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Quanto ganha o fisioterapeuta oncológico?

A fisioterapia é um setor da saúde que possui inúmeras áreas de atuação profissional. Entre elas, a oncologia, que se alia à fisioterapia no trabalho do fisioterapeuta oncológico. Sendo assim, se é de interesse do fisioterapeuta se especializar e atuar nessa área, como serão os retornos financeiros? Quais desafios enfrentam esses profissionais? Afinal, quanto ganha o fisioterapeuta oncológico?

Vamos descobrir nesta matéria da Voomp. Acompanhe!

Fisioterapia oncológica

A oncologia é um setor da saúde que lida diretamente com câncer e tumores. Atualmente, os tratamentos para essas doenças evoluíram bastante e, hoje em dia, podemos observar uma gama de tratamentos e abordagens.

Entre as especialidades que atuam com a oncologia está a fisioterapia. Embora muitos pensem que a fisioterapia é voltada apenas para o tratamento de lesões de atividades físicas e para recuperações pós-cirurgias, na realidade, sua atuação vai além.

Para os tratamentos oncológicos, é de suma importância abordagens multidisciplinares no tratamento. Nesse sentido, o tratamento conta com especialistas de várias áreas da saúde: patologistas, psiquiatras, enfermeiros, radiologistas, médicos e, claro, fisioterapeutas.

Portanto, a fisioterapia oncológica integra equipes multidisciplinares da saúde, atuando no tratamento de pacientes oncológicos tanto no pré quanto no pós-operatório.

Entre seus objetivos estão preservar e restaurar as funções cinéticas e motoras de órgãos e sistemas, tratar possíveis distúrbios e sequelas do tratamento oncológico e preservar a qualidade de vida dos pacientes.

As possibilidades de recuperação e cuidados paliativos oferecidos pelo fisioterapeuta oncológico são o que tornaram esse profissional indispensável ao tratamento oncológico.

Como atua o fisioterapeuta oncológico?

O principal objetivo do fisioterapeuta oncológico é atuar nos cuidados paliativos aos pacientes, aliviando dores e sintomas causados pela patologia. Além disso, esse profissional ajuda a proporcionar conforto e a minimizar complicações advindas dos tratamentos.

Desse modo, o fisioterapeuta oncológico precisa estar apto para atender pacientes de todas as idades, desde as crianças até os idosos. Da mesma forma, é exigido do profissional muita sensibilidade para lidar com os anseios do paciente e da família.

O objetivo de proporcionar qualidade de vida durante o tratamento oncológico deve prevalecer, independente da gravidade do câncer. Logo, o fisioterapeuta oncológico deve sempre desenvolver tratamentos que considerem desde a cura até casos irreversíveis.

De modo geral, podemos apontar que os objetivos principais do fisioterapeuta oncológico são:

  • Preventivos: combate às sequelas antes que ocorram;
  • Restaurativos: potencialização do retorno motor de pacientes com déficits;
  • Paliativos: manutenção do conforto do paciente em casos terminais;
  • De apoio: promoção da independência motora do paciente em casos de doença residual e de incapacidade progressiva.

É fundamental que o fisioterapeuta oncológico conheça bem cada tipo de câncer e tumor, assim como seus estágios, possíveis complicações e tratamentos necessários. Dessa forma, o profissional poderá traçar a melhor estratégia para tratar o paciente da melhor maneira.

O fisioterapeuta oncológico trabalhará, principalmente, com os sintomas decorrentes de tratamentos e patologias: dores, fraqueza muscular, tensões, perda de massa muscular, fadiga e cansaço, encurtamentos musculares, alterações e posturas e de respiração, entre muitos outros casos.

Quanto ganha o fisioterapeuta oncológico?

Agora que você já sabe o que é e o que faz o fisioterapeuta oncológico, explicaremos qual o retorno salarial desse profissional. 

De acordo com o site Piso Salarial, a média da remuneração do fisioterapeuta oncológico é de R$ 2.188,62. Porém, esse valor dependerá da região, do local de trabalho, do porte da clínica e/ou hospital e, também, da formação e especialização profissional.

A média de jornada do trabalho do fisioterapeuta é de 30h semanais. Porém, o mais comum é que essa carga horária se estenda mediante a atuação do profissional que costuma ocorrer em mais de um hospital e, em muitos casos, de forma autônoma. No caso dos autônomos, há uma tabela de valores para serviços prestados elaborada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).

Cada estado brasileiro define o piso salarial do fisioterapeuta e esses valores variam entre R$ 1.100 e R$ 2.900, aproximadamente. O Sistema Nacional de Empregos (Sine) aponta a média salarial entre R$ 1.345 (fisioterapeuta iniciante em empresa de pequeno porte) a R$ 5.549 (fisioterapeuta com mais de 8 anos de experiência em empresa de grande porte). Algumas especialidades apresentam melhor remuneração.

Compare a média salarial do fisioterapeuta oncológico com outras especialidades da fisioterapia:

  • Estagiário de Fisioterapia: R$ 657
  • Fisioterapeuta: R$ 2.188
  • Fisioterapeuta RPG: R$ 1.101
  • Fisioterapeuta Esportivo: R$ 2.766,27
  • Fisioterapeuta Respiratório:R$ 2.991,03
  • Fisioterapeuta Home Care: R$ 1.848
  • Fisioterapeuta Dermato Funcional: R$ 2.107
  • Fisioterapeuta do Trabalho: R$2.954,40

Como posso me tornar um fisioterapeuta oncológico?

Se você se interessou pela carreira de fisioterapeuta oncológico, provavelmente gostaria de saber como se tornar um profissional. Vamos explicar, em resumo, quais os caminhos que você precisa seguir.

O primeiro passo é ingressar em uma faculdade de Fisioterapia. A duração média dessa faculdade é de quatro anos e o grau é de bacharel. A formação universitária é baseada nas Ciências Biológicas e da Saúde, contendo disciplinas como Anatomia, Patologia, Biologia, Fisiologia, Ortopedia e Neurologia em quadro curricular.

Para formar-se um bom fisioterapeuta, o estudante precisa escolher uma faculdade reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). Há opções com mensalidades acessíveis e instituições públicas. Além disso, são oferecidas as modalidades presencial e a distância para a formação. O curso de Fisioterapia abriga disciplinas práticas e teóricas e o aluno poderá fazer um estágio supervisionado. Ademais, ao final do curso, é exigido um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para obtenção do diploma.

Após a conclusão da faculdade, o segundo passo é obter registro profissional junto ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO) da sua região.

Por fim, o terceiro passo é buscar uma especialização. A fisioterapia oncológica é, desde 2009, reconhecida como uma especialização pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Dessa forma, o profissional que almeja atuar na área deve procurar especialização para obter os conhecimentos necessários.

Alguns pontos são fundamentais para a atuação do fisioterapeuta oncológico:

  • Análise dos objetivos do tratamento fisioterapêutico oncológico;
  • Conhecimento e atualização constante sobre as melhores técnicas para o tratamento;
  • Desenvolvimento de tratamentos específicos para grupos de pacientes oncológicos (crianças, idosos, adolescentes etc)
  • Bom desenvolvimento de trabalho em equipe multidisciplinar.

Seguindo essas orientações, é possível que o fisioterapeuta oncológico obtenha uma formação humanizada e competente para atuar em situações delicadas, a exemplo do tratamento de câncer e tumores.

Gostou de saber mais sobre essa especialização da Fisioterapia? Fique ligado nos conteúdos sobre essa e outras áreas da saúde!

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