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Mídias tradicionais e novas mídias: como influenciam o Jornalismo

Há alguns anos não era comum o que vemos hoje em dia: pessoas mais velhas, como nossos pais e avós, de olho nas telas dos telefones. As novas mídias conquistaram os públicos de todas as idades. Nesse artigo vamos falar sobre como o Jornalismo se relaciona com as mídias tradicionais e com as chamadas novas mídias.

Primeiramente: o que faz um jornalista?

Antes de tudo, é importante definir o que faz o profissional de jornalismo. O jornalista é responsável por obter a informação e transformá-la em notícia. Para isso, precisa fazer a checagem de todos os fatos e ouvir todos os lados, para saber seus diferentes pontos de vista, e formatar e editar a notícia sem perder nenhuma informação relevante.

Além disso, essa notícia precisa sempre ser transmitida ao público de forma clara e transparente. Assim, torna-se entendível por todas as pessoas. Por isso, uma mesma notícia pode (e deve) ser adaptada a cada tipo de mídia. O público-alvo das publicações também é um fator de extrema importância, pois a mensagem deve ser clara, não importando qual seja o receptor.

Para atender a todas essas demandas, um jornalista precisa ter um conjunto de habilidades que vai ajudá-lo no dia a dia da profissão. São algumas delas: excelente redação, poder de síntese, adequação de linguagens, capacidade de adaptação e expressão. 

As mídias tradicionais envelheceram mal?

Com o crescimento das distâncias, a sociedade precisou se adaptar aos novos meios de comunicação. Não era mais viável que uma mensagem urgente passasse por dias de viagem e risco de perda para chegar ao receptor. Além disso, era preciso comunicar mais pessoas de uma vez só, tornando as informações de mais fácil acesso ao coletivo.

Sendo assim, os meios de comunicação de massa foram um grande avanço na história da humanidade, pois possibilitaram que conhecimentos fossem trocados de forma mais efetiva e rápida. O surgimento e popularização do rádio, da televisão e dos jornais tornou a informação e o entretenimento mais acessível para milhares de pessoas.

As chamadas mídias tradicionais são, ainda hoje, os principais veículos de comunicação. Grande parte das pessoas ainda atribui a elas a maior credibilidade e confiança. Rádio, televisão e jornais ainda são os principais transmissores e alimentadores de notícias para a maioria da população brasileira.

Novas formas de consumir informação

Embora as novas mídias estejam cada dia mais populares, uma boa parte da população ainda não tem acesso a elas – principalmente a parcela mais pobre. No Brasil, segundo pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 28% dos domicílios não possuem conexão com a internet. Além disso, nas áreas rurais e nas classes mais baixas esse índice é apenas um pouco maior que 50%. 

Em compensação, o número de computadores vem caindo, enquanto o número de celulares vem aumentando. Ou seja, o acesso passou a ser mais remoto e na palma da mão de cada usuário. Isso demonstra que estamos em um processo de transição, no qual novos hábitos de consumo de informação estão sendo construídos. A facilidade do acesso rápido ao smartphone contribui ainda mais para a popularização das novas mídias, principalmente entre as pessoas mais velhas. Adultos acima de 55 anos, segundo a mesma pesquisa, passam até 8% a mais de tempo consumindo novos conteúdos.

Afinal de contas, o que são as novas mídias?

Revolução Digital

Você já deve ter ouvido falar alguma vez no termo Revolução Digital. Em meados dos anos 1960, os meios de produção passaram pelo que também podemos chamar de Terceira Revolução Industrial. O resultado foi o desenvolvimento de sistemas de automação industrial e o aumento do número de computadores e eletrônica digital.

Assim, começou a se popularizar o uso de equipamentos como computadores e celulares e, claro, os meios de comunicação não poderiam ficar para trás. Por isso, as mídias tradicionais assumiram novas formas: jornais online, blogs e mídias sociais, assim como os aplicativos de conversa, tornaram-se os novos protagonistas da comunicação.

Principais características

As chamadas novas mídias prezam, acima de tudo, pela rapidez. O imediatismo e a urgência são as pautas principais. Atualmente, as pessoas querem e precisam estar mais informadas rapidamente. Sendo assim, as plataformas digitais possibilitam que qualquer pessoa com acesso possa obter a informação de forma rápida e quase instantânea.

Do mesmo modo, outra palavra que define essa nova forma de produzir e consumir informação é “diversidade”. Os equipamentos se tornaram mais simples, e substituíram aqueles que eram difíceis de operar e caros. Dessa forma, essa nova forma de produzir conteúdo gera mais diversidade, tanto sobre os temas que são abordados quanto das pessoas que abordam esses temas. As novas mídias trazem vozes mais diversas.

Uso político das novas mídias

Com a diversidade vem, também, uma nova forma de conscientização. Com o maior acesso a diversas informações, a sociedade tem mais possibilidade de se informar melhor, inclusive do que não é prioridade para as grandes mídias.

Um bom exemplo disso foram as manifestações de junho de 2013, conhecidas como #vemprarua. Convocadas e organizadas completamente por meio das mídias sociais, milhares de pessoas foram às ruas protestar sobre diversas pautas. Um movimento feito de pessoas para pessoas, sem a intervenção ou ideologia de nenhum partido político.

As novas mídias vieram para substituir ou para somar?

Toda vez que uma nova mídia cresce existe a ideia de que ela vai substituir sua antecessora. O que realmente acontece é que essa nova mídia se populariza, mas dificilmente “enterra” a antiga – a não ser que a tecnologia anterior se torne completamente obsoleta. Computadores substituíram as máquinas de escrever, por exemplo, por serem muito mais práticos e portáteis, além da alta capacidade de edição e formatação.

Por isso, o e-book nunca vai substituir o livro impresso, ou o jornal online vai substituir o impresso. O mesmo foi dito anteriormente, mas o rádio não sumiu com o surgimento da TV. Há públicos muito variados para cada um desses tipos de mídia. Além disso, consumir uma delas não impossibilita que você consuma outras ou, até mesmo, todas elas.

Outro fator importante é que as novas mídias, em sua maioria, ainda são alimentadas pelas mídias tradicionais. Os assuntos mais comentados nas redes sociais ainda são os que estão em alta nos principais meios de comunicação tradicionais.

Como essas novas mídias afetam o mercado de trabalho para o jornalista?

Vocês já ouviram falar que tudo que vem fácil, vai fácil? A facilidade em obter informações usando os meios digitais é grande, mas é preciso ter muito cuidado. O excesso de informação pode muitas vezes conduzir ao erro.

O combate às fake news se tornou uma das principais bandeiras do jornalismo atualmente. Com a popularização dos aplicativos de conversas como o Whatsapp e o Telegram, a informação faz caminhos que não passam pela checagem de veracidade. O jornalista precisa ter o dobro de cuidado ao checar informações que chegam por meios digitais. Muitas delas têm origem desconhecida e/ou são geradas com o propósito de confundir o trabalho do jornalista.

No meio de tantos conflitos, uma nova profissão parece ter surgido: a dos influenciadores digitais. Os números de seguidores e visualizações geraram um mercado em que uma pessoa pode ser uma grande vitrine. É preciso aproveitar essa nova plataforma para gerar conteúdos de qualidade, que informem a sociedade de forma correta e verdadeira.

O impacto na formação de novos profissionais

Com todas essas novidades, os cursos superiores de Jornalismo tiveram que se adaptar às novas formas de fazer consumir notícia e informação. Os currículos das faculdades se adaptaram às novas tendências, incluindo disciplinas como Cultura Digital, Marketing Digital e Novas Tecnologias Aplicadas À Comunicação. Veja abaixo algumas faculdades que fizeram essas adaptações, e conheça as principais disciplinas do curso de Jornalismo:

Anhanguera

Unopar

Pitágoras

E você, depois de todas essas informações, está preparado para enfrentar essa nova forma de fazer Jornalismo? Aproveite e veja como são os primeiros anos deste curso.

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