Sabemos que o turismo foi umas das primeiras áreas a parar com a pandemia do covid-19. E quase após 2 anos de muitos cuidados, isolamento e privações, o mercado teve que encontrar formas de não fechar as portas. E deu certo, pois muitas empresas ainda mantêm suas portas abertas. Por isso, hoje vamos mostrar como o turismo está enfrentando a pandemia e o futuro desse mercado.
O que você verá neste artigo:
Turismo e a pandemia
Assim como dito anteriormente, o turismo sofreu muito com as políticas de cancelamento, restrições e outros impactos negativos. Por exemplo, segundo a Fecomercio, houve um desfalque de R$55,6 bilhões em 2020, comparando com 2019. Nesse sentido, setores aéreos tiveram grandes perdas. Nele, mais de 110 mil postos de trabalho foram eliminados. Nessa leva, podemos incluir milhares de hotéis, operadores de turismo e agências de viagens.
Por outro lado, essa crise deu oportunidade para que o setor pudesse coordenar, articular melhor aspectos internos. Pois o setor possui muitas pequenas e médias empresas, deixando tudo muito segmentado.
Logo, o turismo passa a assumir suas perdas e a concentrar-se no futuro. Nos últimos meses, a indústria turística vem se aquecendo. Claro, nada comparado aos anos anteriores a 2020. No entanto, com os programas de vacinação no Brasil e no exterior, a procura por viagens só aumenta.
Nesse sentido, levando em consideração os diferentes ritmos de vacinação em cada país e até mesmo em cada estado brasileiro, a tendência é que a recuperação das áreas do turismo ocorra de forma distinta em cada região e país.
Turismo doméstico
Antes de tudo, o turismo doméstico nada mais é do que a população viajando e visitando regiões do seu próprio país. E esse tipo de turismo é parte importante das estratégias e apostas de retomada do setor.
Nos últimos meses, registrou-se um aumento de mais de 43% nas viagens domésticas aqui no Brasil. Ainda mais, segundo uma pesquisa feita pelo Airbnb, cerca de 56% das pessoas preferem destinos domésticos e até mesmo mais perto de casa. Isso porque essas viagens não tão distantes dão a chance para que muitas famílias “escapem” um pouco dessa nova rotina imputada pela pandemia.
Não apenas aplicativos de viagens registram e confirmam esse aumento. Mas também as agências de viagem têm registrado as viagens domésticas como uma “tendência”. A maioria das pessoas gostam tanto que chegam a repetir periodicamente esse tipo de viagem.
Turismo de lazer
O turismo de lazer nada mais é do que passeios e pequenas viagens com o intuito de relaxar e se divertir. Essa foi uma das primeiras áreas do turismo a retornar com as atividades. Sem dúvidas também tem grande chance de ser uma das primeiras a se recuperar das perdas da pandemia.
Algo bem forte no turismo de lazer é o mercado de luxo. Passeios e atividades caras que contam com a maioria dos clientes com maior poder aquisitivo ou folga financeira. Dessa forma, pouquinho a pouquinho essa área do turismo vai se recuperando.
Ainda mais, a medida do tempo e conforme a flexibilização e até mesmo a retirada das medidas restritivas, a procura e o volume de novas pessoas no setor só tende a aumentar.
Turismo de negócios
De antemão, o turismo de negócio se refere a qualquer tipo de atividade turística decorrente de interesse profissional. Tais como interesses comerciais, institucionais, técnicos, científicos, e associativos são considerados turismo de negócios.
Esse tipo de turismo era um dos responsáveis pela maioria dos recolhimentos do setor turístico do Brasil. No entanto, essa é uma das áreas que deve demorar mais para voltar ao patamar pré-pandemia. A isso podemos dar os créditos às reuniões online que cada vez mais substituem o contato presencial.
O turismo de isolamento no Brasil
Desde a abertura dos hotéis, pousadas e outras áreas turísticas, é notável o novo comportamento e preferência dos brasileiros. Cada vez mais, a maioria dá preferência às acomodações oferecidas. E essa é uma das maneiras para o turismo enfrentar a pandemia
Nesse sentido, a preferência é por lugares com bons espaços ao ar livre, espaços para trabalhar, um bom wi-fi e com ótimas refeições. A ideia é dar um respiro, cuidar da saúde mental e até mesmo trabalhar, mas sempre mantendo o distanciamento social e todos os cuidados de prevenção. Ou seja, manter o isolamento, mas de forma divertida, segura e perto de casa.
O turismo de isolamento está sendo praticado especialmente entre os moradores de apartamentos de grandes cidades, pessoas com filhos e outras que passaram a trabalhar 100% home office. Mostrando, assim, que mesmo diante de crises e medidas restritivas, as áreas do turismo tendem a ter uma boa retomada. Principalmente com o avançar do calendário de vacinação do Brasil.
Ainda mais, nesse sentido, visto que o trabalho home office e as aulas podem ser feitas de qualquer lugar com internet, as população tem procurado viagens como essa em qualquer época do ano, e assim o turismo começa a enfrentar a pandemia.
A nova divisão entre trabalho, lazer e turismo
Na pandemia, a popularização do trabalho remoto e também do ensino a distância, deixou a linha tênue do trabalho e lazer cada vez mais fina. Principalmente para aqueles que voltaram a fazer pequenas viagens.
Nesse ínterim, muitos passaram a optar por viagens com maior permanência nos hotéis e pousadas. Visto que muitos agora podem estar praticamente em qualquer lugar e trabalhar ou estudar.
Sem dúvidas, em especial àqueles que podem ficar 100% em home office, essa agora é uma tendência que veio para ficar. Com isso, estima-se que quase 45% das agências de viagens e hospedagens em geral reformularam seu modelo de negócio.
Dessa forma, essa reformulação em diversas áreas do turismo visa atender àqueles turistas que desejam permanecer isolados. Assim, ampliou-se o número de villas, casas e outras hospedagens privativas.
Ainda mais, desenvolveu-se também novas rotas de passeios e circuitos turísticos para que a nova demanda seja atendida sem quebrar o isolamento, e o turismo tem condições de enfrentar a pandemia.
Enfim, é evidente que, mesmo sendo um dos setores mais afetados, as áreas do turismo seguem se reerguendo. Estão fazendo isso por implementar novas políticas, reformular suas hospedagens, desenvolver outros circuitos tradicionais de passeio e por investirem em uma boa estrutura interna.
Por outro lado, é evidente que a retomada do turismo internacional terá uma demora maior. Primeiramente pelas restrições que outros países impuseram para o Brasil e, depois, por conta das novas exigências estabelecidas.
Em suma, o turismo pode enfrentar a pandemia reinventando-se e cumprindo com os protocolos de segurança. A tendência é que as formas de turismo mencionadas aqui só cresçam com o passar dos meses.
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