Pensamos em dom como uma habilidade divina, que recebemos ao nascer, e que, por isso, desempenhamos determinadas atividades com facilidade. Isso vale para todas as carreiras, a de Medicina também. Mas o dom mesmo é ter afinidade com a área, o cuidado com as pessoas, e ser resiliente.
O curso de Medicina tem seis anos de duração. É a formação mais extensa entre os cursos superiores. São aulas diárias, com dedicação integral. E não é para menos: para salvar vidas e curar pessoas é necessário muito conhecimento.
Assim, podemos falar de dom quando nos referimos à força de vontade para seguir adiante. O curso de Medicina é extenso e intenso, mas não acaba quando a faculdade termina. É uma área em constante atualização. Dessa forma, o graduando e o médico precisam estar sempre disponíveis para continuar aprendendo. Se é o seu caso, você tem esse dom.
O que você verá neste artigo:
A Medicina como uma missão
Quando falamos em ‘quero ser médico quando crescer’, não temos ideia do que nos espera. É uma profissão que tem uma aura quase divina, a de salvar vidas. Mas, para se chegar lá, o caminho é árduo.
Primeiro, para passar no vestibular. É um dos cursos mais concorridos e, para ser aprovado, precisa ter uma nota alta na prova. Esse é o primeiro desafio. Uma vez aprovado, o curso, de seis anos, requer dedicação exclusiva. O aluno vai estudar o dia todo, de forma intensiva, para poder assimilar os conteúdos, que serão extremamente úteis no futuro.
Uma vez formado, tem o trabalho em si, que é bastante puxado. Médicos fazem plantões em hospitais, trabalham em consultórios, e lidam com a responsabilidade de salvar vidas. Não é pouca coisa. Vista dessa forma, a Medicina é realmente uma missão de vida.
O dom para a Medicina
Vamos pensar em dom como afinidade e disposição. Assim, se você sabe que vai enfrentar um período de estudos intensos, com poucos dias para descansar, mas pensar que você nasceu para isso, é um belo ponto de partida. Podemos dizer que é um dom.
Outro dom é o de ser tolerante ao estresse. O curso já traz como é complicado o dia a dia do futuro médico. Muita informação e muito conteúdo para uma pessoa só lidar com tudo isso. É o que o profissional vai ver na sua rotina. Ter essa tolerância com grandes quantidades de informação ao mesmo tempo também é um dom.
Ter interesse em cuidar de pessoas é essencial. Afinal, o médico vai lidar com pacientes e familiares o tempo todo. Dessa forma, se você se dá bem com pessoas de forma geral, procura entender o que ela está sentindo e quer ajudar, este é outro dom.
Mas, e se eu não tenho algum ou nenhum deles, ainda posso ser médico? Esta é a pergunta que muitos alunos se fazem, e não somente os que querem fazer Medicina. Quando o jovem termina o ensino médio e vai escolher sua carreira, sua cabeça é inundada por vários questionamentos. ‘É isso que eu quero?’ ‘Não vou me arrepender depois?’, entre outros.
Pensar em como será a carreira
Para o curso de Medicina, essa dúvida é ainda mais intensa. Com uma carga horária maior e estudos mais intensos, é um grande desafio. Pode acontecer de o aluno se arrepender no meio do curso? Pode. E isso é um problema? Não.
Isso significa que ele não tenha nenhum dom. Ele pode descobrir que tem dons para atuar em outras áreas da saúde, por que não? De repente, no meio do curso de Medicina, diante da enorme quantidade de material para ser estudado, o graduando pode ter crises de ansiedade e não conseguir ir adiante. Isso não significa fraqueza, pelo contrário. Ele descobriu qual é o seu dom, ou a sua missão.
A missão na Medicina
Falamos há pouco que a ideia de ser médico atrai muita gente. O ‘quero ser médico quando crescer’ traz aquela aura do dom de salvar vidas. Esse dom do qual falamos tanto é uma reunião de vários deles, que o médico precisa ter para levar adiante essa missão tão nobre.
Missão essa que o graduando assume quando faz o juramento de Hipócrates no ato da sua formatura. Esse juramento é uma tradição e, de forma geral, diz que o médico jura trabalhar de forma honesta. E é o que a população espera destes profissionais.
Afinal, quando vamos a uma consulta médica, esperamos que o médico nos traga uma luz sobre o problema que nos aflige. Essa missão de ser honesto com o paciente e os dons de saber ouvi-lo e identificar o que ele tem andam juntos.
E o médico sabe da sua responsabilidade. O paciente e os familiares depositam nele a esperança de cura, ou tratamento para sua enfermidade. Por isso, a missão na Medicina é levar essas respostas de forma clara, objetiva e humana.
O que é preciso para ser médico?
Vamos falar de habilidades aqui, não necessariamente do dom. Como é uma área que demanda estudo constante, o médico precisa gostar de estudar. Nunca achar que sabe tudo de uma área. Isso não chega a ser um dom, mas uma afinidade.
O dom seria ter facilidade com determinadas disciplinas. Assim, o graduando pode ter o dom de entender as aulas de bioquímica com rapidez. Ou o dom de estudar alguma especialidade de forma mais ampla e abrangente.
Mas isso sozinho não o torna um médico especial. Outros dons, como o de saber ouvir as pessoas, e compreender o que sentem, é muito importante. Como o médico lida com vidas, ele tem que saber como essas vidas estão.
Habilidades como destreza com as mãos podem ser desenvolvidas, ainda mais se o graduando tiver afinidade com elas. Pensemos no cirurgião, que precisa ter uma mão precisa para realizar as cirurgias com destreza. Ele pode aprender com muita prática, e se tornar um profissional exemplar. E até descobrir esse dom. De qualquer forma, a Medicina requer dedicação, tanto no curso quanto depois que ele é concluído. Afinal, os dons ajudam a levar esta importante missão adiante!
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