A inscrição para um curso de nível superior, também é um momento de escolha da modalidade de ensino; atualmente, é possível optar por três modalidades. Mas quais são as diferenças entre cursos presencial, semipresencial e EaD?
A pandemia da COVID-19 afetou brutalmente todos os níveis da sociedade. Um grande número de estudantes precisou migrar de modalidade de ensino; por outro lado, muitas pessoas buscando recolocação no mercado de trabalho voltaram a estudar, procurando um formato onde pudessem realizar estudos em casa, devido ao isolamento social.
Saiba aqui as diferenças entre cursos EaD, semipresencial e presencial.
O que você verá neste artigo:
Graduação EaD
Nesta modalidade, os alunos assistem às aulas remotamente, através de uma plataforma digital fechada, com acesso via internet, com login e senha. As aulas podem ser transmitidas ao vivo ou gravadas, e são uma grande parte do conteúdo das disciplinas, assim como materiais didáticos e atividades avaliativas.
As graduações EaD foram regulamentadas com a lei n.º 9.394 de 1996, com início do credenciamento das faculdades no ano de 1999.
É importante lembrar que uma das exigências do Ministério da Educação (MEC) para a implementação de um curso EaD é que a instituição tenha um polo de apoio presencial. Além disso, disponibilize toda a estrutura física para o aluno, caso não possa acessar as aulas e atividades de forma remota.
Ao fazer a inscrição nesta modalidade, o aluno deve ter em mente que precisa ter a sua disposição um bom sinal de internet para garantir o acesso ao curso. Também deve se informar se a faculdade disponibiliza materiais didáticos como apostilas (que podem ser digitais ou físicas), assim como os parâmetros para a realização de atividades.
Exigências no EaD
É preciso ficar atento ao fato de que, mesmo sendo EaD, o aluno precisará realizar todas as exigências pertinentes à uma graduação. Como atividades extra curriculares, práticas, e estágio. Assim como possui direitos assegurados a carteirinha estudantil e todos os benefícios possíveis a um aluno de ensino superior.
Pontos fortes: o aluno tem uma maior flexibilidade de horários para realizar as atividades do curso, economiza tempo e dinheiro com transporte. Além de outras despesas e entraves que teria caso frequentasse a faculdade diariamente. Ideal para pessoas que não podem passar muito tempo na faculdade.
Pontos fracos: exige um maior nível de maturidade do aluno, pois o ensino EaD é focado na autonomia e responsabilidade de realizar as atividades e assistir as aulas com dedicação. O aluno EaD deve demonstrar interesse e utilizar as ferramentas para esclarecimento de dúvidas com tutores, mantendo assim a participação na vida acadêmica.
Graduação semipresencial
Com reconhecimento pelo Ministério da Educação (MEC) desde 2004, as graduações semipresenciais unem aspectos das duas outras modalidades. O aluno deverá acompanhar as aulas em ambiente virtual, mas também estar presente no polo de ensino algumas dias da semana.
As atividades avaliativas também são totalmente presenciais nesta modalidade de ensino. A graduação semipresencial se torna cada vez mais popular. Possui a mesma dinâmica de uma graduação presencial, e ao mesmo tempo conta com todo o suporte do EaD.
Ou seja, aparentemente, são poucas diferenças entre o modelo de graduação EaD e semipresencial. Mas o fator importante é que o aluno deve participar de atividades destas duas modalidades de ensino.
Pontos fortes: o aluno possui as vantagens de uma graduação EaD (facilidade de acesso ao conteúdo, estudo remoto). Mas também os benefícios de uma graduação presencial (socialização no polo de ensino, provas presenciais, presença de tutor). Com isso, divide seu tempo entre as atividades presenciais e a distância.
Pontos fracos: é possível que haja falta de dedicação em uma das plataformas (presencial ou remota), por sentir mais habilidade com uma. É preciso perceber as diferenças das outras duas modalidades de ensino, pois pode haver comodismo. E o pensamento de que as deficiências de habilidade com EaD podem ser compensadas no presencial ou vice versa.
Graduação presencial
É a modalidade mais tradicional de ensino, para alguns cursos é a única opção possível. Pois necessitam de atividades práticas que exigem a presença do aluno em laboratórios ou ambientes educacionais. Por exemplo, cursos da área da saúde, como Medicina, são praticamente impossíveis de serem implementados à distância.
No Brasil, também não há homologação de faculdades de Direito 100% EaD. Portanto, os alunos que pretendem ingressar neste curso, devem procurar o presencial.
Neste formato, é necessária a presença do aluno no campus para a realização de aulas, provas e atividades, em grupo ou individuais. No momento da matrícula é possível escolher o turno e em alguns casos, os dias da semana que frequentará as aulas de determinada matéria.
Pontos fortes: alunos com facilidade de socialização que gostam de realizar atividades em grupo. Estudantes com tempo para passar muitas horas na faculdade. Ou que não estejam em um emprego com horário incompatível ou obrigações familiares. Pessoas que não se adequam nas modalidades EaD e semipresencial, e precisam de um contato maior com professores.
Pontos fracos: a pandemia de covid-19 interrompeu a maioria das atividades presenciais, propiciando novo pensar sobre a modalidade. Além disso, a presença diária nas aulas e atividades avaliativas podem cansar alguns alunos sem tempo disponível.
Qual é a melhor modalidade de ensino para a graduação?
Depois de descobrirem as diferenças entre presencial, semipresencial e EaD podemos afirmar que não existe exatamente uma modalidade melhor ou pior, e sim a que se adequa à realidade do aluno, suas vivências e possibilidades. Assim, como perante ao mercado de trabalho não existem diferenças entre profissionais formados por determinada modalidade.
Os diplomas de graduação não possuem nenhum tipo de diferenciação devido a modalidade cursada. Após a formatura, todos os profissionais são considerados aptos para desenvolver atividades, realizar credenciamento nos conselhos federais ou sindicatos. Além da possibilidade de prosseguir nos estudos, com uma pós-graduação ou mestrado.
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