InícioGraduaçãoMedicinaQual a diferença entre um clínico geral e um médico da família?

Qual a diferença entre um clínico geral e um médico da família?

O clínico geral e o médico de família trabalham com várias especialidades ao mesmo tempo. A diferença principal é que o clínico geral não tem uma especialização propriamente dita, e o médico de família já possui.

Essa diferença é bastante significativa, porque ela já traz um escopo do trabalho de cada um desses profissionais. Ambos fizeram faculdade de Medicina e passaram pelo período de estágio no final do curso. O que muda é o que acontece depois.

O clínico geral é o médico que não fez cursos de especialização, e pode trabalhar em pronto-atendimentos ou Unidades Básicas de Saúde (UBS). Por outro lado, o médico de família fez residência médica nessa especialidade e atua de uma forma mais integral.

Eles são muito bons nas suas áreas de atuação, e isso não significa que um seja melhor do que o outro. Os dois podem até trabalhar em conjunto, dependendo do local onde eles atuam. Vamos conhecer um pouco mais de cada uma dessas áreas.

Clínico geral e o começo do processo

Quando você tem dores de cabeça, abdominais, febre, enjoo, ou quaisquer outros sintomas inespecíficos, você vai ao pronto-socorro (se for algo intenso) ou procura um clínico geral. É ele quem vai começar a investigar o que está acontecendo.

No caso dos pronto-atendimentos, ele pode atender pacientes que chegam em um estado agudo (como o que descrevemos acima) ou em estado grave. Como ele tem um conhecimento amplo do corpo humano, ele saberá fazer o diagnóstico inicial e solicitar os exames certos. Por outro lado, o clínico geral não realiza atendimentos com crianças ou em pacientes com membros quebrados, por exemplo. Só em casos emergenciais.

Uma vez de posse dos resultados, e com a observação clínica, ele já tem algumas pistas do problema. Dependendo do caso, ele pode solicitar exames adicionais. Ou pode receitar um medicamento para aliviar aqueles sintomas. E avisa: ‘se piorar, passe aqui novamente’, ou ‘procure o especialista X’.

Em postos de saúde, o clínico geral tem uma atuação parecida. No Sistema Único de Saúde (SUS), os pacientes são atendidos primeiro com um clínico geral. É ele quem vai solicitar os exames corretos e fazer os encaminhamentos para especialistas, se for o caso.

Médico de família para a vida toda

O médico de família fez residência nessa área, e atua de forma mais integral. Geralmente, ele acompanha o paciente e sua família por muitos anos. Dessa forma, ele aborda não somente a doença em si, mas os aspectos sociais, econômicos e estilo de vida.

Esse profissional pode acompanhar uma pessoa desde o seu nascimento, por toda a vida. Isso ajuda tanto o paciente, que sabe com quem contar, e o médico, que poderá avaliar a sua saúde. Esse atendimento não exclui o do especialista. Por outro lado, ele traz um embasamento mais completo, para fazer o encaminhamento correto.

Assim, ele pode fazer visitas domiciliares ou aguardar a consulta em consultório. Dependendo do caso, até exames médicos ou procedimentos cirúrgicos ele pode acompanhar. Como ele tem um prontuário completo, ele saberá agir em imprevistos.

O médico de família, ao conhecer os hábitos dos pacientes e familiares, trabalha na promoção de saúde de forma geral. Desta maneira, orientações sobre doenças crônicas que afetam boa parte da população podem ser passadas para todos. Ao verificar periodicamente os resultados de exames ou o aparecimento de sintomas, ele conseguirá identificar mais facilmente a origem do problema. Por estarem sempre perto do paciente, estes profissionais podem até diagnosticar doenças com antecedência, e já partir para um tratamento mais focado.

Onde o clínico geral e o médico de família trabalham?

O mercado de trabalho é o mesmo, nos setores privado e público. Há convênios médicos que contam com o médico de família. O paciente conveniado pode contar com ele para acompanhar recém-nascidos, adolescentes até idosos. Ele fará um atendimento mais personalizado, que é uma de suas atribuições.

No setor público, o médico de família pode visitar pacientes que tenham dificuldade de locomoção. Ele também tem o prontuário dessas pessoas e, ao visitá-las, pode ver o quanto o tratamento vem surtindo efeito. Ele também pode trocar medicamentos, se for necessário, e solicitar exames.

O clínico geral trabalha em clínicas, hospitais, empresas de remoção (como ambulâncias) e demais locais que exijam a presença deste profissional. Além disso, há empresas que têm clínicos gerais de plantão, para atender aos funcionários. Como sua área de atuação é mais generalista, ele saberá fazer os primeiros procedimentos até a chegada do socorro, se for o caso.

No serviço público, ele pode trabalhar nas UBSs, e seu trabalho é a porta de entrada para a saúde pública. Assim, é ele quem vai fazer o primeiro atendimento para começar a fazer o acompanhamento dos pacientes. Ele solicita exames, avalia o estado de saúde, prescreve os medicamentos e faz encaminhamentos.

Qual área escolher?

Quem decide escolher Medicina tem um propósito: o de salvar vidas e promover a cura. Não importa a especialidade, a missão do médico continua a mesma. Por outro lado, a escolha da área a seguir depende mais da afinidade do profissional.

Assim, quem gosta de atuar com um pouco de tudo, vai gostar muito de ser clínico geral. É aquele profissional que tem apreço por cuidar de pessoas e trazer conforto nesse momento de sofrimento. Por ter um conhecimento geral do corpo humano, vai ser aquele médico que gosta de investigar as causas das enfermidades, ou começar nesse processo. Há uma especialização em Clínica Médica, que traz um pouco mais de fundamentos para atuar nessa área, mas ele continuará sendo clinico geral.

Já o médico de família tem um perfil mais de acompanhar os pacientes e ver sua evolução. Dessa forma, ele tem afinidade pelo cuidado mais integral, de verificar não só a pressão alta, mas da alimentação e do convívio com a família.

Este profissional é muito importante nos encaminhamentos a outros especialistas. Médicos se entendem, e o de família saberá explicar ao colega especialista o que está acontecendo e como o paciente vem se saindo. Depois disso, o especialista passa ao colega da família o diagnóstico, e ele faz o acompanhamento.

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