigação e Perícia Criminal
Ele é oferecido na modalidade superior tecnológico, e tem um ano e meio de duração. Nele, o aluno terá um panorama do Direito voltado para a área criminal. Assim, aulas de Processo Penal e Direito Constitucional dão o embasamento necessário para que ele possa entender o processo de investigação chefiado pelo delegado de polícia.
Há também disciplinas que trazem os fundamentos da investigação e criminalística, como obter provas na cena do crime, e a perícia judicial. Mas não é só. Como hoje os crimes digitais, que acontecem no ambiente da internet, o curso também traz uma matéria sobre como investigar delitos digitais.
O profissional de Investigação e Perícia Criminal tem aulas de perícia contábil. Essa é uma área que vem crescendo nos últimos anos. Esse tipo de perícia analisa as contas da empresa para encontrar irregularidades em pagamentos ou recebimentos. Ou somente mesmo para atestar que está tudo bem.
Como é o trabalho no dia a dia?
Caso o graduado vá trabalhar na polícia civil ou federal, ele poderá lidar com duas áreas, basicamente. Uma delas é na investigação propriamente dita. Ele vai para a cena do crime e coletar provas. Há técnicas especiais para isso, de forma a não interferir no processo. Por exemplo, ao encontrar fios de cabelo, ou gotas de sangue, é necessário ter cuidado para que essa amostra não sofra prejuízos que atrapalhem a investigação.
Ele também pode trabalhar na perícia. Aí é o trabalho de laboratório: como analisar essas evidências, usando equipamentos especializados. Uma dessas análises é o exame de balística. Ao encontrar uma bala em um corpo ou no chão, e se a arma for encontrada, é onde o perito analisa se foi daquela arma que saiu o projétil. Isso diz muito sobre a cena do crime.
O especialista também pode trabalhar no setor de seguros. Ele analisa os sinistros, que são as ocorrências que o serviço cobre, e ver se elas de fato são verdadeiras. Isso evita falsas comunicações de sinistros, o que pode acarretar em prejuízos para a seguradora.
Qual é o perfil do estudante de Investigação e Perícia Criminal?
Gostar de acompanhar os seriados de TV sobre investigação já dá uma pista de como é o dia a dia, mas precisa de mais algumas qualidades para se dar bem tanto no curso quanto na vida profissional. Assim, o graduando precisa ser detalhista.
São nos detalhes que moram as informações mais preciosas a respeito de um crime. E é ser detalhista até para se locomover na cena da ocorrência. Cuidado onde pisa, como se desloca, e não esbarrar em locais suspeitos. Dessa forma, ele não interfere no local e consegue captar as evidências.
O aluno também precisa ser meticuloso. Aqui é ter cuidado em seguir os métodos de investigação e perícia. Há técnicas para se extrair provas e informações, e há uma sequência de instruções que devem ser seguidas.
Ter serenidade e firmeza faz parte do pacote. O profissional não pode se deixar levar pelo calor do momento, pelas declarações das testemunhas ou intimidações. Há a necessidade de ser firme para conseguir conduzir a investigação e levantar as evidências importantes.
Com quais provas o profissional trabalha?
No dia a dia da Investigação e Perícia Criminal, o profissional vai lidar com provas de todos os tipos. Desde gotas de sangue, esperma, fios de cabelo e pegadas, até partes de corpos e coisas ainda mais inusitadas.
Dependendo do crime, o tipo de terra encontrada no local pode dizer muito sobre o criminoso. Isso mostra por onde ele andou. Guardanapos de papel ou bitucas de cigarro com marcas de boca podem conter material genético importante. Ele pode ser confrontado com o material colhido dos suspeitos e, como o exame de DNA é praticamente 100% preciso, isso já diz muito.
Em acidentes de carro, o tipo de batida, a cor da tinta que pode ter ficado na lataria, e a posição do amassado podem indicar até a velocidade do veículo na hora do acidente. Por isso é importante ser meticuloso e detalhista para ver as evidências, que contam a história da ocorrência.
Mercado de trabalho em Investigação e Perícia Criminal
Para trabalhar nas polícias civil e federal, que são as que investigam crimes, o especialista precisa ser aprovado em concurso público. Como são certames muito disputados, ele já pode começar a estudar, independentemente de as inscrições estarem abertas.
O conteúdo das provas de investigador e perito é bastante extenso, e aborda diversas áreas do Direito, como o Civil, Constitucional, Penal e Empresarial, entre outros. As matérias variam de acordo com o concurso e a edição. Assim, veja os editais das provas anteriores e comece a estudar com base no conteúdo exigido. Isso já ajuda muito.
O profissional pode também trabalhar em seguradoras, para fazer a análise de sinistros. Essas empresas fazem seguros de veículos, casas, objetos e empresas. Assim, ao ser acionada, o perito deve fazer uma análise do bem que foi danificado e verificar se realmente foi isso o que aconteceu.
Há também empresas que fazem perícia contábil. Embora o especialista não possa fazer o laudo pericial (que é feito somente pelo contador), este profissional pode auxiliar na coleta de dados e provas. Outro ramo é na investigação de crimes digitais, como roubo de dados, senhas e até de valores.
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