InícioGraduaçãoOdontologiaO que faz um cirurgião-dentista? Descubra aqui

O que faz um cirurgião-dentista? Descubra aqui

O Brasil é o país com mais cirurgiões-dentistas no mundo. De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), o país possui hoje mais de 330 mil profissionais formados. Você sabia disso? No texto de hoje você vai descobrir o que faz um cirurgião-dentista, quando procurá-lo e como se tornar um. Acompanhe!

Mas o que é Odontologia?

A Odontologia é uma das áreas mais admiradas e consolidadas no Brasil. E não é para menos, o país é referência em saúde bucal. Por isso, atualmente muitos alunos procuram cursar a faculdade de Odontologia, não somente porque gostam da área da saúde, mas também para ter sucesso em um setor que está em constante ascensão no Brasil.

A Odontologia, como qualquer outra área da saúde, visa formar um profissional que enxergue o paciente como um todo, se preocupando com alergias, doenças, distúrbios mentais e etc. No entanto, trata especificamente a cabeça e o pescoço.

Durante a graduação, que dura em média cinco anos, os alunos têm disciplinas básicas de saúde, como anatomia.

No segundo ano, os professores abordam temas com patologia e, no terceiro ano, os alunos começam a participar dos laboratórios pré-clínicos. Ou seja, eles iniciam praticando em manequins para depois começar a atender os pacientes. Após o laboratório, iniciam-se as clínicas, na qual os alunos entram em contato com o paciente, fazendo restaurações e anamnese. No quarto ano, os alunos começam a efetuar os tratamentos completos do paciente, como técnicas de extração e canais. Tudo isso com a supervisão dos professores, é claro.

Assim, o aluno sai da faculdade formado em Odontologia e totalmente preparado para apurar o problema do paciente, dar um diagnóstico e oferecer o tratamento necessário.

Qual a diferença entre cirurgião-dentista e dentista clínico?

No caso, os dois profissionais concluíram a graduação em Odontologia, sendo que o dentista clínico pode fazer tudo que aprendeu na faculdade. No entanto, o cirurgião-dentista se formou em Odontologia e se especializou em uma área específica do curso. Assim, o dentista clínico faz todo o atendimento dos pacientes, como a anamnese e o diagnóstico do problema e, em geral, encaminha para um cirurgião-dentista caso seja necessário.

Esse profissional pode fazer procedimentos simples, como:

  • limpeza;
  • restauração;
  • remoção de tártaro e cáries;
  • aplicação de flúor;
  • orientações quanto a escovação;
  • atendimento em escolas e empresas e etc.

Já o cirurgião-dentista, além de poder fazer também o atendimento primário e o diagnóstico dos pacientes quando necessário, também pode fazer cirurgias simples que envolvem anestesia e incisões.

O cirurgião-dentista pode fazer intervenções cirúrgicas do tipo:

  • extração de dentes;
  • bichectomia;
  • harmonização facial;
  • implante de próteses dentárias;
  • cirurgias corretivas;
  • tratamento de cânceres bucais e etc;

Em quais áreas o cirurgião-dentista pode se especializar?

  • Implantodontia: os profissionais especializados em implantodontia tem a responsabilidade de reconstruir e implantar dentes por meio de um processo cirúrgico.
  • Buco-maxilo-facial: o cirurgião buco-maxilo-facial trata diretamente os traumas e fraturas no osso da face. Eles tem a responsabilidade de cuidar de patologias, tumores maxilares deformidades no crânio, doenças na mandíbula e muito mais.
  • Ortodontia: o especialista em ortodontia visa  a estética dos dentes. Ele é o responsável pela colocação de aparelhos, além da manutenção e todos os procedimentos gerais que o paciente precise fazer.
  • Endodontia: é a especialidade que trata da parte interna do dente. Em tese, seria as patologias da polpa dental humana e dos tecidos que envolvem a raiz.
  • Periodontia: área que cuida da gengiva. Esse profissional trata e previne doenças ocasionadas na gengiva.
  • Odontologia estética: essa parte da Odontologia cuida da parte estética do rosto. Ou seja, harmonização entre os dentes, tecidos da boca e a face de um modo geral.

 

O que faz um cirurgião-dentista e quando devo procurá-lo?

Na maioria dos casos, o próprio dentista clínico encaminha o paciente para o cirurgião quando vê algo que ele mesmo não consegue resolver. Porém, algumas vezes você mesmo pode sentir que precisa de um atendimento mais elaborado, como um canal ou uma extração de dente, por exemplo.

Ademais, o papel do cirurgião-dentista é perceber o problema e oferecer a solução. Mas tudo isso de acordo com as necessidades do paciente.

Por essa razão, o MEC concorda em ofertar cursos de Odontologia nos quais são abordados nos primeiros anos assuntos de saúde básica. Por exemplo, anatomia, biologia dos tecidos, abordagem ética, psicologia geral e introdução à Odontologia.

Isso acontece porque os dentistas como qualquer área da saúde tratam seres humanos e precisam ter um cuidado maior com relação a outros cursos.

Para o estudante de Odontologia do quarto ano, Diego Rodrigues Zubem, a profissão também é ética: “Ser dentista é ter ética, é fazer com que o paciente se olhe no espelho e goste do que vê. É você se sentir bem fazendo os outros felizes“, relata o estudante.

Diego também concorda que os procedimentos cirúrgicos realizado por dentistas necessitam de cuidado e dedicação: “Na hora da anestesia, por exemplo, não é só você pensar em uma técnica ou em não acertar um nervo, mas você pensar em como o paciente vai reagir aquela dor e tentar minimizar.”

A ideia aqui é pensar que a maioria das anestesias odontológicas são locais, ou seja, o paciente fica acordado vendo e sentindo tudo o que o profissional está fazendo. Minimizar a dor é uma tarefa do cirurgião e da anestesia, mas nem sempre pode ser suficiente. Por esse motivo é tão importante que os profissionais estejam engajados em dar um atendimento confortável e seguro ao seu paciente.

Procure por bons profissionais

Aconteceu comigo uma vez em 2017. Precisava fazer uma cirurgia complicada de extração de siso e foi a própria ortodontista (que na época cuidava do meu aparelho) que realizou o procedimento. Após quatro horas de uma cirurgia difícil, fiquei com parestesia lingual e hoje, após cinco anos, não voltou a sensibilidade completa.

O alerta vai para para os pacientes escolherem profissionais confiáveis, bem formados e especializados.

Para os alunos que gostariam de cursar essa graduação, alertamos a necessidade de estarem prontos para diagnosticar o problema do paciente e explicar exatamente o que vai acontecer durante a cirurgia, como quais serão os riscos e etc. Evitando, assim, problemas futuros para ambas as partes.

Problemas como o meu surgem todos os dias e com mais frequência do que pensamos. É até normal se considerarmos a localidade do nervo em relação ao dente que precisará ser extraído. Mas a questão ai é a comunicação que deve ser feita com o paciente antes da realização do procedimento.

 

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