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Saiba tudo sobre o curso superior em Matemática

Você andou pensando em fazer uma graduação e considerou o curso superior de Matemática, mas ainda não tem muita certeza? Pois bem, este post será perfeito para você! Depois de entender melhor como funciona o curso, o mercado de trabalho e o perfil do estudante, tomar uma decisão será muito mais fácil. Vamos lá?

O que é o curso de Matemática?

Antes de responder a essa pergunta, é preciso fazer outra: de qual curso superior de matemática estamos falando? Sim, é isso mesmo. Podemos estar nos referindo a duas escolhas que são bem diferentes entre si, pois essa disciplina pode ser estudada tanto no bacharelado quanto na licenciatura. Então, vamos começar percebendo do que se trata cada titulação.

E, antes de você continuar essa sua leitura, vamos dar uma dica. Se, depois deste artigo, você quiser conhecer outros cursos, é bom abordar com um pouquinho mais de profundidade essa discussão sobre os tipos de graduação. Se for o caso, sugerimos que você descubra a diferença entre bacharelado, tecnólogo e licenciatura.

A licenciatura em Matemática

Na graduação em Matemática do tipo Licenciatura, você vai encontrar uma faculdade que tem como foco a formação de professores dessa disciplina. Ou seja, você vai passar quatro anos aprendendo a dominar diversas áreas que compõem essa matéria. Será uma jornada pelos cálculos e pelo raciocínio lógico. Mas, tão importante quanto isso, será o seu desenvolvimento na área pedagógica. Por isso, passará por muitas disciplinas que vão ter o foco em ensinar a ensinar, além de outras que abordarão demais conteúdos da área da educação.

Se você já está decidido e esse é, definitivamente, o seu foco, então você pode ampliar a sua compreensão sobre o que é o curso de matemática e entender algumas particularidades da licenciatura.

O bacharelado em Matemática

Bom, a matemática não se restringe à sala de aula. E, se você é apaixonado por cálculos, mas não tem interesse em dar aulas, deve considerar o bacharelado. Isso porque, neste tipo de graduação, você encontrará uma formação voltada para o mercado de trabalho.

Enquanto na licenciatura o aluno se divide entre disciplinas mais puramente matemáticas e outras da área da educação, no bacharelado os esforços estão voltados quase que exclusivamente para as disciplinas dessa ciência. Além destas, em geral, são encontradas disciplinas que buscam contextualizar a utilização do conhecimento mais técnico. Assim, o graduando conseguirá articular o aprendizado dos números com outras reflexões, permitindo que entenda sua posição como profissional da área.

Diferenças nas grades curriculares de cada curso de Matemática

Conceitualmente, percebemos que os cursos se distanciam a partir de seus objetivos. Mas, para não ficarmos apenas no plano teórico, é importante notarmos como isso ocorre na prática. Para tanto, vamos tratar das duas grades curriculares. Ou seja, vamos conhecer quais são as disciplinas que compõem essas duas graduações a partir de dois exemplos.

Ao olhar o título das disciplinas, perceba que, na grade curricular da licenciatura, não se trata de fazer um curso que é a metade do bacharelado. Essa visão simplista é muito comumente reproduzida, ainda que não seja correta. Cadeiras como Metodologia do Ensino de Matemática e Recursos para o Ensino de Matemática são específicas desse curso, bem como os estágios obrigatórios.

Grade curricular do curso de licenciatura

  • Álgebra Linear e Vetorial
  • Análise Combinatória e Lógica
  • Análise Matemática
  • Atividade Complementar
  • Cálculo Diferencial e Integral I
  • Cálculo Diferencial e Integral II
  • Cálculo Diferencial e Integral III
  • Cálculo Numérico
  • Didática
  • Ed – Ciência, Tecnologia e Sociedade
  • Ed – Construindo uma Carreira de Sucesso – Licenciaturas
  • Ed – Cultura Digital
  • Ed – Design Thinking
  • Ed – Empreendedorismo
  • Ed – Mindset Ágil
  • Ed – Práticas de Estudo – Competências Socioemocionais
  • Ed – Projeto de Vida
  • Educação a Distância
  • Educação e Diversidade
  • Educação Inclusiva
  • Elementos da Matemática I
  • Elementos da Matemática II
  • Estágio Curricular Obrigatório I
  • Estágio Curricular Obrigatório II
  • Estágio Curricular Obrigatório III
  • Estruturas Algébricas
  • Etnomatemática
  • Funcionamento da Educação Brasileira e Políticas Públicas
  • Fundamentos da Educação
  • Fundamentos da Física I
  • Fundamentos da Física II
  • Geometria Analítica
  • Geometria Espacial
  • Geometria Plana
  • História da Matemática
  • Inovação Educacional
  • Libras – Língua Brasileira de Sinais
  • Matemática Aplicada às Ciências
  • Matemática Financeira
  • Metodologia do Ensino de Matemática
  • Pensamento Científico
  • Práticas de Ensino Aplicadas na Educação Básica
  • Práticas Educativas em Espaços não Escolares
  • Probabilidade e Estatística
  • Produção e Análise de Material Didático
  • Profissionalização Docente
  • Projeto de Ensino
  • Psicologia da Educação e da Aprendizagem
  • Recursos para o Ensino De Matemática
  • Sociedade Brasileira e Cidadania

Grade curricular do curso de bacharelado

  • História da Matemática
  • Introdução ao Cálculo
  • Língua Portuguesa
  • Matemática Básica
  • Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional
  • Cálculo I
  • Cálculo Vetorial e Geometria Analítica
  • Fundamentos de Geometria I
  • Lógica Matemática
  • Trigonometria
  • Análise Combinatória
  • Fundamentos de Geometria II
  • Números Complexos e Equações Algebricas
  • Teoria dos Números
  • Álgebra Linear
  • Cálculo II
  • Cálculo III
  • Fundamentos de Análise
  • Fundamentos de Álgebra
  • Metodologia Científica
  • Cálculo IV
  • Equações Diferenciais Ordinárias
  • Física Teórica I
  • Matemática Discreta
  • Probabilidade e Estatística
  • Algoritmos
  • Análise Estatística
  • Construção Geométrica
  • Cultura Empreendedora
  • Cálculo Diferencial e Integral II
  • Direito Ambiental
  • Economia Matemática
  • Estatística
  • Física Teórica II
  • Gestão de Projetos Tecnológicos
  • História dos Povos Indígenas e Afrodescendentes
  • Inovação Tecnológica
  • Progressões e Matemática Financeira
  • Raciocínio Lógico
  • Seminários Integrados em Matemática
  • Sustentabilidade
  • TCC em Matemática

Duração do curso superior de Matemática

Se você está decidido a fazer uma graduação, não tem jeito, é necessário colocar alguns anos de sua vida em prol desse projeto. No caso do curso superior de matemática, quando nos referimos ao tempo estudando, praticamente não há diferenças entre bacharelado e licenciatura. As instituições acabam variando entre propostas de 3 a 5 anos, tendo 4 anos como período mais comum.

Essas previsões de duração dos cursos projetam, é claro, que o aluno faça todas as cadeiras imaginadas para cada semestre. Contudo, a disponibilidade do aluno e a maleabilidade da grade da instituição podem encurtar ou alongar essa convivência. Isso porque, em muitos casos, há a possibilidade de cursar cadeiras em regime intensivo, geralmente aproveitando os períodos de férias, o que permite ao aluno se formar mais rápido do que o esperado. Por outro lado, há quem prefira fazer menos cadeiras por semestre ou módulo, o que faz com que se passe mais tempo em busca do diploma.

Outro ponto que pode ser importante é o aproveitamento de disciplinas. Para muitos alunos, o primeiro contato com um curso pode servir para saber se aquela é, realmente, a área a ser seguida. Nesses casos, contar com disciplinas que são compartilhadas por outros cursos é a garantia de que, mesmo que depois o aluno prefira trocar de curso, ele ainda poderá manter a projeção de sua data de formatura.

Sendo assim, se você iniciar o bacharelado, é possível que consiga aproveitar boa parte das disciplinas caso queira trocar para a licenciatura. E, caso inicie a licenciatura, é possível que consiga aproveitar não só para esse bacharelado, mas também para diversas outras licenciaturas, tendo em vista que, em geral, esse curso começa em contato com disciplinas bem abrangentes da área da educação.

Qual a melhor modalidade para o curso superior de Matemática

Ao pensar na modalidade de estudo, o curso superior de matemática tem um grande trunfo. Diferentemente de outros casos, ele pode ser encontrado nos três formatos oferecidos no mercado: presencial, semipresencial ou EaD. Vamos tratar brevemente de cada um deles, começando por este último.

A EaD chegou às universidades brasileiras sob certa desconfiança, mas rapidamente viu esse quadro ser revertido. Como prova disso, os alunos da modalidade já são a maioria entre os estudantes dos cursos superiores no país. Mas isso não quer dizer que, com suas particularidades, a modalidade não carregue desafios. Portanto, a questão é saber se ela é a melhor para o seu perfil.

Totalmente EaD

O estudante do curso superior de Matemática na EaD buscará informações em materiais didáticos disponibilizados online. Essa é uma característica que permite ao aluno assistir ou ler a mesma explicação quantas vezes quiser, o que pode ser muito útil. Além disso, a busca pela complementação da explicação pode se dar de maneira autônoma, garantindo que o estudo seja guiado conforme a necessidade de cada aluno.

Além de poder moldar os caminhos conforme o seu interesse e ritmo particular, um curso totalmente online não exige que você faça deslocamentos até a universidade, nem mesmo que separe um período específico do dia para estudar. Essa dinâmica tem uma série de vantagens, como a economia no transporte, por exemplo. Mas a autogestão também impõe desafios. Se você quiser entender melhor quais são eles, leia sobre os 5 maiores desafios para os alunos da modalidade EaD.

Semipresencial

Se você tem receio em começar uma graduação totalmente EaD, mas gostou dos benefícios que ela oferece, pode pensar na modalidade semipresencial. Neste caso, assim como no 100% online, o conteúdo é acessado por meio de um computador ou celular, a partir de vídeoaulas, textos e demais materiais disponíveis para download. Além disso, as provas também podem ser online, a depender da escolha da Universidade.

A grande diferença desta forma de estudar para a anterior é que existem as aulas síncronas. Pela característica do curso superior de Matemática, elas podem ser um diferencial. Em geral, as instituições dispõem de momentos presenciais, que podem ocorrer semanalmente, nos polos. Com o modelo, busca-se que os alunos criem vínculos entre si e com os profissionais da instituição. Contudo, cria-se a necessidade de o estudante ter, no mínimo, um momento semanal destinado especificamente à educação, o que é um problema para aqueles com rotinas menos estáticas.

Presencial

Ainda como única disponível em várias áreas, a opção pelo presencial é a mais tradicional. Com ela, a dinâmica dos encontros em sala de aula ainda está no centro do processo. Mas mesmo esse modelo tem recebido cada vez mais a presença dos elementos digitais, vide a possibilidade que os cursos presenciais têm de oferecer 40% de suas disciplinas online.

Essa modalidade talvez ainda seja a melhor para a construção do network do aluno, e para alguns pode ser também uma boa escolha do ponto de vista pedagógico. Contudo, é a que mais prende o aluno a uma rotina. E é, tendencialmente, uma opção bem mais cara, levando em consideração os preços praticados pelas instituições em comparação a outras modalidades, bem como deslocamento, alimentação e demais gastos.

Enfim, como você pode perceber, cada modalidade tem pontos positivos e negativos. O importante é que o aluno escolha o melhor para si, conforme o seu perfil, para que possa passar pelo curso superior de Matemática da melhor maneira.

Perfil do aluno

No tópico anterior, você pôde perceber as diferenças entre as modalidades e entender em qual o seu perfil se encaixa melhor. Mas, será que já entendeu se tem perfil para o curso superior de matemática? Vamos tratar disso.

Em geral, o egresso desse curso é bom de cálculo, claro, mas não só isso. Gosta de, mais do que aplicar uma fórmula e manipular os números conforme as regras básicas, entender o motivo pelo qual as regras e fórmulas são como são. Ou seja, comumente, é um curioso intelectual. Outro ponto que faz com que não desista, à medida que os cálculos vão se tornando mais complexos no curso, é a vontade de se superar.

O estudante de matemática costuma ser um amante da lógica. Para ele, é muito confortável contar com uma área em que o seu conhecimento é precisamente verificável.

A vontade de transformar a área costuma compor esse perfil, principalmente no caso da licenciatura. Não raro, esses estudantes buscam transformar o sistema de ensino pelo qual passaram, alguns deles até com dificuldade na própria disciplina. No perfil de quem está buscando se tornar professor, talvez seja óbvio, mas cabe ressaltar como característica muito importante o gosto por ensinar.

Em geral, é uma pessoa que se permite fazer abstrações, não raro gostando também de áreas como filosofia, que para muitos seria o oposto da matemática. Nesse caso, a matemática é foco de interesse não como fim em si mesma, mas como ferramenta. Afinal, os números permitem compreender de maneira aprofundada muitas áreas do conhecimento humano. Nesses casos, porém, pode ser importante dar uma olhada com mais calma em outros cursos antes de fazer a matrícula, bem como no mercado de trabalho.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para o licenciado é, em boa medida, o da sala de aula. Isso inclui instituições públicas e particulares, nos níveis fundamental, médio e técnico. É verdade, porém, que não necessariamente se limita a isso. Devido à formação abrangente do curso de Licenciatura em Matemática, além de trabalhar na área da educação, o profissional também pode encontrar oportunidades em empresas de vários segmentos. Alguns exemplos são as empresas de tecnologia, as instituições financeiras e as indústrias.

Para trabalhos fora da sala de aula, o licenciado tem menos acesso do que o bacharel, em tese, porque tem menos amplitude e profundidade em sua parte técnico-científica. E o contrário também vale. Se o bacharel quiser dar aulas, em um primeiro momento terá sua atuação bastante limitada. Por não ter uma formação que compreenda a parte pedagógica, não pode trabalhar na educação básica. Assim, se quiser dar aulas, terá de buscar a segunda graduação, sendo esta a licenciatura, ou ainda outros complementos. Seguir para o mestrado e o doutorado, caso queira dar aula para ensino superior, também é uma opção para os dois cursos.

Mas, vale lembrar, o bacharel tem um foco profissional em outras atividades que não dizem respeito à sala de aula. Esse profissional pode ser encontrado em áreas como: biomatemática, matemática empresarial, mercado editorial, área financeira e tecnologia. Se você quer conhecer melhor as atribuições do matemático no mercado de trabalho, e ainda se questiona “O que faz esse profissional?“, leia o nosso artigo que responde a essa pergunta.

E, se você tem maior interesse na área financeira ou de tecnologia, fica uma dica: talvez seja útil dar uma conferida em cursos mais específicos e ligados a essas atuações. Para isso, leia nossos artigos sobre os cursos de Ciências Econômicas e Ciências de Dados.

Quanto ganha um formado em Matemática?

Quando nos deparamos com os ganhos de uma área, é de se esperar muita oscilação. Com os matemáticos, não é diferente. Os salários variam bastante entre os formados na licenciatura e no bacharelado, mas não só isso. Tempo de carreira, função e região do país em que o profissional atua são outras variáveis que impactam diretamente o salário.

Quanta ganha um formado em licenciatura?

O professor de matemática que trabalha no ensino fundamental ganha em média R$ 3.657,94, em uma jornada de trabalho de 24 horas semanais. O valor é pouco maior do que os R$ 3.338,56 que dizem respeito à média do piso. O teto salarial, por sua vez, chega ao valor de R$ 9.933,54.

Já o professor de matemática que trabalha no ensino médio ganha em média R$ 4.264,22, com uma jornada que também é de 24h semanais. O valor de R$ 3.891,91 é a média do piso, enquanto que o teto chega a R$ 12.065,97. Essas informações foram apresentados pelo portal salario.com.br.

Quanto ganha um formado em bacharelado?

O mesmo portal informa que um Matemático Aplicado ganha em média R$ 6.685,43 em uma jornada de trabalho de 40h semanais. O teto salarial é de R$ 15.511,19, sendo que R$ 6.101,72 é a média do piso salarial.

Possibilidades antes da formatura

O estágio é uma excelente opção para quem quer e/ou precisa trabalhar antes da formatura. Além do seu caráter obrigatório em dado momento das grades curriculares, essa pode ser uma oportunidade muito boa para o estudante começar a se inserir no mercado de trabalho. Ela é uma ferramenta poderosa contra a falta de experiência, grande vilã dos profissionais que buscam o primeiro emprego.

Outro ponto importante é que o estagiário recebe uma bolsa auxílio em razão de suas atividades. Por mais que esse valor não seja muito alto, ele ajuda a pagar as mensalidades e demais despesas que aparecem com o curso superior de Matemática. Além disso, é uma forma de colocar em prática os conhecimentos aprendidos no curso e confirmar se essa é mesmo a profissão que você quer seguir.

Nessa área, conseguir um estágio pode ser relativamente simples e certamente trará benefícios para a sua jornada acadêmica. Conhecer melhor essa forma de se inserir no mercado de trabalho é importante tanto para aqueles que já estão em uma faculdade, como para aqueles que estão decidindo qual graduação iniciar. Por isso, não deixe de ler o nosso artigo sobre como conseguir um estágio.

Quanto custa o curso superior de Matemática?

Se você chegou até aqui, é possível que esteja considerando fortemente fazer o curso superior de Matemática. Talvez tenha percebido que tem o perfil adequado para o curso e se interessado pelos valores praticados no mercado. Mas agora vem a grande questão: como conseguir cursar a faculdade?

Bom, as mensalidades das graduações de matemática variam bastante. Os valores podem passar dos quatro dígitos, segundo o site Quero Bolsa. Porém, muitas universidades nacionalmente reconhecidas e renomadas oferecem preços mais acessíveis. Por isso, separamos para você três cursos que oferecem matriculas por apenas R$ 159,90. Conheça mais sobre cada um deles nos links a seguir:

Além desses valores, essas instituições ainda contam com outras facilidades para que você possa ingressar na faculdade. Outra possibilidade é a tentativa de uma bolsa de estudos. Se isso lhe interessa, talvez você queira ler o nosso artigo que explica quais os requisitos para conseguir uma bolsa de estudos.

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