InícioGraduaçãoMedicinaInternato x residência médica: qual a diferença?

Internato x residência médica: qual a diferença?

A diferença está no período em que são feitos. O internato acontece no final da faculdade de Medicina, e a residência médica, depois de formado, e em alguma especialidade. Mas há outros detalhes importantes.

Quem escolhe o curso de Medicina sabe que a jornada é longa. A faculdade tem seis anos de estudo integral. Aulas diárias, o dia todo, para cobrir uma grande carga de conhecimento. E não é para menos: é o profissional que vai cuidar da vida de outras pessoas. Para isso, a preparação é fundamental.

O curso de Medicina tem aulas teóricas e práticas. Na teoria, ele vai conhecer tudo sobre o corpo humano e suas doenças. Na prática, é conhecer o dia a dia dos médicos e já estar pronto para o futuro.

Há dois termos que trazem uma certa confusão entre as pessoas, a diferença entre internato e residência médica. Vimos uma delas, que é quando elas podem ser feitas (uma no final da faculdade e, a outra, quando se conclui o curso). Vamos ver quais mais diferenças existem.

Internato

No final do curso de Medicina, o aluno faz um tipo de estágio, de forma intensiva. Ele leva de um ano e meio a dois anos para concluir essa etapa, que é a última do curso. As faculdades de Medicina podem ter hospitais universitários, e geralmente têm convênios com instituições públicas, como hospitais e Unidades Básicas de Saúde.

No internato, o aluno passa por todos os locais possíveis dentro de um hospital. Ele faz atendimentos, ajuda no pronto-socorro e conhece na prática como é o dia a dia médico. O graduando vai atuar em vários campos da Medicina, como Pediatria, Ortopedia, Ginecologia e Cirurgia Geral, por exemplo. Vai assistir a cirurgias, acompanhar o médico titular na visita aos pacientes e conversar com os familiares. Enfim, tudo o que tiver a ver com o futuro que o aguarda.

Sempre há um médico responsável pelo grupo de graduandos. É ele quem dá as orientações durante um procedimento, faz reuniões antes e depois do plantão, para avaliar como eles estão indo. É a parte que mais exige do aluno, visto que é a hora de ver ao vivo como as coisas acontecem.

Residência

O residente já é médico formado e tem seu registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). É o nome que se dá ao profissional que está fazendo especialização em uma determinada área. Assim, há a residência em Pediatria, Psiquiatria, Cardiologia, Dermatologia, e por aí vai.

Antes de começar a residência, ele passa por uma prova extensa, de até 100 questões, fora a prova oral, que vai avaliar o conhecimento da Medicina que ele tem. Uma vez aprovado, começa essa nova fase de sua vida. Não há aulas teóricas: a vivência do residente é totalmente na prática, em hospitais, e trabalhando já com a especialidade que escolheu. E tudo tem a supervisão de médicos especialistas.

A residência leva de dois a cinco anos, dependendo da especialidade. É um período intenso de aprendizado, no qual o aluno vai ver a prática do ramo que escolheu para trabalhar. Uma vez concluída esta etapa, ele é avaliado e, sendo aprovado, recebe o título de especialista. Já pode trabalhar na área escolhida, fazendo consultas e demais procedimentos médicos.

O médico precisa se especializar?

Não é obrigatório, a não ser que ele queira se especializar em alguma área. Quando o aluno termina o internato e se forma em Medicina, ele já pode requerer o registro no CRM para poder começar a atuar. Ele será médico generalista, que já pode trabalhar em plantões em prontos-socorros, postos de saúde, e até atender em clínica própria.

A vantagem da residência (até em clínica-geral há essa especialidade) é que o médico vai ter um contato real com a área que quer seguir. No período de faculdade, ele teve um aprendizado mais teórico sobre os assuntos, visto que há muitos conteúdos para serem vistos.

Como o médico residente vai ficar à disposição do hospital onde estiver fazendo sua residência, ele recebe uma bolsa-auxílio do Ministério da Educação no valor de R$ 3.330,43 para trabalhar 60 horas por semana.

Internato é parte do curso, a residência é opcional

O internato está na grade curricular do curso de Medicina. Assim, o aluno precisa passar por ele para ter seu diploma, e requerer seu registro profissional. É a parte mais puxada do curso, por conta das extensas horas que essa etapa requer. Mas também é a que mais vai abrir seus horizontes. Dessa forma, é quando ele vai ter certeza sobre a especialidade que escolheu para trabalhar no futuro. Ou acaba se decidindo por outra, ao ter contato com várias no período de internato.

A residência já é diferente. O médico que decide se especializar precisa ficar de olho nos editais ou processos seletivos dos hospitais para admissão de residentes. São vagas muito disputadas, por isso geralmente os alunos, antes mesmo da graduação, já começam a se preparar para essa etapa da vida.

Uma vez dentro da residência, a dedicação é contínua. O aprendizado fica mais focado naquilo que se quer estudar, e a rotina de hospitais mostra como é o dia a dia de verdade. São plantões longos, com poucos dias de descanso, fora os estudos extras. Mas vale muito a pena.

A importância de cada uma dessas fases

O internato traz o dia a dia intenso dos médicos, seja em qual área for. É onde o aluno vai ser desafiado de verdade a ver todos os tipos de atendimentos que devem ser feitos. As ocorrências no plantão, o atendimento a pacientes debilitados, a realização de exames, está tudo lá. É uma vivência imersiva e inesquecível, que o futuro médico vai precisar ter para poder trabalhar no futuro.

A residência também é desafiadora, porque traz em minúcias todas as informações daquela especialidade da Medicina que ele escolheu. Por ser especialista, ele precisa saber os pormenores dessa parte do corpo que está estudando. É nas aulas práticas da residência que ele vai ter contato real com as doenças que até então viu de forma teórica na faculdade. É um período imersivo, e gratificante. Poder trabalhar na área que escolheu traz muita satisfação pessoal e profissional!

Gostou desse conteúdo? Então fique com a gente e leia também sobre CRM médico: o que é e como funciona.

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