Contar com profissionais na área de saúde atuando em todo o território brasileiro é de grande importância para levar qualidade de vida à população. Contudo, sabemos que existem diferenças nas oportunidades de trabalho e salários, dependendo da localidade. Sendo assim, quanto ganha um fisioterapeuta no interior do Brasil? Saiba mais informações neste post sobre o trabalho desses profissionais em cidades brasileiras do interior.
A princípio, quando falamos sobre questões de saúde podemos apontar vários aspectos a serem melhorados. Em tempos de pandemia, por exemplo, esses problemas foram maximizados. Igualmente, no Brasil e no mundo observamos a importância de diferentes áreas de profissionais da saúde, que estão presentes na linha de frente, em hospitais, prontos-socorros, UTIs, e outros locais.
O que você verá neste artigo:
Migração de profissionais para o interior
Do mesmo modo, um debate importante é a distribuição desigual de profissionais de saúde entre as capitais e o interior do Brasil. Nesse sentido, existem várias diretrizes da Organização Mundial da Saúde – OMS que recomendam a adoção de políticas para recrutamento e também fixação de profissionais nas cidades do interior, com intuito de promover a facilitar o acesso à saúde para as populações.
Seja como for, os profissionais de saúde trabalham por amor à profissão, mas a remuneração também é um fator a ser levado em conta. Tendo isso em mente, buscar cidades do interior do país, para exercer profissões na área da saúde é uma possibilidade em virtude dos salários equiparados a outras regiões do país, ampla oferta de vagas de emprego, aliados à qualidade de vida que essas cidades podem oferecer.
Segundo informações do novo CAGED, desde 2014, muitos profissionais têm migrado para cidades do interior do Brasil, em Estados como Bahia, Pará, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Atualmente, a pandemia de coronavírus acelerou esse processo migratório, em especial com possibilidades do trabalho remoto.
Maiores cidades do interior do Brasil
Antes de mais nada, para definir de forma simples o que é uma cidade de interior, partimos da referência de que é um local que não é a capital, nem estão em cidades próximas. Sendo assim, as cidades do interior são todos os municípios que não estão nas áreas metropolitanas do Brasil. Também é importante nesse parâmetro o Produto Interno Bruto – PIB, destas cidades.
Segundo a revista Exame, existem as 100 melhores cidades para se viver, e a maioria delas fica no interior do Brasil. De acordo com o ranking, essas cidades concentram 83 milhões de habitantes (o equivalente a 40% da população do país) e 53,3% dos empregos formais. Essa pesquisa analisou dados como educação, saneamento básico, segurança e saúde.
Nesse sentido, a pesquisa analisou diversos fatores, entre eles estão os índices relativos à saúde, em especial o número de habitantes que têm acesso à cobertura de atenção básica de saúde. Ou seja, na prática isso quer dizer quantas pessoas têm acesso aos serviços primários do SUS. Entre as cidades mais bem colocadas estão:
- Maringá
- Joinville
- Campinas
- Caxias do Sul
- Contagem
- Jundiaí
- Mossoró
- Caruaru
- Vitória da Conquista
- Campos dos Goytacazes
- Anápolis
A partir dessas estatísticas, e levando em conta que essas cidades apresentaram excelente desempenho em vários indicadores sócio-econômicos, em especial geração de empregos e qualidade de vida, listamos os dados salariais para profissionais de fisioterapia, em três municípios. Com base nessas informações, descubra quanto ganha um fisioterapeuta no interior do Brasil.
Quanto ganha um fisioterapeuta em Maringá?
Segundo dados do novo CAGED, o piso salarial na cidade de Maringá (PR), é de R$ 2.009,43 (com base em acordos e convenções coletivas dos sindicatos). A média salarial é de R$ 2.201,66 e o teto salarial é de R$ 3.327,22. Os valores são para uma jornada de trabalho de 31 horas semanais.
Se comparada às outras cidades do Paraná, as médias salariais de Maringá não são as mais elevadas. O que esse município tem de interessante então? Não é a primeira vez que a cidade está bem colocada no ranking de municípios que apresentam ótimos indicadores sócio-econômicos. Além disso, Maringá é uma cidade planejada, com crescente geração de empregos (mesmo na pandemia), com um dos maiores índices de área verde por habitantes e saneamento básico para 100% da população.
Quanto ganha um fisioterapeuta em Jundiaí?
O piso salarial em Jundiaí (SP) para profissionais de fisioterapia é de R$ 3.229,70. A média salarial é de R$ 3.538,66 para uma jornada de trabalho de 33 horas semanais. O teto salarial para a região é de R$ 6.295,78, uma diferença a ser considerada, se formos comparar ao valor fixado em São Paulo (capital), que é de R$ 5.456,43.
Sendo assim, quais são as outras vantagens dessa cidade no interior paulista? Jundiaí tem avançado, em especial nas políticas de saneamento e coleta de resíduos sólidos. A cidade também é destaque na coleta de lixo e saneamento, que chega aos 420 mil habitantes. Além disso, os índices de mortalidade infantil são os mais baixos do Brasil. No quesito geração de empregos, a cidade tem atraído diversas sedes de empresas internacionais.
Quanto ganha um fisioterapeuta em Anápolis?
Informações do novo CAGED e do eSocial mostram que o piso salarial na cidade de Anápolis (GO), é de R$ 2.260,51 (com base em acordos e convenções coletivas dos sindicatos). A média salarial é de R$ 2.476,75 e o teto salarial é de R$ 3.742,95. Os valores são para uma jornada de trabalho de 32 horas semanais.
Então, por que buscar oportunidades profissionais em Anápolis? A cidade apresenta excelentes índices de geração de empregos, em especial por ter diversas empresas, inclusive na área de saúde. Também é considerada o maior polo industrial do Centro-Oeste e o segundo maior do Brasil. Além disso, está entre as dez cidades com menor custo de vida do país.
Vale a pena buscar oportunidades na área de Fisioterapia no interior?
Agora que você já sabe quanto ganha um fisioterapeuta no interior do Brasil, buscar vagas de emprego nessas regiões pode boa opção para aliar salários compatíveis com o mercado e qualidade de vida. Contudo, é preciso avaliar outros quesitos antes de fazer as malas e mudar para um desses lugares. Por exemplo, veja algumas dicas para você iniciar essa mudança:
- Leve em conta o momento da sua carreira;
- Descubra como é o mercado de trabalho na região;
- Calcule os impactos e gastos financeiros, para essa mudança;
- Avalie junto aos seus familiares às possibilidades;
- Faça uma mudança de cidade, de forma gradual.