InícioGraduaçãoDireitoMuito além do advogado: quem faz Direito pode ser o quê?

Muito além do advogado: quem faz Direito pode ser o quê?

Associamos o curso de Direito ao trabalho como advogado, mas a área tem um campo de atuação bem mais ampla. Veja em que mais o formado na área pode trabalhar.

O curso de Direito é um dos mais procurados pelos alunos. Por ser uma ciência social, ele traz uma formação bastante ampla sobre assuntos que abrangem Psicologia, Filosofia, Recuperação Judicial, além das várias vertentes do próprio Direito.

Há estágios supervisionados que trazem o dia a dia da profissão ao graduando. Ele terá contato com esses vários ramos do curso, que podem ajudá-lo a escolher um deles para seguir no futuro. Uma vez formado, ele pode prestar a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para ter seu registro de advogado.

Mas essa é apenas uma  entre as várias áreas que o bacharel em Direito pode seguir. Veja algumas das demais a seguir.

Professor universitário

Se você gosta da carreira acadêmica e se sente à vontade para lecionar, é uma área muito interessante. Assim, o professor pode dar aulas de Direito Constitucional, Civil, Penal, Administrativo, Teoria Geral do Direito, e muito mais.

Para isso, depois de concluir o curso, você deve continuar os estudos em nível de mestrado e doutorado. Essas são exigências do Ministério da Educação (MEC) para dar aulas em instituições de nível superior.

Juiz

A carreira de juiz é uma das mais procuradas pelos bacharéis em Direito, mas suas responsabilidades são grandes. Afinal, decidir, em um processo judicial, qual das partes têm razão, ou se uma pessoa é culpada ou inocente, é um trabalho e tanto. Expedir mandados de prisão, busca e apreensão e liminares também é da sua responsabilidade.

Os caminhos para ser juiz são um pouco mais longos. Além de ter o registro na OAB, o candidato precisa ter pelo menos três anos de experiência como advogado. Há os concursos públicos (juízes são funcionários públicos), nos quais ele precisa ser aprovado nas provas e títulos.

Promotor

São também funcionários públicos, que precisam ser aprovados em concursos públicos. Os promotores atuam no Ministério Público Estadual ou Federal, e defendem os interesses da sociedade e do Estado. Por exemplo, em um caso de assassinato, há o advogado do réu, que o representa e o defende em um julgamento, e o promotor, que faz parte da acusação.

Ele também denuncia crimes à Justiça, especialmente para defender interesses sociais. Ele pode atuar em casos que envolvam poluição de rios devido à atuação de uma empresa, desvios de dinheiro público. Além disso, em casos de defesa de menores de idade.

Procurador de Justiça

Ele está um degrau acima dos promotores. Para se tornar um procurador, ele precisa primeiro ser aprovado no concurso para promotor e ser promovido ao cargo. Ele atua em instâncias superiores dentro do Ministério Público, como chefe da instituição nas esferas municipal, estadual e federal.

O procurador municipal é o responsável por prestar assessoria jurídica às prefeituras, e as representa nos processos judiciais. Já o procurador estadual é nomeado pelo governador do Estado e atua na 2ª instância nos Tribunais de Justiça. Isso significa que, caso uma das partes solicite um recurso à decisão do juiz, ele vai para o Tribunal. O procurador federal atua na defesa dos interesses das instituições da esfera federal, bem como trabalha na assessoria jurídica federal.

Desembargador

É o juiz da segunda instância da Justiça. No caso que falamos há pouco, se há recursos a respeito da decisão em um processo na primeira instância, ele vai para o Tribunal de Justiça e é julgado por um desembargador. Não há concursos públicos diretos para esse cargo. Ele é dado a um juiz que faz parte do Tribunal de Justiça ou do Tribunal Regional, por merecimento ou tempo de atuação.

No caso dos julgamentos em segunda instância, o caso não é analisado em sua totalidade, mas somente os quesitos que foram contestados. Ele revê a decisão com um grupo de juízes, e a decisão é chamada de acórdão.

Defensor Público

Ele defende as pessoas que não têm condições de arcar com as custas de um processo. Assim, se uma pessoa não pode pagar pelo advogado, ele pode recorrer ao defensor. Ele também é um funcionário público e, para tal, precisa ser aprovado em concurso público e ter experiência como advogado.

Há as defensorias públicas nas esferas estaduais e federais. Um exemplo é alguém que quer rever seu benefício da aposentadoria e não pode pagar por um advogado. Para isso, há setores especializados na defensoria pública da União que podem prestar consultoria e entrar com um processo.

É importante notar uma diferença entre o defensor público e o advogado ‘pro bono’. Ambos promovem atendimento gratuito às pessoas. Enquanto o defensor é um funcionário público, o advogado ‘pro bono’ faz o seu trabalho de forma voluntária.

Delegado de polícia

Esse é para quem gosta do clima de resolução de crimes. O delegado precisa ser um bacharel em Direito, visto que ele vai coordenar as investigações. É ele quem prepara os inquéritos, elabora documentos necessários às diligências e chefia uma delegacia de polícia.

Além de se formar em Direito, ele precisa ser aprovado em concurso público e passar por um treinamento na academia de polícia. Há os delegados de polícia estaduais e da Polícia Federal, mas o procedimento é o mesmo.

Oficial de Justiça

Ele atua no apoio operacional. É ele quem executa as ordens judiciais. Uma das funções mais conhecidas do oficial é a entrega de mandados judiciais. Entre suas funções estão a execução dos mandados de prisão, apreensão de bens e citar as partes envolvidas.

O oficial de justiça precisa ser formado em Direito e ter registro na OAB. Precisa também ser aprovado em concurso público. Eles podem atuar na esfera estadual ou federal.

Diplomata

A carreira na diplomacia exige a graduação em curso de nível superior, em qualquer área. Assim, os bacharéis em Direito podem prestar a prova do Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores, e concorrer a uma entre aproximadamente 30 vagas. Uma vez aprovado, o profissional passa por um curso preparatório.

A vantagem do bacharel em Direito é que, tanto na prova quanto no curso, disciplinas como Direito Internacional, Política e Economia são requisitadas. Esse conteúdo o graduado teve no seu curso superior, o que ajuda na hora de estudar. É muito importante conhecer pelo menos um segundo idioma, já que o diplomata vai atuar na comunicação com outros países.

Veja nesse outro conteúdo qual a posição do MEC sobre o curso de Direito EAD.

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