Sabe quando alguém te diz que não tem idade para realizar uma faculdade, ou voltar aos exercícios? Ela acredita muito nisso, a ponto de impedi-la de realizar sonhos? Esses são exemplos de crenças limitantes, que todos nós, ao longo da vida, desenvolvemos. Mas como isso acontece? Como ela nos limita? O que fazer para evitá-las?
É muito importante entender o que é uma crença. E não estamos falando de religião. Crença é algo que ouvimos ou vemos ao longo da vida, e passamos a acreditar nela a ponto de se tornar uma verdade absoluta.
Há as crenças, digamos, positivas, e as negativas. Não que elas tenham algum juízo de valor, mas elas nos trazem pensamentos positivos e negativos. Por exemplo, ao dizer “eu consigo fazer isso”, você acredita no seu potencial e consegue fazer aquilo ao qual se propõe. Nessa ideia, pensamos em coisas variadas, como realizar um exercício físico, levantar algum peso, executar alguma atividade.
E há as negativas, que nos limitam. Diante dessas mesmas tarefas, pensamos logo de imediato “não consigo fazer”, “não sei”, “vai dar errado”. Ao pensar dessa forma, geralmente essa atividade acaba não sendo bem sucedida. E por que isso acontece?
O que você verá neste artigo:
O que são crenças limitantes?
Conforme as experiências que tivemos, e as pessoas que nos rodeiam, as crenças (positivas ou não) vão moldando nossa forma de ver o mundo. Se você convive com pessoas que são otimistas, sua tendência será acreditar que as coisas vão dar certo. Caso contrário, se à sua volta o clima é pessimista, é difícil ter pensamentos positivos.
É aí que moram as crenças limitantes. Elas atuam até como um ímã. Assim: sabe quando você acorda atrasado, derruba café na mesa, chuta o pé da cama? Muita gente pensa “hoje será um dia daqueles”. E geralmente é. O trânsito está carregado, você chega atrasado, com dificuldade de concentração.
É como se esses pensamentos negativos fossem atraindo coisas ruins ao longo do dia. E é nesses períodos que as crenças limitantes ficam ainda mais intensas. Afinal, desse ponto de vista, já que nada está dando certo, por que algo mais deveria dar?
Esse é um exemplo apenas. As crenças limitantes aparecem ainda na infância, ao ouvir pais, professores, parentes, e até outras crianças repetirem afirmações que, de tão assertivas, parecem uma verdade. Dizer que “seu colega é melhor que você” martela na cabeça por muito tempo, a ponto de fazer a pessoa não acreditar no seu potencial.
Tipos de crenças
Dá para classificar as crenças basicamente em três tipos. Tem as que recebemos pela família, as que recebemos da sociedade, e as que criamos por conta própria, baseados na nossa própria experiência.
Assim, temos as hereditárias, passadas pelos nossos pais ou parentes. As crianças são muito observadoras, e prestam atenção ao que é dito em casa. Coisas do tipo “você não sabe fazer” têm um peso muito grande. Presenciar situações como violência doméstica também afetam muito a parte psicológica. Isso pode prejudicar a forma como ela vê as pessoas fora de casa.
As de ordem social vêm da própria sociedade. Ao ouvir “as pessoas magras são bonitas”, quem não se encaixa nesse padrão se sente obrigado a entrar nele. Ou “os ricos são felizes” diz, de forma implícita, que quem não é abastado está fadado a ser triste.
As crenças pessoais são construídas baseadas nas nossas experiências de vida. Imagine não ser aprovado no vestibular. É um acontecimento muito frustrante que, se não for bem trabalhado, impedirá que a pessoa volte a prestar um novo exame. A mesma coisa é ser reprovado em uma prova na escola. A criança assume que ela não tem aptidão para aquela matéria, e se bloqueia.
Crenças limitantes no longo prazo
Essas ideias distorcidas criam dificuldades para nós mesmos. É como se elas nos bloqueassem de realizar determinadas atividades porque acreditamos não ser capazes. E não as fazemos.
Quem tinha medo da Matemática na escola? É uma crença que começa antes mesmo de começar a estudar. A criança já escuta em casa que Matemática é difícil, que fazer contas é difícil, que não entende os sinais, com bloqueio. Ao ouvir isso, muitas vezes os pequenos assumem que algo é difícil sem sequer ter tido contato antes.
Ao ser apresentado pela primeira vez, essa crença de que Matemática é difícil se cristaliza. O aluno tem muita dificuldade para assimilar os conteúdos porque, afinal, matemática é difícil. E vira uma bola de neve. Ao não entender os conceitos básicos, é praticamente impossível entender os que se seguem. É onde a receita desanda, e o bloqueio se instala.
Como evitá-las?
É possível evitá-las e fazer com que elas trabalhem ao nosso favor. Assim, procure identificar quais são as suas crenças limitantes. Esse processo, por mais doloroso que seja, é libertador. Encontrar quais são e saber de onde elas vieram são grandes primeiros passos.
Como essas crenças te bloqueiam no dia a dia? Por que elas se instalaram? E como deixá-las para lá pode ser vantajoso? É aí que entra a parte da ressignificação. É como se você transformasse essa crença negativa em positiva. O “eu posso” em vez do “não posso” empodera as pessoas. Pode ser difícil no começo fazer essa reprogramação, mas com disciplina e persistência, você consegue chegar lá.
E é possível evitar que novas crenças surjam no seu modelo mental. Ao descobrir uma atividade nova, por exemplo, praticar um esporte, ou fazer uma faculdade, procure mais informações a respeito. Veja como funciona, o que é, os benefícios, o que está envolvido. Vai ser mais importante saber se você tem afinidade com a atividade do que acreditar na opinião das pessoas.
Para se ter uma ideia de como isso é importante, vamos a uma história. Havia muitos sapos que queriam chegar a uma lagoa, mas eles tinham medo de predadores no caminho. Por isso, nunca saltaram para chegar lá. Até que um dos sapos decidiu ir e saltou com toda a vontade, e alcançou a lagoa. Um deles, ao ver a cena, se perguntou: “como ele conseguiu?” e outro responde “ele é surdo”.
Não é que você não dará ouvidos às pessoas, mas é acreditar no seu potencial para vencer desafios. Acredite, você consegue!
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