A profissão do jornalista engloba vários paradigmas. Saiba quais os principais desafios da profissão na nova era dos dispositivos móveis.
Quem trabalha com comunicação sabe que esse fenômeno está em constante transformação. Com a mudança dos hábitos sociais e o incremento de novas tecnologias, os meios de comunicação também devem adaptar-se ao contexto. No século XXI, o terceiro milênio, é marcado por grandes transformações digitais. Delas, acompanha muitas mudanças no campo profissional do Jornalismo.
Segundo uma matéria do portal da Folha de S. Paulo, um dos maiores desafios será desenvolver relações mais qualificadas com o público receptor. Isso se deve ao fato de que a audiência mudou de perfil. Assim, ao mesmo tempo em que o contato com o público torna-se mais complexo, aumenta o nível exigência com relação ao conteúdo que se produz.
Simultaneamente, os jornais devem assimilar as transformações que acontecem dentro da paisagem comunicacional deste século. Por conta disso, muitos pensavam que a rápida adesão dos aparelhos móveis e dos produtos da internet, o jornalista estaria com os dias contado. No entanto, as mudanças representam outras alternativas à profissão. Isto é, formas de comunicar que são inventivas e criativas. Para entender um pouco mais sobre o tema, prossiga na leitura do artigo.
Contexto tecnológico século XXI
O momento atual é caracterizado pela inovação técnica. Todo ano, diversas marcas divulgam numerosos lançamentos de celulares, smartphones, smartvs, computadores e máquinas em geral. Essa rápida proliferação de dispositivos que são multitarefas, inteligentes e móveis, faz com que a informação seja um produto rápido e efêmero.
Por estarmos conectados constantemente, às vezes por mais de um aparelho, tudo que se publica circula com “ar de instantaneidade”. Isso significa que os acontecimentos são registrados quase que no mesmo momento em que acontecem. Da mesma forma, o valor dessas informações também é passageiro. Pois, evidentemente, outras coisas estarão acontecendo em paralelo e também roubarão a atenção do público. Tudo isso só é possível porque o século XXI é conhecido pelo aperfeiçoamento das técnicas de inteligência artificial.
Ademais, outra questão que dá forma ao consumo informacional deste século diz respeito a acessibilidade livre e gratuita nos espaços da internet. Diferentemente do que acontecia na era dos aparelhos analógicos, o público não mais precisa, necessariamente, ser assinante de canais de televisão ou de jornais. Pois existe hoje uma infinidade de materiais disponíveis nas ferramentas de busca e que circulam nas redes sociais.
Por outro lado, mais conteúdo não necessariamente significou mais informação de fato. Como podemos presenciar através de acontecimentos recentes, a credibilidade do que se lê na internet passou a ser uma preocupação crescente na vida dos internautas. Também, muitas empresas inventaram estratégias de monetização, como a assinatura dos streamings, por exemplo.
De acordo com o exposto, pode-se dizer que as novas tecnologias ampliaram a capacidade de circulação e armazenamento de informação, tornando o próprio consumo mais acessível. Mas nesse cenário também aumenta a concorrência e a exigência por qualidade e credibilidade. É precisamente nesse ponto que o jornalista volta a ser um profissional requisitado. Acompanhe.
Transformações da profissão do jornalista
Primeiramente, há de se reconhecer que a profissão do jornalista está em constante transformação. As novas reformulações são rotineiras na vida destes profissionais, já que as técnicas mudam, o público se qualifica e as paisagens comunicacionais ficam mais complexas. Como mencionamos anteriormente, porém, esses desafios não representam um perigo à profissão. Pelo contrário, elas introduzem elementos de novidade nos modos de comunicar os fatos.
Evidentemente, muitos esquemas e paradigmas são deixados para trás para serem substituídos por outros. O trabalho de enumerar ou mapear tais alterações, porém, é um tanto complicado. O fato de estarmos imersos dentro do contexto em que as coisas se transformam, o ato de identificá-las é dificultado. Isso acontece porque só percebemos um advento de modernização depois que algo que estávamos habituados a utilizar já entrou em desuso. Ou seja, é preciso que novos dispositivos sejam introduzidos em nosso cotidiano para que percebamos a obsolescência dos aparelhos anteriores. Um exemplo disso são os celulares, que consideramos modernos e atuais, mas somente até o momento em que outro é lançado, com muitas outras funcionalidades adicionais.
Da mesma forma, algo semelhante acontece com o próprio Jornalismo. As novas demandas comunicacionais são assimiláveis na medida em que determinadas práticas entram em desuso. Por isso mesmo é tão difícil acompanhar quais são as tendências. Mas, apesar disso, é possível observar elementos de novidade em nossa contemporaneidade, tais como:
- criatividade
- credibilidade
- mobilidade
- algoritmização
- plataformização
- divisão do público em nichos
Esses são apenas alguns dos principais pontos que devem ser aderidos ao trabalho do profissional comunicador ou jornalista. Pois o sucesso e a durabilidade dos jornais dependerá do quão facilmente eles saberão acompanhar os novos paradigmas da comunicação. Em outras palavras, quanto maior for a capacidade de dominar as tecnologias, maior será a facilidade de distribuir informação relevante ao público.
O jornalista do século XXI
Sob o mesmo ponto de vista, não há razões para demonizar o século XXI, como muitos erroneamente tentam fazer. Pois os recursos estão cada vez mais amplos, o que sinaliza uma oportunidade para que os profissionais reinventem a profissão. Assim como certas funções desaparecem, uma infinidade de outras surgem. Para ilustrar essa ideia, podemos pensar nas redações antigamente, com suas reuniões de pauta e a hierarquização dentro dos setores. Hoje, os jornalistas podem trabalhar em qualquer lugar, bastando apenas possuir os equipamentos necessários para executar o serviço. Também, há uma abertura maior para a testagem de novos formatos.
Nesse sentido, o jornalista do século XXI dispõem de um vasto rol de possibilidades criativas para produzir. E, para além disso, ele deve estar apto para lidar com as tecnologias digitais, compreendo a complexidade de seu público receptor, bem como identificando novas oportunidades de expansão de conteúdos. Em síntese, o profissional desta nova era é alguém sensível aos aspectos modernizantes e imensamente capaz de adaptar-se à novas rotinas. Pois, evidentemente, uma coisa é certa: a conexão é um movimento que só tende a crescer nos próximos anos.
Esperamos que esse panorama tenha ajudado a visualizar positivamente a reinvenção da profissão do jornalista. Para acompanhar tudo que acontece no universo das profissões, acesse nossa página clicando aqui.