A pontuação do Enem é algo que causa confusão em grande parte dos estudantes, pois o cálculo da nota dessa prova não é tão simples quanto parece. Aliás, o INEP é o único órgão que sabe cada passo relacionado a essa avaliação.
Descubra neste artigo como funciona essa prova, e veja como a nota é dada aos participantes. Além disso, entenda como são os critérios de correção da redação, e descubra o que é a TRI – e para que ela serve.
O que você verá neste artigo:
A pontuação do Enem
Primeiro de tudo, você precisa saber que existem 5 notas diferentes. Cada uma delas é referente a uma área do conhecimento abordada na prova:
- Ciências Humanas;
- Ciências da Natureza;
- Matemática;
- Linguagens;
- Redação.
Quatro das áreas citadas acima, tirando a redação, são corrigidas por meio do esquema TRI. Assim, a sigla significa Teoria de Resposta ao Item, e seu principal objetivo é combater o que se chama de “chutes”.
Isso quer dizer que todo o programa de pontuação do Enem visa analisar o real conhecimento de quem está fazendo a prova. Aliás, muitas pessoas acreditam que essa avaliação segue o método TCT, Teoria Clássica dos Testes.
Correção do Enem
Isso não é uma verdade, tendo em vista que a TRI é a única forma de correção. Logo, ela trabalha com uma escala de conhecimento padrão, analisando três grandes parâmetros. Portanto, confira mais sobre isso no tópico a seguir.
Os principais pontos da TRI
A Teoria de Resposta ao Item sempre leva em consideração três pontos: discriminação, dificuldade e acerto casual. Cada um possui características diferentes, como pode ver a seguir.
1 – Discriminação
Sua função é identificar os candidatos que dominam determinada habilidade presente em uma pergunta da prova. Assim, esse parâmetro consegue separar aqueles que apenas “chutaram” o item.
2 – Dificuldade
A pontuação do Enem também conta com o parâmetro da dificuldade. Sendo assim, quanto mais complicada é uma questão, maior é o seu valor, e vice-versa. Além disso, esse cálculo também é expresso na mesma escala de proficiência.
3 – Acerto casual
Esse último se refere à possibilidade de um candidato acertar uma questão sem de fato ter o conhecimento necessário para tal. Logo, o intuito do acerto casual é avaliar bem o padrão de respostas.
Pontuação do Enem: o INEP faz testes
No momento em que o INEP constrói o Enem, ele seleciona alunos de inúmeras escolas do país. Assim, o objetivo é analisar o nível de complexidade das perguntas, que são divididas em fáceis, médias e difíceis.
É aí que muitos se confundem na questão das notas. Então, imagine que duas pessoas acertaram a mesma quantidade de questões no Enem, mas tiveram notas diferentes.
A pontuação do Enem de uma foi 520 e a do outro candidato foi de 386. Assim, a TRI diz que a proficiência do primeiro aluno foi melhor, tendo em vista a maior coerência nos seus acertos.
O segundo candidato vai na situação contrária, de modo que ele acertou questões mais difíceis e errou as fáceis. Isso significaria que ele “chutou” mais itens. Ou seja, esse é um esquema bem prático depois que você adquire familiaridade com ele.
Pontuação do Enem: o esquema TRI é prejudicial?
Esse é um questionamento que muitos alunos fazem, mas a TRI não torna a prova do Enem mais complicada. Portanto, é interessante entender que isso não afeta tanto a colocação dos candidatos.
Isso, claro, sempre referente ao percentual de acertos. Sendo assim, a sua função é detalhar melhor as pontuações, combatendo um grande número de empates.
É por essa razão que quem está melhor preparado consegue uma boa nota. Então, você não precisa se preocupar com esse processo afetando seu desempenho na prova. A pontuação do Enem é justa e confiável.
Pontuação do Enem: a nota da redação
A redação é uma das principais partes dessa prova. Diferentemente das outras áreas, ela não segue o mesmo padrão de correção. Pelo menos dois professores ficam responsáveis por avaliar o texto de um candidato.
O mais importante é que um não toma conhecimento da nota dada pelo outro. Assim, os profissionais analisam a redação com base em algumas competências:
- Comprovar domínio da escrita formal da língua portuguesa;
- Compreender bem a proposta do texto e usar conhecimentos de várias áreas para embasar o tema;
- Escolher, organizar e interpretar informações, dados e argumentos na hora de defender um ponto de vista;
- Apresentar uma boa proposta de intervenção para o problema do texto, sempre respeitando os direitos humanos.
Organizando a nota final
Com o texto em mãos, cada professor vai dar uma nota entre 0 e 200 para cada uma das competências descritas. Portanto, a soma de tudo pode chegar até mil pontos. No entanto, a pontuação do Enem na parte da redação será uma média aritmética das duas notas.
Corretores dando notas muito diferentes: o que acontece?
Às vezes, acontece de dois professores distribuírem as pontuações de forma muito diferente um do outro. Então, existe um esquema para lidar com esse tipo de situação. Mas isso só é acionado quando os cenários abaixo se tornam reais:
- Diferença de notas dadas em pelo menos 100 pontos;
- Professores avaliaram uma competência com uma diferença de pelo menos 80 pontos.
Nesses casos, outro profissional deve avaliar o texto. No final, a nota será a média das duas pontuações que mais se aproximam entre si. Além disso, em algumas situações, a discrepância continua, mesmo com essas medidas.
Portanto, é necessário que o texto seja avaliado por uma banca presencial, com 3 professores. Sendo assim, esse é o último recurso para dar a nota final ao candidato. Assim, a pontuação do Enem segue uma lógica bem estruturada e segura.
Calculando sua média do Enem
Agora que você já entendeu como é o cálculo de cada área, é hora de observar a nota final. Aliás, sua média do Enem é uma soma de todas as notas das 5 provas, dividido por 5.
Agora, é importante saber que algumas instituições de ensino colocam pesos nas provas. Nesse caso, você precisa levar isso em consideração no seu cálculo.
Por fim, para obter uma boa pontuação comece a se preparar desde cedo. O primeiro passo para construir a sua carreira de sucesso pode ser o próprio Enem. Veja aqui o que muda na edição 2021 do Enem.
