Psicologia e Filosofia compartilham o estudo e influência do comportamento das pessoas na sociedade. Uma estuda a mente humana e a outra procura entender a existência do homem. Mas, vamos destrinchar a diferença entre a Psicologia e a Filosofia?
Para entender a diferença entre as duas, é importante saber que, primeiro que a Filosofia surgiu antes da Psicologia. E, pode-se dizer que a Filosofia é um dos campos de estudo mais antigos do mundo, ela já analisava a psique humana desde a Grécia antiga.
Afinal, perguntas como “quem eu sou e para onde vou?” são uma das bases da Filosofia. Do grego “amor pela sabedoria”, os filósofos questionam os valores, conhecimento, razão e a mente das pessoas. Assim, nessa linha de estudar o quê e como as pessoas pensam, surge a Psicologia, que aprofunda a análise em torno da mente.
Assim, a Filosofia questiona não só a importância da humanidade, mas também dos diversos pontos de vista sobre ela. Por outro lado, a Psicologia busca compreender como enxergamos esse mesmo mundo, mas de forma íntima e até, individual. Como os nossos sentimentos e ações externas influenciam a estruturação da nossa psique.
Mas, caso você esteja confuso sobre qual dessas duas carreiras seguir, não se preocupe. Continue a leitura para compreender a diferença entre ambas e assim, tomar sua decisão.
O que você verá neste artigo:
Filosofia como amor pela sabedoria
A Filosofia e a Psicologia, são ciências humanas. E, apesar de pertencerem a mesma categoria, na prática, são diferentes.
Primeiro, iremos falar sobre a duração. A Filosofia tem quatro anos de duração e é um curso onde o aluno faz uma viagem pela história; indo de Sócrates a Platão, influenciadores do pensamento filosófico até os dias de hoje.
Neste percurso, os alunos se deparam com questionamentos primordiais. Assim, como a frase “só sei que nada sei” de Sócrates, outros pensamentos, teorias e questões são colocadas à mesa para impulsionar o desenvolvimento das temáticas.
Mas, ao mencionar pensamentos filosóficos influentes, não poderíamos deixar de fora o Santo Agostinho. Este, foi bispo da Igreja Católica e desenvolvia pensamentos dos mais diversos, além disso, foi muito atuante no conceito de Cristianismo que temos hoje.
Ainda, sobre pensamentos propulsores no âmbito reflexivo, há o matemático francês René Descartes. Este, é considerado um dos pais da Filosofia moderna. Ele dizia que algo só existe se puder ser provada sua existência. Atualmente, o polonês Zygmunt Bauman é bastante lembrado pelo conceito de “modernidade líquida”. É o que vivemos hoje: uma sociedade adaptável às mudanças de comportamento, religião e relacionamentos, por exemplo.
Psicologia estuda a mente
Já o curso de Psicologia tem cinco anos de duração, e a palavra em grego significa “estudo da alma”. Uma parte da Filosofia, o de procurar entender como e por que pensamos, foi uma das responsáveis pelo surgimento da Psicologia como conhecemos hoje.
Um dos alicerces da Psicologia moderna surgiu com o médico alemão Wilhelm Wundt, no século XIX. Seus estudos na área de Neurologia o estimularam a criar o primeiro laboratório de pesquisas de Psicologia do mundo, na Universidade de Leipzig. Muitas pesquisas importantes na área de percepção, sensações, sentimentos e emoções foram feitas lá.
Esses resultados, e outros que vieram a seguir, fizeram da Psicologia a ciência que se conhece hoje. Dessa forma, como ela estuda a relação entre a mente e o funcionamento do cérebro, essa ciência une conceitos da Biologia com as Ciências Sociais e as da Saúde.
A Psicologia não se restringe ao atendimento de pacientes com problemas emocionais. Ela se desenvolveu ao longo dos anos e se especializou em áreas diversas, como o esporte, a social, a do trabalho, a escolar e a jurídica.
Mas é a área clínica a mais conhecida, com várias linhas de tratamento diferentes. As terapias psicológicas procuram diagnosticar doenças mentais, problemas emocionais e de personalidade. Nesse sentido, o trabalho da Psicologia pode ter auxílio de profissionais de outros campos, como a Psiquiatria, a Psicanálise e a Neurologia.
Diferença entre a Psicologia e a Filosofia no trabalho
Psicólogos têm um campo bem vasto para trabalhar. Um deles é a Psicologia Clínica, que atende as pessoas de forma direta. Há diversas abordagens, como o atendimento individual ou em grupo, além de psicoterapias mais específicas. Há também a Psicologia do Trabalho, com atuação em empresas, especialmente em Recursos Humanos. Em hospitais, o campo é no auxílio a pacientes e familiares. No esporte, auxiliam os atletas a melhorar sua performance.
Os filósofos atuam principalmente nas escolas de ensino médio, visto que é uma disciplina que faz parte do currículo escolar. Contudo, a Filosofia é bastante importante em pesquisas científicas, e tem um porquê. Os profissionais avaliam as questões éticas na Biologia e o lado social de estudos humanos. Algumas organizações não governamentais (ONGs) têm formados em Filosofia para ajudar a implementar ações em determinadas populações mais carentes.
Qual área eu escolho?
Ambas as áreas trabalham com pessoas, mas de jeitos diferentes. O psicólogo tem uma atuação mais próxima e, através de terapias específicas, ajuda o paciente a entender ou superar traumas e questões. Como mencionado, há campos variados de atuação que o psicólogo escolhe após a graduação.
Ademais, é possível atuar no departamento de Recursos Humanos de empresas, como aconselhador em escolas ou atender pacientes e seus familiares em hospitais. No ramo do Direito, o profissional conversa e orienta pessoas que buscam assistência jurídica; no esporte, atende atletas de alta performance, como jogadores de futebol e corredores.
Ainda, o filósofo enxerga o mundo não só de forma coletiva, mas também na interação dos grupos para a formação do que consideramos cultura. Este profissional pode lecionar e/ou adentrar no campo acadêmico. Estes, também são procurados no ramo editorial, como autores e colunistas em jornais e revistas.
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