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Tecnólogo em Eletrotécnica Industrial: conheça o curso

Você está considerando fazer um curso Tecnólogo de Eletrotécnica Industrial, mas ainda não tomou uma decisão? Fique tranquilo, este post vai te ajudar a escolher qual caminho seguir. Para que isso ocorra, você entenderá com detalhes o que é, afinal de contas, essa tal Eletrotécnica Industrial. Você vai conhecer a diferença desse curso de outras áreas semelhantes, qual o perfil de seus estudantes, em que áreas atuar depois de se formar e como são os rendimentos encontrados no mercado de trabalho. Vamos lá?

O que é a Eletrotécnica Industrial

O filósofo grego Tales de Mileto, no século VI a.C., já fazia suas considerações sobre a eletricidade. Os avanços nessa área se seguiram e, da lâmpada elétrica incandescente de Thomas Edison, de 1879, até os dias de hoje, o que se pode ver é a presença da utilização da energia elétrica em quase toda a parte. Para onde quer que se olhe, podemos vê-la, seja na iluminação das casas e ruas, seja nos smartphones, carros, televisores e demais aparelhos que o olhar alcance.

Quando pensamos em indústria, não é diferente. A eletricidade é apontada como a responsável pela segunda revolução industrial, que ampliou drasticamente a capacidade de produção ao final do século XIX. Hoje, com o advento da chamada Indústria 4.0, sua relevância se aprofunda ainda mais, tornando-se indispensável para a produção em larga escala. E é nesse contexto que a eletrotécnica industrial ganha protagonismo.

Mas, o que o tecnólogo em eletrotécnica industrial faz?

Ele é um profissional que pode atuar com planejamento, gerenciamento, supervisão e manutenção de elementos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Ou seja, pode participar na elaboração e no desenvolvimento de projetos de instalações elétricas e de infraestrutura, bem como atuar no controle de qualidade da produção de equipamentos e dispositivos eletromecânicos e de eletrônica de potência, além de realizar o planejamento da instalação e manutenção de equipamentos e instalações elétricas. E, ainda, aplica medidas para o uso eficiente da energia elétrica e de fontes energéticas alternativas.

Em síntese, trata-se de um profissional indispensável para a existência da indústria e sua melhoria. Considerando que todos os países buscam produzir cada vez mais e melhor, essa é uma daquelas profissões facilmente elencáveis como sendo “do futuro”, mas com demanda crescente já no presente.

Onde trabalha um eletrotécnico industrial?

O mundo do trabalho é cada vez mais volátil. A cada ano, antigas ocupações somem e outras novas aparecem mais rapidamente. Relacionado a isso, o tempo médio de um profissional em uma mesma empresa diminuiu. E, da mesma forma, o tempo de vida das empresas também é menor hoje do que foi nas décadas anteriores.

Nesse cenário cada vez menos estático, ter uma formação voltada a uma profissão que se adapta a diferentes ambientes e que é bastante abrangente em sua atuação pode ser a melhor escolha. Essa adaptabilidade é ponto central dessa formação. Mas, isso não impede, é claro, que num segundo momento o profissional opte por se especializar.

Pensando primeiro do ponto de vista das empresas que absorvem esse profissional, estamos falando de um universo amplo. Ele passa por áreas que se fazem presentes com destaque em nosso país. São indústrias contratantes desse profissional a agrícola, a alimentícia, a automobilística, a farmacêutica, a metalúrgica, a petroquímica e a química.

As oportunidades no país

Por falar em nosso mercado de trabalho interno, a área elétrica apresenta uma perspectiva de forte crescimento. A pauta da reindustrialização do país voltou com força à agenda política e o debate deve levar a números mais positivos em um futuro breve no setor. Soma-se a isso o fato de que houve uma série de investimentos que foram adiados com advento da pandemia de Covid-19 e que, a partir de 2022, devem ser retomados com força.

De maneira geral, é possível dizer que fábricas de todos os portes podem contar com um eletrotécnico industrial. A colocação desse profissional pode variar bastante de um caso para o outro, não se limitando ao ambiente fabril. Não se pode negar, porém, que a indústria é o setor mais empregador do eletrotécnico industrial, já que o profissional é preparado para isso durante toda sua formação. Isso ocorre porque a maioria das empresas utilizam sistemas automatizados, o que torna um profissional dessa área, ou de outra vertente que trabalhe com a automação industrial, necessário.

E agora você pode se perguntar: então, por que não focar totalmente na automação industrial? Com a particularidade de quem tem uma formação bastante ampla, o tecnólogo em eletrotécnica industrial pode atuar em todas as grandes áreas da elétrica, que são: geração, transporte, transmissão, distribuição e consumo. Isso não se aplica às áreas mais específicas, como pode se perceber na eletroeletrônica. Aliás, você sabe a diferença entre um e outro?

As similaridades e diferenças entre a eletrotécnica industrial e a eletroeletrônica

A eletrônica e a eletrotécnica estão voltadas ao estudo da energia elétrica e de seus circuitos, o que as une. Contudo, a primeira está subdividida entre automação, controle e telecomunicação, enquanto que a segunda engloba produção ou geração, transporte, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, além de motores elétricos e instalações elétricas.

Na eletrônica, o foco está nas redes elétricas no circuito em modos de controle e se trabalha com grandezas elétricas de pequenas amplitudes e de frequências elevadas, que são os sinais elétricos ou eletrônicos considerados de baixa tensão. Já na eletrotécnica podemos considerar os serviços de alta tensão como parte do trabalho.

As áreas de atuação

O profissional da área da eletrotécnica industrial tem domínio da elétrica básica, o que lhe confere uma compreensão teórica aproveitável em diversas situações. Com tais conhecimentos, pode atuar cuidando de toda a parte relacionada com o abastecimento elétrico dos setores da fábrica. Fusíveis, cabos elétricos, disjuntores, canaletas e o centro de distribuição fazem parte da rotina nesse caso.

Por outro lado, o trabalho pode estar mais voltado aos comandos elétricos e ao funcionamento das máquinas elétricas. Os geradores e o PLC, ou Programmable Logic Controller, constituem a rotina daqueles que estão mais voltados a esse setor. Com o foco na automação industrial, o trabalho baseado em máquinas e processos pode abranger eletro-hidráulica e eletropneumática, nas fases de implementação, ensaios e testes.

Ou seja, esse profissional reúne muitas capacidades e ambientes cotidianos possíveis. Para aqueles que pretendem superar o perfil executor e migrar para o lado executivo, pode ser importante entender que se trata de uma profissão que visa a capacidade de planejar, projetar, gerenciar, supervisionar e orientar a manutenção de máquinas e dispositivos eletromecânicos em linhas de produção.

Controlar a qualidade da energia no ambiente industrial, e as condições de operação dos dispositivos elétricos, eletromecânicos e de eletrônica de potência. Controlar a qualidade da produção de equipamentos elétricos, eletromecânicos e de eletrônica de potência. Gerenciar a utilização de materiais, equipamentos eletromecânicos e procedimentos de segurança, aliados à consciência ambiental. Vistoriar, realizar perícia, avaliar, emitir laudo e parecer técnico em sua área de formação.

Além disso, a eletrotécnica industrial pode ser uma porta de entrada para áreas mais específicas, ou mesmo para a ampliação do escopo de um funcionário. Isso pode depender do nível de formação nesse curso e da complementação com outras especializações. Nós vamos entender esse ponto com mais profundidade depois.

Quais habilidades são exigidas?

Como já ficou claro, estamos falando de uma profissão que pode atender à diversas atribuições. Levando isso em conta, a primeira habilidade que pode ser destacada é a adaptação. Com ela, você poderá ser útil a diferentes setores de uma mesma empresa, ou ainda, pode mirar em mais vagas se estiver numa fase de procura. Para tanto, é esperado que você seja multifacetado.

Vale lembrar que esse é um trabalho que articula o tempo todo as partes teórica e prática. Entender o próprio conceito de eletricidade e suas utilizações demanda conhecimentos ligados às áreas das ciências da natureza, como física e química, além da matemática. Por isso, um raciocínio mais voltado para essa área costuma ser indispensável no processo de entender e/ou desenvolver esquemas. Ou seja, é um bom ambiente para pessoas tidas como “de exatas”, ainda que o curso se insira no campo das ciências humanas e sociais aplicadas.

Mas, além das abstrações necessárias à função, é necessário, invariavelmente, meter a mão na massa. Ou melhor, em fios e equipamentos. E isso pode variar bastante, mas o que é quase onipresente é a vantagem obtida por aqueles mais afeitos aos serviços manuais. Para quem desde criança teve curiosidade e abriu os seus brinquedos, quem sempre gostou de ver o funcionamento das coisas, de montar e desmontar, o ambiente de trabalho pode ser um parque de diversões.

Características do profissional de destaque

E, ainda, é possível destacar nessa área algumas competências voltadas à gestão. Compreender a produção de forma mais ampla, percebendo os processos de forma integrada, pode ser um diferencial. Ainda mais se levarmos em consideração os impactos da indústria criativa no mercado como um todo.

Para finalizar, é importante dizer que, como é próprio das profissões ligadas à tecnologia, essa é uma área que está em constante atualização. Por isso, é necessário seguir sempre estudando, manter-se pronto aos novos desafios que se impõem e às normas que se atualizam. Essa postura garantirá uma posição melhor no mercado de trabalho e uma maior valorização.

Quanto ganha um eletrotécnico industrial?

Bom, nós já vimos (a menos que você tenha pulado diretamente para este trecho da matéria) do que se trata essa área, onde trabalha e o que faz esse profissional. Mas, afinal, quanto ganha? Como em todas as áreas, o salário apresenta variações. Mas, para termos uma noção, segundo pesquisa do salario.com.br, um eletrotécnico ganha em média R$ 2.439,53 e trabalha 43 horas semanais. O piso salarial fica na faixa dos R$ 2.226,54, enquanto que o teto alcança os R$ 5.033,46.

Além dos vencimentos, olhar para o mercado de trabalho também implica pensar sobre as oportunidades. E a boa notícia é que esse é um cargo que está com altíssima demanda no mercado brasileiro desde 2020. Outra particularidade interessante é que esse profissional é ainda mais valorizado em alguns tipos específicos de empresa. Por exemplo, na área de distribuição de energia elétrica, com uma carga horária semanal de 40h, o salário médio gira em torno de R$ 3.450,61.

Também há diferença salarial a partir da instrução. Os profissionais com ensino superior completo ganham, em média, mais de R$ 600,00 a mais do que aqueles que contam apenas com o curso técnico. Aliás, o nível mais elevado de formação costuma ser obrigatório no setor público. O concursado recebe em média R$ 2.744,83 para uma jornada de 41 horas semanais.

Não confunda o tecnólogo com um curso técnico

Começamos entendendo que o tecnólogo em eletrotécnica industrial ganha, em média, mais do que o técnico em eletrotécnica. Mas, essa não é a única diferença entre os dois profissionais, é claro. Quando pensamos na formação de cada um deles, há algumas distinções importantes.

Nesse sentido, a primeira é bem clara: enquanto o curso de tecnólogo é considerado curso superior, a modalidade técnica é de nível médio. Por isso, no primeiro você precisa ter concluído o ensino médio para entrar no curso; no segundo, você pode ainda estar em busca daquele diploma.

Além disso, o curso técnico tende a ser menor (em média dois anos), bem introdutório na parte teórica e mais focado na prática. O tecnólogo, por sua vez, tem média de dois anos e meio a três anos e abrange um pouco mais a parte teórica. Assim, mesmo formando um profissional com o foco na execução prática, não deixa de ampliar possibilidades e introduzir o aluno a uma perspectiva mais acadêmica.

Se é justamente essa pegada mais teórica e acadêmica o que lhe encanta, pode ser bem útil entender um pouco melhor quais são as diferenças dos tipos de curso superior. Você sabe o que difere o tecnólogo do bacharelado e da licenciatura?

Diferenças para o bacharelado e a licenciatura

Genericamente, podemos dizer que o tecnólogo é focado em uma única área de atuação. Isso se dá mesmo que seja uma área ampla, como a que estamos vendo. O curso tem o tempo de duração mais curto do que o bacharelado e a licenciatura, pois prepara o aluno para o trabalha em um ramo específico. As disciplinas desses cursos têm relação com as necessidades exigidas pelo mercado de trabalho, mirando o nicho escolhido. Entenderemos melhor como esse formato se aplica ao curso de eletrotécnica industrial no próximo tópico.

O bacharelado, por sua vez, é a formação mais abrangente. Dura de 4 a 6 anos e forma um profissional mais generalista. Isso porque o aluno do bacharelado passar por todas as disciplinas da área escolhida, tendo acesso a um panorama amplo, fruto de uma grade curricular abrangente. Isso resulta numa formação com uma carga teórica maior. Com o decorrer da carreira, contudo, esses profissionais frequentemente acabam tendo de buscar especialização, o que geralmente se dá por meio de uma pós-graduação. Se você se interessou pelo bacharelado, temos um artigo sobre o curso de Engenharia Elétrica que vai lhe interessar.

Cursos de licenciatura são para profissionais que pretendem dar aulas para o ensino fundamental e médio. Eles têm duração de 4 a 5 anos, com a grade curricular abrangente, passando tanto pela matéria que será estudada para ser ensinada, como pelo conteúdo mais pedagógico. Mas, é importante notar, a licenciatura não possibilita dar aulas no ensino superior, pois isso requer mestrado e doutorado (pós-graduação).

Como funciona o curso de Tecnólogo em Eletrotécnica Industrial?

Condensar todos os aprendizados que são buscados em um curso é uma tarefa difícil, afinal de contas, serão anos de esforços. Mas, de forma resumida, talvez seja possível dizer que o aluno do Tecnólogo em Eletrotécnica Industrial vai aprender a analisar, projetar, documentar, especificar, testar, implantar e manter sistemas elétricos de potência.

Para que isso ocorra, o estudante vai passar por disciplinas teóricas e, principalmente, práticas. Tais disciplinas vão passar por áreas como física e química, administração e empreendedorismo, diferentes tipos de cálculo, conceitos de energia e eletricidade, hidráulica e pneumática, responsabilidade social e meio ambiente, entre outros. Com a compreensão de cada uma dessas áreas, e com a articulação entre elas, o aluno entenderá conteúdos da área elétrica em todas as suas modalidades de cunho tecnológico e com domínio de técnicas básicas experimentais e instrumentais.

É possível dizer que o aluno será capaz de projetar, executar e manter sistemas elétricos industriais no sentido de contribuir com a modernização, automação e otimização de processos produtivos industriais. Esses fatores indispensáveis para a indústria na contemporaneidade. Além disso, cabe mencionar que o aluno aprenderá a desenvolver pesquisa científica e tecnológica como instrumento de construção do conhecimento e de transferência de tecnologia.

Grade curricular

Os alunos de um curso passam por uma série de disciplinas. Elas são agrupadas de maneira a garantir com que os objetivos pedagógicos sejam alcançados. Mas, você sabia que isso não é aleatório? Essa separação dos conteúdos se dá por meio da grade curricular. Para aprender tudo isso que mencionamos, e para que você possa se qualificar como profissional requisitado na área, você terá que passar por matérias que variam de curso para curso, mas que, em geral, seguem uma linearidade. Veja quais são aquelas que compõem a grade do curso de Eletrotécnica Industrial – Tecnólogo na Anhanguera:

  • Algoritmos E Técnicas De Programação
  • Atividades Complementares
  • Circuitos Elétricos
  • Controles Lógicos Programáveis
  • Conversão Eletromagnética De Energia E Máquinas Elétricas
  • Desenho Técnico Projetivo
  • Ed – Construindo Uma Carreira De Sucesso – Engenharias
  • Ed – Cultura Digital
  • Ed – Design Thinking
  • Ed – Marketing Digital
  • Ed – Mindset Ágil
  • Ed – Projeto De Vida
  • Eficiência Energética E Qualidade De Energia
  • Eletrônica Analógica
  • Eletrônica Digital
  • Eletrônica E Circuitos De Potência
  • Física Geral
  • Fundamentos De Cálculo Aplicado
  • Geração De Energia Elétrica
  • Gerenciamento E Controle De Qualidade
  • Gestão Da Produção E Manutenção
  • Gestão De Projetos
  • Instalações Elétricas
  • Instalações Elétricas Industriais
  • Legislação, Segurança E Medicina Do Trabalho
  • Materiais E Instrumentação Eletroeletrônica
  • Metrologia E Medidas Elétricas
  • Projeto Integrado I
  • Projeto Integrado II
  • Projeto Integrado III
  • Projeto Integrado IV
  • Projeto Integrado V – Eletrotécnica Industrial
  • Projeto Integrado VI – Eletrotécnica Industrial
  • Redes De Comunicação Industrial
  • Segurança Em Instalações Elétricas Nr10
  • Sociedade Brasileira E Cidadania

 

Quanto custa o curso de Eletrotécnica Industrial?

Muitos fatores podem influenciar as escolhas que serão tomadas por alguém que pretende estudar. E, se você chegou até aqui, já considerou muitos desses fatores. Nesse sentido, é possível que o curso e a profissão já estejam muitos claros em sua cabeça. Agora, basta escolher onde estudar.

Nesse momento, muitas pessoas sequer buscam as informações adequadas. Isso ocorre porque elas assumem que as universidades públicas são inalcançáveis por conta da concorrência. E também pensam que, nas instituições privadas, os preços são impraticáveis. Mas, fique calmo, vamos desconstruir isso.

Como é de se imaginar, há oscilação entre os preços das instituições privadas na oferta desse curso. De acordo com o site mundovestibular.com.br, o valor das mensalidades pode passar dos quatro dígitos. Porém, muitas universidades nacionalmente reconhecidas e renomadas oferecem preços mais acessíveis. É o caso da Anhanguera. Na instituição, são oferecidas mensalidades a partir de R$ 609,03.

E então, ficou interessado? Bom, as matrículas estão abertas para essa instituição. Você pode optar pelo vestibular tradicional, utilizar a nota do Enem, pedir transferência ou pedir a Solicitação de PROUNI e FIES, caso seja pré-selecionado em algum dos dois programas. Para ver mais informações sobre o curso de Eletrotécnica Industrial na Anhanguera, clique aqui.

Por fim, procure informações sobre descontos e financiamentos possíveis para a sua opção de curso. Não deixe que os valores o impeçam de concluir a sua graduação desejada.

 

 

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