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Qual o desafio do Jornalismo na era digital?

A abordagem jornalística se dá por diversas formas e facetas. Além disso, apesar da perspectiva da neutralidade jornalística, a prática discorre de maneira distinta. Então, qual o desafio do Jornalismo na era digital?

Aqui, iremos destrinchar dois dos principais desafios do Jornalismo na era digital e na atualidade: as fake news e a velocidade da informação.

Vamos lá?

Para além dos jornais, há jornalismo?

Tanto no mundo online quanto offline o jornalismo tem sua cadeira cativa. Ele, para além dos telejornais, é protagonista de matérias em sites, revistas, jornais impressos, podcasts, blogs, vídeos na internet e muito mais. Assim, nota-se a capacidade múltipla deste profissional.

Bem, diante deste contexto, quanto mais informação e tecnologia para carregar essa bagagem informativa, maior o trabalho do jornalista. Além disso, a fluidez dessas dinâmicas demanda habilidades plurais de conhecimento teórico e prático.

Assim, considerando que, na atualidade, vivemos não só transformações, rupturas e inovações tecnológicas, mas também políticas, sociais e ambientais, necessita-se, portanto, de um jornalismo que comunique de forma plural e por meio do uso de todas as ferramentas possíveis.

Fake News: um grande desafio do Jornalismo

Antes de mais, vamos esclarecer o que é, de fato, a tal fake news. Bem, a tradução da palavra para a língua portuguesa diz respeito às notícias falsas. Mas, não é só isso. As práticas que permeiam as fake news envolvem também o objetivo de viralizar tal notícia falsa por meio de sites, robôs, redes sociais e aplicativos.

Além disso, o ato de viralizar fala sobre alcançar a maior quantidade de pessoas possíveis. Desse modo, disparar fake news costuma ser uma prática do mundo digital. Então, chega às nossas mãos por meio de mensagens no WhatsApp, tweets (ou tuíte) sem credibilidade científica e blogs que elaboram tais mensagens.

Assim, por conta da avassaladora quantidade de informações que recebemos dia após dia, os propagadores de mensagens falsas aproveitam do contexto e infiltram ali as suas más intenções. Essas ferem a credibilidade da ciência e do jornalismo.

A Covid-19, o desafio do Jornalismo e as fake news

Após a OMS decretar que, de fato, estávamos – e estamos – vivendo uma pandemia de um vírus consideravelmente mortal, nos apoiamos e confiamos nas plataformas que divulgam informações. Estas, foram fundamentais para comunicar sobre lockdown, políticas envolvidas, sintomas, número de mortos e vacinas.

No entanto, as ferramentas informativas, por diversas vezes, foram deturpadas. Assim, notou-se um avanço discrepante da desinformação ao longo da pandemia. E, os motivos podem contemplar aspectos psíquicos, negacionistas e até relacionados a medos profundos. Mas, independentemente das razões, a desinformação não deixa de ser perigosa.

Pesquisas e informações

Diante deste contexto, inúmeros pesquisadores e jornalistas aprofundaram-se no estudo sobre a gravidade e a propagação de notícias falsas.

Então, confira um trecho da pesquisa relatada em uma matéria do Expresso:

“Segundo Nuno Guimarães, investigador que propôs desenvolver este sistema, o aumento de fake news sobre a pandemia no Twitter tem sido exponencial. Os resultados preliminares mostram que houve um salto de 157 tweets suspeitos na primeira semana de fevereiro para 658 entre 16 a 23 fevereiro e 3180 já na semana passada. E a tendência é para continuar a subir.”

Outro dado importante, mas dessa vez, retirado de uma matéria da CNN, aponta o seguinte:

” A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Melissa Palmieri, ressalta o impacto que a propagação de notícias falsas causam, podendo aumentar o número de mortes. […] “Fake news mata, e mata mais que vírus e bactérias. Se uma pessoa começa a divulgar que a vacina tem substâncias tóxicas, que tem um microchip que vai copiar ou rastrear você,  uma pessoa que minimamente não consegue se informar vai deixar de se imunizar e se expor a um risco que pode levá-la à morte”, avisa.”

E aí: como lidar com as fake news?

Em primeiro lugar, é importantíssimo deixar claro o porquê tais notícias são um desafio para o Jornalismo. Em suma, ao misturar-se entre tantas informações e canais de comunicação, as fake news adentram de forma sorrateira em ambientes sérios.

Além disso, os sites que dispõe e propagam notícias falsas, costumam se camuflar como sites com credibilidade. Então, é bastante comum se deparar com layouts parecidos com o do O Globo, por exemplo. E até títulos semelhantes. Todas estas estratégias são arquitetadas visando o maior alcance das “notícias”.

Depois, a melhor forma de combater as fake news é informando-se de forma contínua. E, é claro, em locais que disponibilizam a origem da informação, referências bibliográficas e demais fontes de pesquisa. Há, ainda, sites que fazem a verificação de notícias; um deles é o Estadão, em um projeto chamado “Estadão Verifica“.

Por fim, lidar com quem pega para si tais informações deturpadas é outro desafio. Uma boa dica é: use da comunicação não-violenta. Aponte, com delicadeza e bagagem científica que aquela informação é fake. Também, o ideal é não constranger o sujeito que a replicou, pois, muitas vezes, esta atitude se dá por mera falta de habilidade ao distinguir o que é fato ou fake.

O segundo desafio do Jornalismo: o excesso e a velocidade da informação

Fatalmente, multiplicar os meios de comunicação aumenta a demanda dos jornalistas. Então, considerando que antes, por exemplo, uma editora dispunha diariamente de um jornal impresso, hoje há a necessidade de incluir um site na equação, um podcast, um Twitter, um canal no Youtube e por aí vai.

Assim, apesar de benéfico aos leitores, ouvintes e expectadores, acompanhar a inovação e as demandas da sociedade exige um árduo trabalho. Considerando, ainda, a responsabilidade social que um jornalista carrega, visto o tópico anterior e toda a problemática que tem ocorrido no âmbito da informação.

Por fim, finalizamos a nossa matéria. Mas, caso queira continuar lendo outro artigo interessante, clique aqui e o site te direcionará.

Até logo, querido leitor!

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