InícioGraduaçãoDireitoRelações internacionais x Direito: qual a melhor escolha para se tornar um diplomata

Relações internacionais x Direito: qual a melhor escolha para se tornar um diplomata

Ser um diplomata é um objetivo de muitas pessoas. Mas, você sabe o que fazer para conquistar um cargo assim? Um diplomata é o profissional que representa seu país perante outras nações. Ele estabelece acordos, dá suporte a viajantes e imigrantes e promove os interesses de seu país, entre outras funções. Para se tonar um diplomata, é preciso ser aprovado em um concurso público que ocorre todo ano, desde 1946, e é realizado pelo Instituto Rio Branco.

Para esta carreira, é necessário ter formação em qualquer curso superior. Porém, mesmo não sendo obrigatório, muitas pessoas buscam os cursos de Direito ou Relações Internacionais visando esse objetivo profissional.

Conheça um pouco mais sobre a carreira e veja também os diferentes olhares que os cursos de Direito e RI oferecem em relação a essa função!

Como é a carreira do diplomata

A carreira de diplomata é um objetivo profissional bastante desafiador. E isso se deve tanto em relação ao processo seletivo, conhecido como Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD), quanto às funções do dia a dia desse profissional. As mesmas envolvem negociações com diversos países e também representações do país natal nas diversas áreas internacionais nas quais o diplomata participa.

Por isso, como é perceptível, é necessário possuir um nível de conhecimento avançado sobre os temas que fazem parte desse trabalho. E isso começa pelo concurso público, dividido em três fases. Veja quais são:

  1. Prova objetiva cobrindo as seguintes disciplinas: Português, História do Brasil, História Geral, Inglês, Geografia, Política Internacional, Direito e Economia.
  2. Prova escrita de Português, que inclui teste de interpretação de texto e uma redação
  3. Prova escrita com as disciplinas: História do Brasil, Geografia, Política Internacional, Inglês, Noções de Direito, Direito Internacional Público e Noções de Economia, além da prova objetiva de Francês e Espanhol.

Como você viu acima, esta é uma carreira que demanda bastante tempo de estudo, além de uma formação acadêmica ampla. Também é possível notar que uma formação na área de Ciências Humanas está mais alinhada com a ocupação. Inclusive, essa formação abrange várias das disciplinas referentes ao concurso. Isso se deve ao próprio perfil vocacional dessa área profissional.

Ciências Humanas

A carreira diplomática envolve diversas questões humanitárias importantes. Isso exige do profissional uma visão de mundo muito comprometida com as bases do desenvolvimento da sociedade. Nisso, estão inclusos aspectos históricos, sociais, demográficos e até mesmo simbólicos, como a linguagem. Por isso, é possível notar uma tendência maior de busca pela carreira entre os estudantes e profissionais das áreas de Ciências Humanas.

Contudo, se uma pessoa tem formação em Engenharia, isso não impede que ela preste o concurso público. Afinal, o conhecimento nas áreas referidas acima também é comum a todas as áreas de estudos. Mesmo que não sejam necessariamente aprofundados nas Ciências Exatas.

Desse modo, se você está interessado em ser um diplomata, precisa ter em mente que, independentemente da sua formação acadêmica, será necessário se dedicar aos estudos relacionados às Humanidades.

Relações Internacionais x Direito 

Os cursos de Relações Internacionais e Direito, duas das principais escolhas de quem quer se tornar um diplomata, oferecem uma base teórica muito boa para o CACD.

Como você pode ver acima, uma boa parte do conteúdo das provas cobre conhecimentos do Direito e de Políticas Internacionais. Assim, é normal que esses cursos estejam entre os preferidos para quem escolhe este caminho. Porém, se você tem dúvidas em relação a estas trajetórias acadêmicas, há pontos importantes a serem considerados para ajudar na sua escolha.

Veja a seguir mais informações sobre os cursos de Relações Internacionais e Direito em relação à carreira diplomática.

Relações Internacionais

Apesar de muitas pessoas pensarem que o curso de Relações Internacionais possa ser uma preparação direta para a carreira diplomática, isso não é bem verdade. Há muitos outros temas abordados na carreira de Relações Internacionais.

Quem opta por essa formação, pode, sim, seguir a carreira diplomática. Mas, há várias outras opções de atuação para quem faz a graduação em Relações Internacionais:

  • Assessoria de governos e empresas
  • Comércio internacional
  • Inteligência competitiva
  • Consultorias estratégicas
  • Análise de riscos políticos
  • Planejamento estratégico
  • Pesquisa acadêmica

Em cada uma dessas áreas, há vários fatores que estão ligados à escolhas pessoais, aptidões ou vocações, e não apenas com a decisão racional pelo curso.

Direito

Muitas áreas do Direito podem estar ligadas com a diplomacia. A principal delas é do Direito Internacional Público. Essa é uma relação já bem tradicional e que foi se prolongando através da criação das embaixadas permanentes.

Além de realizar negociações, o diplomata tem o compromisso com a proteção dos direitos do seu país. E isso é algo muito familiar ao Direito.

Para uma compreensão profunda das funções diplomáticas, é muito importante o domínio do conhecimento da Teoria Geral do Direito. Isso porque essa teoria se refere a conceitos como atos jurídicos, pessoas jurídicas, competência e responsabilidades, entre outros temas.

Além disso, também é comum a necessidade do conhecimento de direitos civis, já que os mesmos são necessários nas missões diplomáticas e repartições consulares. Também é muito importante ter em mente que o próprio concurso cobra esse conhecimento na área.

Conclusão

Como vimos, é fácil perceber que as duas áreas têm muito a oferecer para quem optar por seguir a carreira diplomática. Mesmo que tenham enfoques diferentes.

Ainda que a escolha por um desses cursos direcione o seu caminho, isso não é determinante para o rumo da sua carreira na diplomacia. Lembre-se que há toda uma preparação antes de se chegar ao processo de admissão.

Tanto o profissional formado em Direito quanto aquele formado em Relações Internacionais terão os conhecimentos necessários para a carreira diplomática. A dedicação é que fará muita diferença no processo como um todo.

Além disso, também é preciso considerar que fatores pessoais exercem um peso importante para a escolha desta carreira. Isso tudo influenciará na sua conquista do cargo de diplomata.

Os seus objetivos pessoais precisam estar alinhados com as possibilidades e as condições que a carreira diplomática traz. E, principalmente, em relação às funções desempenhadas e às mudanças frequentes que a profissão pode exigir. Por isso, é importante escolher bem cada passo na sua jornada.

 

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