Com o advento da pandemia de Covid-19, tornou-se um imperativo para o professor conhecer as novas ferramentas na educação remota. Mas, para além do que a doença estabeleceu, o fato é que a educação já havia começado a passar por uma forte transformação, desde que as mais diversas formas de comunicação entraram na vida de todas as pessoas. Ocorre que, agora, é um caminho sem volta.
O aluno do século XXI tem suas relações sociais atravessadas pelos dispositivos digitais. Além de seus vínculos afetivos, também as profissões passam a estar cada vez mais voltadas às dinâmicas mediadas pelas telas. No caso da educação, não pode ser diferente. Então, se você quer conhecer as melhores e mais contemporâneas formas de comunicação entre professor e aluno, está no lugar certo.
Mas, antes, se você está pensando em como vai entrar para o mundo da educação e ainda não está em um curso, veja quais são as licenciaturas mais procuradas no Brasil. Vamos começar?
O que você verá neste artigo:
Ferramentas Google
Para começar, nada mais justo do que tratar de ferramentas que, na verdade, já nem são tão novas ferramentas na educação remota, mas ainda permanecem inexploradas por muitos educadores. Não é preciso gastar muito tempo para apresentar a Google, empresa que chegou a contar com 98% das buscas feitas em smartphone. Mas é importante nos darmos conta de que ela já está na vida dos alunos. E que pode ajudar muito no âmbito didático.
O Google Workspace for Education conta com uma gama de serviços gratuitos para professores e escolas. O dispositivo que simula uma sala de aula no espaço online é, certamente, o mais óbvio para essa finalidade. Mas também se inserem nesse contexto o serviço voltado para reuniões, que conta com facilidades para gravar a conversa e apresentar informações na tela.
Além disso, são propícios para a utilização educacional o Documentos, o Apresentações, o Site e o Formulários Google. Todos eles podem ser integrados, complementando-se conforme a necessidade do professor. Assim, todo o subsídio ao estudante, bem como a mensuração de seu desenvolvimento, pode se dar a partir de espaços intuitivos e acessíveis, com os quais ele já está acostumado.
TikTok, podcast e Instagram: ferramentas a favor da aprendizagem
Seguindo com as ferramentas que já estão no cotidiano dos alunos, não é possível deixar de lado as redes sociais. Nem mesmo o fenômeno comunicacional chamado podcast, que invadiu a vida dos brasileiros no contexto pandêmico. Elas podem ser, sim, novas ferramentas na educação remota
O TikTok é uma rede social de vídeos curtos. Nela, é fácil de consumir muito conteúdo, mas também de fazer. É um formato que os alunos adoram (principalmente na educação básica) e conhecem. Por isso, demandar que os estudantes produzam para a plataforma abordando uma temática a ser aprendida pode ser a melhor forma de engajá-los.
O Instagram também vai nessa mesma batida. Ele demanda mais repertório técnico, uma vez que os memes do TikTok tendem a ser mais simples. Mas, por outro lado, permite um conteúdo mais diverso e profundo, pela própria natureza da rede social. Um perfil pode reunir a turma na produção de vídeos, fotos, gifs e demais formas de comunicar voltada a uma temática.
O som do aprendizado contemporâneo
E, por fim, o queridinho do Brasil pós-pandemia: o podcast. Conceitualmente, a nomenclatura esteve sempre relacionada ao conteúdo em áudio disponibilizado ao consumo de maneira on demand. Contudo, uma estrutura de programa específica de sua reprodução acabou entrando com força na rotina dos estudantes. A conversa.
O público, incluindo aí os jovens, demonstrou grande interesse pela forma menos engessada de explorar os conhecimentos de um convidado. Ela supera, em boa medida, os papéis de entrevistador e entrevistado. Até mesmo porque os programas de maior relevância no Brasil, como Flow e PodPah, não são comandados por jornalistas. E são disponibilizados até mesmo em vídeo, na contramão da noção original do termo.
Então, o podcast, seja em sua leitura mais conceitual, seja na representação habitualmente encontrada no Brasil, tem um grande potencial em sala de aula. Ele pode ser objeto de trabalho dos alunos, uma vez que eles tenham de produzir um programa. Ou, ainda, pode ser objeto de estudo, visto que há programas infindáveis, com as temáticas mais diversas, apresentando conhecimentos técnicos de forma descontraída e acessível.
Captura e Disponibilização de aulas online
Por mais que a educação remota tenha superado a barreira da presencialidade física, a sincronicidade ainda parece ser um fator importante para a maioria dos professores e alunos. E ela é o que diferencia, justamente, o caráter remoto da EAD. Contudo, nosso foco aqui não são exatamente os conceitos, mas a prática.
Há vários dispositivos capazes de colocar professor e alunos em interação ao vivo e a cores. O Google Meet tem todas as facilidades apresentadas lá no início e o Zoom é outro muito fácil de usar. Os dois são bastante populares, mas não são as únicas opções entre as novas ferramentas na educação remota para essa finalidade.
Como mencionamos no trecho das redes sociais, ocupar um espaço no qual os jovens se sentem confortáveis pode ser uma grande sacada. Nesse sentido, a Twitch aparece como ótima opção, uma vez que o público, principalmente gamer, está acostumado a ficar horas assistindo nessa plataforma de conteúdo audiovisual. Esta utilização tem menos a ver com as possibilidades técnicas oferecidas e mais com a repercussão no público.
Se o foco estiver relacionado com a questão técnica, aí a dica é buscar softwares voltados especificamente para as aulas online. É o caso do OBS Studio, por exemplo. Ele também está na do streaming e permite transmitir a tela do computador e a imagem da câmera ao mesmo tempo, o que ajuda muito. Há também aqueles voltados para a dinâmica da webnar, como o GoToWebinar, que, além da facilidade para gerenciar os eventos virtuais, também traz os dados de desempenho.
Recursos Visuais
Houve um tempo em que o professor que pretendesse inovar teria de ter habilidades técnicas para isso. Mas isso ficou no passado. Para trazer recursos gráficos para a sala de aula virtual, basta gastar alguns minutos no Canva e voilà, fichas informativas, cartazes e informações são feitas facilmente. Essa é uma das facetas das novas ferramentas na educação remota.
Demandando basicamente a competência de arrastar e colar, a plataforma oferece ao educador a possibilidade de ser mais visual em sua exposição. Isso ajuda muito aqueles alunos que precisam recorrer a esse sentido para entender. E, ainda, permite o trabalho colaborativo.
Uma alternativa ao mais famoso Canva é o Coggle. A ferramenta possibilita, de maneira bastante intuitiva, a criação e o compartilhamento de gráficos, diagramas e fluxogramas. Além dela, o Lucidchart é mais uma boa opção, visto que conta com diagramas inteligentes e funcionais. Ele permite profundidade na diagramação de informações, ideias ou processos. E, se o foco for apenas em infográficos, o Infogram pode ser o melhor para o seu trabalho, visto que se baseia nisso.
Ferramentas perfeitas para a educação remota
A Khan Academy é uma daquelas ferramentas que coloca em cheque a educação tradicional. Pensada para oferecer ao aluno uma trilha pedagógica que lhe respeite em sua particularidade, permite o avanço no seu tempo. Com ela, há uma ampliação da noção de sala de aula.
Outra bem útil, e que também se relaciona com a rotina digital do aluno, é o AprendiZAP. Com mais de 1.400 aulas prontas e exercícios disponíveis, o recurso já foi usado por mais de 30.000 professores. Enquanto que mais de 225.000 alunos já utilizaram a plataforma.
Se o objetivo é reunir a turma a partir da colaboração e da competição, o Kahoot é um bom exemplo. Com ele, é possível criar quiz ilustrado com fotos e gifs e com pontuação variável. No contexto remoto, ele deve ser potencializado sem que as respostas sejam objetivas e verificáveis em uma rápida pesquisa.
Bom, este artigo certamente lhe deu insights. Para seguir tendo boas ideias sobre o mundo da educação, não deixe de seguir acompanhando o Voomp. Veja, por exemplo, mais sobre o que é o curso de Robótica Educacional.