Não há um curso superior específico de genética, mas há formações na área de Biológicas que fornecem um conhecimento sobre o assunto.
Genética é um campo de trabalho que está em franca expansão. Medicamentos são desenvolvidos hoje, em grande parte, com o conhecimento da genética. Tratamentos de doenças como câncer também passam por esta ciência.
Assim, se você gosta de pesquisa, e tem um apreço por descobertas, a genética pode ser uma boa opção de trabalho no futuro. Mas, antes de chegar lá, há cursos superiores de Biológicas que fornecem um bom embasamento sobre o assunto.
Isso acontece porque não há um curso de genética nas faculdades. Ela faz parte da grade curricular de algumas formações superiores. É possível, porém, fazer especializações, depois da graduação, que aprofundam ainda mais o que se aprendeu na faculdade. Antes de prosseguir, vamos entender um pouco mais dessa área.
O que você verá neste artigo:
O que é genética?
O termo é novo, mas a técnica é milenar. Trata-se do estudo dos genes e da hereditariedade, as características que são passadas dos pais para os filhos. Os agricultores e criadores de animais da antiguidade faziam experimentos no dia a dia para descobrir novas variedades de plantas e raças de animais mais resistentes.
Os genes são como manuais de instrução, em forma de código. Eles trazem as informações para a formação de proteínas. Pode parecer simplista, mas é esse processo que produz substâncias que regulam todas as funções do corpo. Sem essas instruções bem delineadas, não se faz nada.
O que a genética faz é entender quais são esses códigos, o que eles produzem, as doenças causadas por problemas de decodificação dos genes, e o que pode ser produzido a partir deles. É uma ciência complexa, mas fascinante.
É com esses conhecimentos que se consegue, por exemplo, determinar a ascendência de uma pessoa, espécie animal ou vegetal. Pode-se também identificar os genes que causam doenças, e pesquisar algum tratamento. Novos remédios são descobertos também usando essas instruções.
Porém, como falamos antes, não há uma formação específica para se trabalhar com genética. Dependendo do curso que se faz, o profissional tem uma área de atuação determinada. Vamos ver quais são as principais formações.
Biologia e a gestão de banco genético
A formação em Biologia tem quatro anos de duração. O ‘estudo da vida’ foca em vários reinos animais e vegetais. Assim, o biólogo é capaz de identificar e lidar com as espécies e saber o grau de ‘parentesco’ entre elas.
Uma das ferramentas do biólogo para fazer essa identificação é a genética. Espécies aparentadas têm códigos genéticos similares, e isso ajuda muito a encontrar e classificar novas espécies animais e vegetais.
No dia a dia da genética, ele vai trabalhar no aconselhamento genético, especialmente no ramo da veterinária e botânica. Ele saberá como aprimorar espécies de plantas para que sejam mais resistentes a pragas, e animais que cresçam mais saudáveis.
O biólogo geneticista também atua na gestão de bancos de células em laboratórios. Na pesquisa, esse papel é fundamental, pois é ele quem classifica as células que farão parte dos estudos.
Medicina e o tratamento de doenças
Para se tornar médico, são necessários seis anos de estudo. Diferentemente da Biologia, a Medicina tem como foco o corpo humano, suas características, doenças e como tratá-las. Na grade curricular, fazem parte disciplinas como Anatomia, Patologia, Farmacologia, Embriologia e Genética.
Há inclusive uma especialidade chamada genética clínica, que trata das doenças hereditárias, malformações congênitas (que vem desde antes do nascimento) e demais anormalidades. O médico especializado em genética faz pesquisas para tratá-las. Caso a cura não seja possível, ele descobrirá tratamentos para controlar alguns dos seus sintomas.
Biomedicina e pesquisa de remédios
O curso de Biomedicina tem quatro anos de duração, e o profissional trabalha na pesquisa de criação e desenvolvimento de medicamentos e vacinas. Ele estuda em profundidade os pormenores das células humanas, de animais e vegetais. Essa pesquisa ajuda na descoberta da composição química, características e identificar problemas que possam levar a doenças.
A grade curricular tem também aula de Genética, e o profissional, uma vez formado, pode atuar no desenvolvimento de medicamentos e vacinas. Ele trabalha diretamente com células que podem trazer pistas sobre novas substâncias.
As vacinas, em particular, vêm recebendo uma atenção especial ultimamente. Novas tecnologias de desenvolvimento de imunizantes envolvem técnicas de genética. Assim, além de utilizar o agente patogênico inativado, que é o caso da maioria das vacinas hoje, o código genético de vírus e bactérias entraram na lista de ingredientes.
Tais imunizantes levam o código de uma determinada doença para o sistema imunológico, que cria anticorpos para combatê-las. É o que vem acontecendo com algumas vacinas contra a Covid-19, que vêm mostrando resultados bastante satisfatórios.
A genética e sua evolução
O estudo não para, e as descobertas também não. Há um campo bastante promissor da genética, que é a Engenharia Genética. Não há um curso de formação superior, como os de Engenharia Civil ou Química, mas são especializações depois de formado.
Essa engenharia trabalha diretamente com a manipulação do código genético de alguma espécie. Pode parecer coisa de ficção, mas já é realidade. Produtos alimentícios feitos a base de milho, trigo e soja transgênica são facilmente encontrados nas prateleiras.
E são apenas alguns exemplos, mas o objetivo é o mesmo. O milho, trigo e soja receberam modificações no seu DNA para resistirem a defensivos agrícolas e pragas como doenças e insetos. Mas fique tranquilo, esses produtos transgênicos são elaborados de forma a não criar problemas nos humanos ou animais que os consomem.
Mas a área também tem suas polêmicas. Falar em modificar código genético remete, para muita gente, à transformação de humanos em super-humanos. Dentro da genética, há comitês de ética que analisam as pesquisas a serem feitas com material genético, e determinam o que pode ou não ser feito.
De qualquer forma, esse campo de estudo veio para ficar, é muito promissor e vai trazer ainda mais benefícios para a humanidade. Portanto, se você gosta de ciência e pesquisa, é uma boa opção de área para o futuro!
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