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6 dicas para descobrir a carreira certa para seu perfil

À medida em que iniciam sua vida profissional, os jovens experimentam um dilema e tanto. Estamos falando de todas as variáveis que precisam ser consideradas na hora de decidir sobre os rumos da profissão. Afinal, se descobrir a graduação que combina com você já não é tarefa fácil, quem dirá saber qual a carreira certa para seu perfil.

Jovens revelam, com bastante frequência, sentimentos de insegurança e indecisão com relação ao futuro profissional. Em um mercado de trabalho excludente e competitivo, há ainda os que adotam um sentimento de indiferença, mesmo quando estão infelizes e sentem-se explorados.

Esses últimos, geralmente, são guiados pela necessidade de sobrevivência. Afinal, é preciso colocar comida na mesa e pagar as contas. Por isso, listamos aqui seis dicas fundamentais que qualquer pessoa deveria ler para descobrir a carreira certa para o seu perfil.

1- Considere os interesses pessoais 

Cerca de 90% dos brasileiros estão infelizes em seus trabalhos, segundo o Índice de Insatisfação e Infelicidade no Ambiente Corporativo. A pesquisa foi realizada em 2017 pelo empresário e consultor Fredy Machado, por meio do aplicativo Survey Monkey.

De acordo com o levantamento, 36,52% das pessoas estão infelizes com o trabalho que realizam, enquanto 64,24% gostariam de fazer algo diferente do que fazem para serem mais felizes.

Mas há luz no fim do túnel. Pelo menos é nisso que acredita Fredy Machado, que é autor do livro “É possível: Se reinventar e integrar vida pessoal e profissional”. Machado estava infeliz no trabalho, quando acabou sofrendo uma angina (dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração) aos 37 anos. 

O episódio teria marcado a sua vida, ao ponto de largar a empresa da família e dar novos rumos à sua vida profissional. Ou seja, conciliar interesses e vida pessoal é algo fundamental na hora de decidir sobre a carreira. 

2- Fuja do auto engano na carreira

Raquel Staerke é coordenadora do curso de Psicologia da Celso Lisboa. Em depoimento ao Jornal Extra, ela explicou que o motivo pelo qual as pessoas estão entrando em colapso é o auto engano. 

“A infelicidade não é pelo trabalho, mas pela forma com que lidamos com ele”, disse. “Não se deve colocar expectativa de felicidade no trabalho, pois ele é apenas um instrumento para obtenção de benefícios materiais”, acrescentou.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os prejuízos da infelicidade são grandes para a economia mundial. Apenas os transtornos de depressão e ansiedade geram um prejuízo estimado em US$ 1 trilhão com a perda de produtividade. 

Além disso, mulheres, negros e a população LGBTQIA+ tendem a ser mais afetados pela depressão e ansiedade, provocados pela tripla jornada de trabalho (no caso das mulheres). Além disso, por episódios de violência por que passam ao longo da trajetória pessoal e profissional.

A solução, então, é fugir do auto engano. Isso sem abrir mão de algo que você realmente queira fazer por pressão social, ambição ou segurança.  Afinal, trabalho não traz felicidade.

3- Conheça a sua bússola (ou GPS) interna?

O GPS provavelmente já te ajudou a encontrar a direção quando estava perdido ou não sabia localizar um endereço, assim como muitos no passado conseguiram se localizar através de uma bússola. O GPS interno funciona de modo parecido.

Estamos falando de um sistema de orientação interno, que funciona de modo intuitivo e ajuda  a encontrar respostas para nossos dilemas.

Uma boa forma de calibrar o nosso GPS é imprimindo valores para ele. Você sabe, por exemplo, qual o seu propósito, princípios e qualidades mais evidentes?

Uma boa forma de descobrir isso é recorrendo à filosofia. De acordo com o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), por exemplo, o homem é um fim em si mesmo (e não um instrumento). 

Em sua filosofia prática, Kant não responde à pergunta “O que devo fazer?” mas nos leva a questionar por aquilo “que se deve fazer”, por meio de uma ética universalista. Clique aqui para saber mais sobre a filosofia prática de Kant.

4- Procure ajuda profissional

De que serve uma bússola sem um mapa interno? Nada. Por isso, é fundamental mergulhar no autoconhecimento. Uma boa forma de fazer isso é recorrendo à orientação de profissionais da Psicologia.

Orientadores vocacionais são preparados para ajudar o cliente a encontrar a confiança para escolher sua carreira. Já o psicólogo escolar, que geralmente trabalha nas instituições de ensino, deve apoiar os alunos na escolha de forma contínua.

A Associação Brasileira de Orientação Profissional, por exemplo, reúne especialistas que se dedicam ao tema. Esses profissionais não estão focados apenas em ajudar a alcançar resultados e sucesso. Seu objetivo é ajudar a construir projetos de vida.

5- Estude a sua personalidade

Outra dica importante para escolher a carreira certa é estudar o desenvolvimento da sua personalidade. No livro “O desenvolvimento da personalidade”, por exemplo, o psiquiatra suíço Carl G. Jung (1875-1961) apresentou o processo de construção da personalidade humana desde as primeiras influências recebidas na infância. 

Para a psicologia analítica de Jung, os principais sistemas correspondem ao ego, ao inconsciente individual e ao inconsciente coletivo, à persona, à anima ou animus, e à sombra. Tais elementos formariam a personalidade total ou Si-Mesmo. 

No artigo “A personalidade para Jung”, o professor Felipe de Souza fala sobre o objetivo da abordagem junguiana. De acordo com ele, por meio dessa terapia, o paciente “confrontando-se” com o seu próprio inconsciente pode chegar à sua personalidade total. Para isso, é necessário uma unificação dos opostos.

Para ter ideia melhor da importância de estudar a personalidade, o pesquisador M. David Galinsky comparou, nos anos 60, o desenvolvimento da personalidade de físicos e psicólogos.

Os resultados indicaram diferenças surpreendentes: psicólogos estavam mais envolvidos em atividades interpessoais na infância. Eles também demonstraram apego maior à família, apesar dos conflitos. Por outro lado, os físicos reconheceram características dos pais em sua personalidade. Os psicólogos, ao contrário, sentiam-se diferentes dos genitores. 

6- Faça testes de vocação, personalidade e perfil

Por fim, conhecer a sua personalidade e como direcionar a carreira não precisa ser uma tarefa árdua. Realizar testes de personalidade, de aptidão profissional e de analise seu perfil comportamental também podem ajudar – e muito – na hora de escolher a carreira. 

Com a ajuda deles, é possível encontrar profissões ou atividades mais adequadas a um determinado perfil. Os testes também podem ajudar a compreender as habilidades – e focar nelas. Para facilitar, apresentamos os principais testes vocacionais que podem ser uma mão-na-roda em momentos de indecisão.

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Teste de personalidade

Outro modelo de avaliação recomendável é o teste das 16 personalidades (ou teste de personalidade MBTI), licenciado pela NERIS Type Explorer.  Trata-se de um método utilizado para identificar o tipo psicológico de uma pessoa.

Isso é feito por meio da aplicação de questionários em que as alternativas refletem suas preferências. O teste está disponível gratuitamente.

Perfil comportamental

Outro exame muito famoso é o teste de perfil comportamental. Trata-se de uma avaliação que utiliza um questionário por meio do qual é possível identificar quatro perfis. Esses perfis são agrupados de acordo com atitudes tomadas em situações específicas. Os tipos de perfil comportamental são: comunicador, executor, analista e planejador.

É possível fazer o teste de perfil comportamental gratuitamente no site da Pravaler. Mas lembre-se: todos temos um pouco de cada perfil. Além disso, nosso perfil de comportamento pode mudar com o tempo e as experiências.

Foi o psicólogo norte-americano William Moulton Marston (1893-1947) quem percebeu primeiro os perfis comportamentais. Ele denominou esses perfis de: Dominância (D), Influência (I), estabilidade (S) e conformidade (C). Sua análise comportamental ficou conhecida com a publicação do seu livro “Emotions of Normal People” em 1928.

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