De castigo dos deuses ao mapeamento genético, a evolução da Medicina ao longo dos anos procura diagnosticar, curar doenças e promover a saúde humana. Mas isso não aconteceu sem alguns percalços.
Hoje, vamos ao médico, que nos examina, solicita alguns exames e faz o diagnóstico do que temos. Alguns remédios depois, aquele problema lá atrás não incomoda mais. Ou, se for um tratamento de longo prazo, há como controlar os sintomas de forma mais facilitada.
Isso parece banal atualmente, mas não era assim na antiguidade. Nem era assim há uns 20, 30 anos, para não ir tão longe na História. A evolução da Medicina se deu pelo desenvolvimento de novas tecnologias que, por fim, possibilitaram o surgimento de tratamentos e exames de diagnóstico.
Assim, doenças graves como o câncer conseguem ser identificadas ainda no início. Ou síndromes degenerativas, como o Alzheimer, podem ser diagnosticadas mais cedo e já ser tratadas. Mas tudo teve um começo.
O que você verá neste artigo:
A Medicina na História Antiga
Os médicos da época eram os sacerdotes. Como eles eram as pessoas com maior estudo e conhecimento, era a eles que as pessoas recorriam em momentos mais difíceis. Embora a explicação para os males fosse de ordem religiosa, eles tiveram um papel importante. Passaram a descrever os sintomas das doenças e elaborar métodos para saná-las. Para a época, essa técnica já era uma evolução e tanto.
Os egípcios também estudaram muito o corpo humano. Tanto é que à essa civilização se atribui a existência do primeiro médico na História. Imhotep tinha sua especialidade na cura de ferimentos. E devemos nos lembrar da técnica de mumificação dos corpos. O desenvolvimento da anatomia foi enorme nessa época, visto que os egípcios conheceram o ser humano por dentro e descobriram como evitar que o corpo passasse pelo processo de decomposição.
Os hindus também desenvolveram uma Medicina que é usada até hoje, a ayurvédica. A técnica de analisar as energias do corpo e tratar os pontos fracos de cada pessoa, por meio de alimentação especial, trouxe grandes ganhos para o conhecimento de hoje. Afinal, sabemos a importância de determinadas comidas na nossa saúde.
Os chineses também contribuíram muito para a evolução da Medicina. Seus estudos se baseavam na observação da ação de alimentos no corpo, bem como alguns procedimentos. Foi com eles que surgiu a acupuntura, o uso de agulhas em determinados pontos do corpo, utilizada até hoje.
A evolução da Medicina na Europa
Foi com os gregos que a Medicina teve um salto tecnológico. Hipócrates, considerado o pai da Medicina, desenvolveu um método no qual as doenças são causadas por desequilíbrios corporais. No seu trabalho, ele mostrou formas de diagnosticar problemas comuns da época, como a tuberculose. É atribuído a ele o famoso Juramento de Hipócrates, que todos os médicos fazem durante a formatura, no qual juram praticar a Medicina de forma honesta e humana.
Os romanos se inspiraram muito na Medicina grega para também desenvolver mais conhecimentos. Um dos estudiosos mais famosos dessa época foi Galeno, que se especializou em anatomia para conhecer bem de perto como o corpo funciona.
Mas, durante a Idade Média o estudo médico estacionou. Embora muito se usasse dos conhecimentos gregos e romanos, a religiosidade passou a ter uma influência muito maior e, assim, doenças eram tratadas como manifestações espirituais. Foi com o Renascimento, logo após, que os estudos foram retomados.
O salto tecnológico e de conhecimento
A partir do século 17, a Medicina ganhou muito com as descobertas que apareciam a todo o momento. Pesquisadores encontravam respostas para as perguntas. Foi nessa época que o médico britânico Willian Harvey descobriu como o sangue circulava no corpo. O sistema circulatório que conhecemos hoje vem desse período.
O microscópio, instrumento tão fundamental para a análise das minúcias do corpo, só apareceu no século 19. Assim, a descoberta de seres como bactérias, vermes e células tomou grande impulsão – assim como o tratamento de doenças causadas por agentes patógenos. O estetoscópio, um dos símbolos da Medicina, surgiu nessa época, bem como o termômetro de mercúrio.
O raio-X apareceu no final do século 19. O físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen, que estudava radiações ionizantes, elaborou um equipamento no qual uma chapa de filme faria uma ‘foto’ interna do corpo. Roentgen pediu para sua esposa colocar a mão sobre essa chapa e aplicou a radiação. Quinze minutos depois, ele já tinha a primeira radiografia humana. A descoberta é um marco, que tornou possível a visualização do corpo sem precisar passar por processos cirúrgicos.
A evolução da Medicina nos dias de hoje
O surgimento do raio-X abriu portas para que outras tecnologias viessem para aprimorar o diagnóstico médico. Assim, o aparelho de eletrocardiograma surgiu para fazer a medição dos batimentos cardíacos.
E descobertas acidentais fizeram a diferença no tratamento de doenças. Que o diga a penicilina, encontrada pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming. Ao pesquisar uma substância para matar bactérias, ele esqueceu as culturas abertas ao sair de férias e, ao voltar, viu que foram atacadas por uma espécie de fungos. Ele viu depois que, onde os fungos estavam, as bactérias haviam morrido. Foi o primeiro antibiótico desenvolvido para curar doenças críticas, como a tuberculose.
Mas sabemos que a evolução da Medicina não parou por aí. O tomógrafo, que realiza radiografias de ângulos diferentes, apareceu nos anos 1970 e trouxe uma enorme contribuição no diagnóstico de doenças. A ressonância magnética apareceu nessa época também, e trouxe um equipamento muito mais preciso para detectar doenças em estágio inicial.
Hoje, a evolução da Medicina chegou a outro patamar. Consultas feitas à distância e chamadas de telemedicina se tornaram mais comuns. O mapeamento genético é uma ferramenta preciosa, que pode encontrar genes que causam doenças degenerativas. Assim, pode-se trabalhar de forma preventiva para evitar que os sintomas apareçam.
O uso de computadores superpotentes também auxilia muito os pesquisadores a desenvolverem novos medicamentos e vacinas em tempo recorde. Ao analisar moléculas e amostras de pacientes, softwares conseguem fazer simulações e estudos de compatibilidade com mais precisão, tornando mais rápido o surgimento de novos tratamentos. E a evolução continua. Ela precisa de profissionais qualificados para dar continuidade aos estudos e, assim, promover a cura de doenças!
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