O curso superior em Gestão de Cooperativas tem duração entre dois e três anos, que contemplam todos os processos desse tipo de organização.
Os cursos superiores tecnológicos (abreviados para CST) têm uma duração menor que os de bacharelado, mas têm enfoques mais específicos. O CST em Gestão de Cooperativas é um deles.
O período de estudo varia de quatro a seis semestres, e o aluno conclui o curso com um diploma de formação superior tecnológica. Muitas cooperativas procuram profissionais com essa formação específica para atuar na gerência de suas atividades.
O que você verá neste artigo:
O curso de Gestão de Cooperativas
O curso abarca disciplinas que tratam do dia a dia das cooperativas. Assim, noções de Administração são fundamentais para o futuro gestor. É ele quem precisa ter um panorama sobre todos os departamentos da organização. Esse conhecimento é fundamental para acompanhar o trabalho desenvolvido, os benefícios dos cooperados e o resultado que a cooperativa traz para a sociedade.
Outro conhecimento importante é o de Contabilidade. Lidar com as finanças da cooperativa ajudam os diretores e demais associados a entender como entram os recursos que a sustentam e para onde o dinheiro vai. A função do profissional de Gestão de Cooperativas é a de orientar e corrigir eventuais problemas contábeis.
Como o especialista gerencia a cooperativa, ele precisa saber como lidar com os funcionários, voluntários, público interno e externo. Para isso, ele tem aulas de Recursos Humanos, para conhecer melhor o dia a dia do capital humano da organização.
Aulas de Marketing também fazem parte do curso. Afinal, o profissional de Gestão de Cooperativas precisa mostrar o trabalho da organização em prol dos associados. O especialista também deve saber se comunicar com a sociedade em que a cooperativa está inserida. Assim, as demais pessoas conhecem seu ramo de atuação.
O que é cooperativa?
O curso de Gestão de Cooperativas mostra outro ponto fundamental: o conceito de cooperativa. A palavra não é nova: cooperar significa atuar juntos, em conjunto, com um objetivo em comum.
Assim, a cooperativa é um grupo de pessoas com interesses em comum e buscam defendê-los. É bastante comum ver cooperativas de produtores rurais. Eles se unem para garantir mais condições de negociação de seus produtos agrícolas.
As cooperativas são regidas por uma lei específica, a de n° 5.764. É essa legislação que traz as regras de fundação das cooperativas, como devem funcionar e determinar seus propósitos.
Como surge uma cooperativa
Falamos há pouco que as cooperativas são formadas por um grupo de pessoas. Para que uma cooperativa leve esse nome e seja registrada como tal, são necessárias, no mínimo, 20 associados. Eles devem fazer uma assembleia, em que elaboram uma ata, que é como se fosse um relato do que foi discutido nessa reunião.
Essa ata inaugural deve ter o nome e assinatura dos associados, o local e horário de funcionamento, bem como seu propósito. Os cooperados devem também elaborar o estatuto, que traz as regras de funcionamento da cooperativa.
Portanto, todos esses documentos precisam ser registrados em cartório, para terem validade jurídica. Os diretores, sendo constituídos na assembleia inicial, registram a cooperativa e já podem começar suas atividades.
O papel do profissional de Gestão de Cooperativas
A presença do especialista traz segurança e profissionalismo ao gerenciamento dessas organizações. Em muitos casos, os associados não têm o conhecimento necessário para manter a cooperativa, controlar as contas e contratar funcionários, se for o caso.
Assim, quem conclui o curso é habilitado a gerenciar uma cooperativa como um todo, ou departamentos específicos. Dessa forma, o profissional pode ser diretor da organização, e acompanhar o dia a dia das suas atividades.
Ele também pode gerenciar setores individuais, como o financeiro, para acompanhar os recursos que entram e saem da organização. Além disso, tem o administrativo, que cuida das atividades operacionais da cooperativa. Há o de marketing, encarregado da divulgação do que a cooperativa faz para os associados e a sociedade. As áreas de atuação são bastante variadas.
Tipos de cooperativas
O especialista em Gestão de Cooperativas tem o conhecimento necessário para atuar em organizações dos mais variados setores. Além da área da produção rural, há as cooperativas médicas, por exemplo. Um grupo de médicos pode criar uma cooperativa para trabalhar em conjunto em uma clínica ou hospital próprio.
As vantagens são grandes: o compartilhamento das despesas e da administração são algumas. Isso traz segurança aos médicos associados, que podem se concentrar totalmente no atendimento ao público. O gestor de cooperativas trabalha para manter tudo isso funcionando.
Há também as cooperativas de crédito. Elas costumam surgir da iniciativa de pessoas ligadas a um setor específico de atuação no mercado de trabalho. Com contribuições mensais, elas formam uma espécie de poupança, que rende juros mensais. Caso algum associado precise, ele pode recorrer à cooperativa.
A importância do profissional de Gestão de Cooperativas
Com o conhecimento adquirido no CST de Gestão de Cooperativas, o aluno contribui de uma forma bastante ativa com a sociedade. É com o trabalho profissional que muitas cooperativas crescem e se tornam verdadeiras empresas.
No entanto, exemplos não faltam. Cooperativas de crédito expandiram sua área de atuação e oferecem financiamento para não associados. Isso beneficia uma parcela da população que não consegue ter acesso a empréstimos bancários.
As cooperativas médicas funcionam como convênios. Pagam-se mensalidades cujo valor é calculado com base na rede de atendimento médico e estrutura hospitalar. Os médicos conveniados à cooperativa recebem uma comissão sobre cada consulta realizada.
Isso sem falar nas cooperativas de produtores agrícolas. Algumas delas cresceram tanto que viraram empresas de grande porte. Um exemplo são os casos de pequenos produtores de leite de uma região que se uniram para adquirir equipamentos de beneficiamento.
Com isso, além de vender leite, eles conseguem processar outros alimentos, como queijos, doce de leite, e demais laticínios. Mas, claro, com a ajuda do profissional de Gestão de Cooperativas. Ele vê oportunidades de negócio, orienta os cooperados e traz melhorias para os associados e a sociedade em que a cooperativa está inserida. É um ramo de trabalho bastante instigante para quem quer fazer a diferença.