Passou no vestibular ou conseguiu uma boa nota no Enem, é hora de entrar na faculdade e comemorar! Mas, esse é o começo da jornada. O clima de estudo é completamente outro, mudam os professores, as matérias e o objetivo.
Afinal, estamos entrando em outra fase da nossa vida. Escolhemos uma carreira profissional, e o estudo é focado exatamente nisso. Assim, não tem como não comparar com as aulas do ensino médio. Eram aulas mais flexíveis, com aprendizado de forma geral, para ter o certificado de conclusão e – quem sabe – fazer uma faculdade.
Mas o clima é outro. Embora o aluno tenha a responsabilidade de ser aprovado para poder concluir essa etapa de estudo, não há a preocupação do mercado de trabalho. Há casos que o aluno somente estuda, e não precisa pensar em pagar as contas no fim do mês. E há quem estuda à noite para poder trabalhar de dia e também pagar as contas no fim do mês. Como são as aulas na faculdade?
O que você verá neste artigo:
Faculdade: o começo
Aquele frio na barriga de iniciar uma nova etapa na vida, com salas de aula maiores, novos colegas e nova rotina. Afinal, quase todo mundo sente isso, é uma sensação muito gostosa. Tudo é novidade, os professores, o tipo de matéria, de exposição e assunto.
E logo no começo você já sente uma mudança. O tratamento que o professor dispensa ao aluno é completamente diferente. Aqui, ele fala de forma mais profissional, para mostrar ao graduando como são as coisas no dia a dia de sua futura profissão.
É aí que muitos alunos se chocam no começo. Há docentes que são mais contidos, e outros mais expansivos. Porém, o importante é que o conteúdo que eles têm a passar é fundamental para a formação profissional no futuro.
Outro detalhe que o jovem vai notar é que os inspetores de corredor não obrigam o aluno a voltar para a sala, caso ele esteja fora dela. Afinal, graduandos são responsáveis pelo seu aprendizado, e se ficar fora da sala, quem vai sofrer as consequências será ele mesmo. É diferente do ensino básico e médio, quando o inspetor colocava o aluno de volta na sala.
Matérias diferentes, responsabilidades diferentes
O que o agora graduando vai entendendo com o tempo é que não dá para perder o conteúdo em sala de aula. O professor não escreve o conteúdo do dia na lousa. A aula é expositiva, com ele explicando o assunto ou usando recursos audiovisuais. Dessa forma, é sempre bom levar um caderno e anotar o que ele disser. É o que vai cair na prova depois.
O aluno vai notar que os professores pedem para ler determinados conteúdos (partes de livros ou apostilas) antes da aula. Isso acontece justamente para agilizar o que será apresentado. O professor não vai ler o texto novamente, isso fica a cargo do aluno. Assim, o professor vai explicar o que o texto diz, e abrir para perguntas dos alunos.
Pode ser que haja exercícios que precisem ser resolvidos em casa antes de levá-los para a aula. O que já se consegue notar é que o aluno é o grande responsável pelo seu aprendizado. O professor é um facilitador, digamos assim. Depende do graduando acompanhar o conteúdo, ler os materiais, tirar dúvidas e comparecer às aulas.
Os anos na faculdade
Mas as aulas no ensino superior também têm momentos de descontração. Um exemplo disso é justamente o convívio com os colegas de sala. Muitas vezes eles se tornam amigos para o resto da vida.
Trabalhos em grupo, estudos, conversas, brigas (sim, elas existem) e muito aprendizado fazem parte desse convívio, que é tão rico quanto as aulas em si. O que o graduando vai perceber também é que, em vários casos, os graduandos já trabalham na área para a qual estudam.
Isso é muito interessante, porque esses alunos trazem o dia a dia da profissão que ainda a faculdade não pode oferecer. E é nessa hora que essa troca de experiências pode se transformar em oportunidades de trabalho.
É outra grande guinada na vida do aluno que saiu do ensino médio. Ele terá contato com empresas do mundo para o qual ele está se preparando. Vai ver como é a rotina profissional e usar a teoria na prática. É um período muito rico e intenso.
Os estágios na faculdade
Muitos cursos têm estágios obrigatórios na grade curricular. O graduando precisa cumprir uma determinada quantidade de horas para poder concluir o curso e receber o diploma. Esses estágios são fundamentais para levar o aluno para o mundo real do mercado de trabalho.
Os graduandos precisam fazer um relatório no final de cada período de estágio. Um dos motivos é contar como foi o período, e o outro, para deixar registrado o cumprimento das horas. É isso que será anexado à documentação do graduando para que ele possa concluir o curso.
Licenciaturas
São os cursos que formam professores, os estágios acontecem em salas de aula. Lá, o graduando vai assistir aulas, ajudar o professor titular com algum conteúdo e orientar os estudantes, por exemplo. Ele pode também ajudar na preparação de aulas. Em alguns casos, os futuros professores podem estagiar em editoras de livros didáticos, para participar da elaboração de livros.
Áreas da saúde
Cursos como Psicologia, Odontologia, Medicina, Fisioterapia e Fonoaudiologia, são nos estágios (ou oficinas) que os graduandos vão atender os pacientes. Claro, tudo com a supervisão dos professores.
Assim, há clínicas para atendimento psicológico, odontológico, fisioterapêutico, fonoaudiológico e os hospitais universitários. Os alunos terão contato com pacientes reais, lidando com problemas reais, para saber como é o mundo profissional real com o qual vão trabalhar.
Direito
Há os atendimentos à comunidade, com aconselhamento judicial para processos. Os graduandos acompanham advogados em consultas com pessoas que precisam entrar com ações na Justiça ou se defender delas.
Engenharia
Os graduandos atuam na assistência aos engenheiros nas mais variadas áreas de atuação. Assim, na Civil, o estágio é em construtoras. Na Elétrica, em construções e empresas. Na Química, nas fábricas. E por aí vai. É um período muito enriquecedor!
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