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Ciência política e relações internacionais: entenda a diferença

A dúvida que passa pela cabeça de muitos estudantes é sobre qual caminho seguir: ciência política ou relações internacionais? Uma certa proximidade entre essas duas opções faz com que os universitários passem por essa dúvida.

Se você é um estudante e está prestes a tomar essa difícil decisão, nós preparamos um material completo com mais informações sobre as duas profissões. Assim como as duas graduações e suas características.

Estudante de ciência política e relações internacionais

Antes de falarmos mais detalhadamente sobre as diferenças entre ciências políticas e relações internacionais, vamos falar das similaridades que encontramos nos estudantes dessas duas disciplinas.

E, justamente, por haver tais semelhanças, os futuros universitários ficam em dúvida entre as duas opções de curso de graduação. Por isso, é preciso entender mais a fundo essas semelhanças.

Espera-se que o futuro profissional, em ambas as carreiras, tenha inclinação para assuntos políticos e econômicos. Além de ter uma boa relação com assuntos relacionados à sociedade, nações e empresas.

Dentre as principais habilidades que esperamos encontrar em um profissional disposto a cursar ciência política e relações internacionais, temos:

  • Habilidade em negociações
  • Habilidade em mediação de conflitos
  • Habilidade em lidar com situações políticas e sociais
  • Visão de futuro
  • Domínio de línguas estrangeiras

Fica claro que o estudante dessas duas carreiras possui um perfil bem específico. Neste caso, é preciso ainda ter certa facilidade nos relacionamentos interpessoais. Afinal, a tendência é lidar com pessoas de diferentes locais e culturas.

Agora que você já identificou o perfil do estudante das áreas de ciência política e relações internacionais, vamos entender mais a fundo as diferenças dessas duas carreiras. Veremos, também, suas atuações e especificidades.

Ciência política

Para falarmos sobre a diferença entre ciência política e relações internacionais, vamos apresentar mais a fundo cada curso. Começando, então, pela carreira que busca atuação direta com a área política.

Essa carreira permite ao estudante, e futuro profissional, um conhecimento profundo das relações sociais. Além disso, entendimento sobre as relações de poder e suas consequências nas sociedades. 

O curso exigirá do aluno um profundo e denso conhecimento sobre política, sociologia e economia, fatores relacionados às relações de poder e sociedade. Assim, ele será capaz de analisar relações contemporâneas. 

Esse profissional terá conhecimento necessário para prever cenários e tendências, trabalhar com a cooperação entre países e assessoria política. Esta última, aliás, é uma das carreiras mais buscadas por quem cursa a graduação.

A formação superior em ciência política dura em torno, de 4 ou 5 anos (8 ou 10 semestres). Essa variação ocorre de instituição para instituição, de acordo com a grade curricular a ser cumprida. Enfim, justamente por isso, trouxemos alguns exemplos de disciplinas a serem cursadas nessa formação:

  • Sociologia;
  • Antropologia;
  • Relações Internacionais;
  • Direito;
  • Estatística;
  • Direito Constitucional e Direitos Humanos;
  • Políticas Públicas;
  • Estado Moderno e Contemporâneo;
  • Teoria da Democracia

A partir dessa pequena amostra, é possível visualizar a linha de conteúdo que é vista no curso de ciência política.

Mercado de trabalho

É essencial analisarmos o mercado de trabalho da carreira que procuramos seguir. No caso do curso de ciência política, um dos principais caminhos é a atuação direta com assessoria a partidos políticos ou candidatos.

Além disso, o profissional poderá trabalhar ao longo dos mandatos apoiando na criação de políticas públicas e assessorando a atuação de diferentes políticos, de diferentes níveis de hierarquia.

Ainda no meio político, o estudante formado neste curso terá espaço como consultor de órgãos públicos. O objetivo desta posição é assessorar a criação de planos e políticas públicas visando o melhor para a sociedade.

Por fim, o cientista político poderá realizar a licenciatura. Com mestrado ou doutorado, ele poderá, ainda, exercer o cargo de professor em universidades. Caminho esse ainda mais interessante.

Relações internacionais

Ainda buscando entender melhor as diferenças entre ciência política e relações internacionais, vamos ver mais detalhes desta segunda carreira. Ela procura direcionar seus estudantes para atuar como intermediadores entre negócios no Brasil e no exterior.

Esses negócios podem ser empresariais. E, nesse caso, o profissional atuará na área de comércio exterior dentro de grandes corporações. Ainda podemos citar negócios como sinônimo de política. Neste caso, o estudante poderá pleitear um cargo nas organizações internacionais, como ONU, UNESCO e embaixadas.

No caso do curso de relações internacionais, fica evidente a necessidade de o aluno dominar, ao menos, uma segunda língua. Usualmente, o inglês. Inclusive, este domínio pode ser testado ao fim da universidade, por meio de uma prova de proficiência.

Atualmente, é importante que, além do inglês, o estudante também tenha conhecimento de mais uma língua. Esta pode ser o francês, espanhol e, até mesmo, o mandarim. Afinal, o objetivo dessa carreira é lidar diretamente com acordos entre diferentes países, esse é um importante ponto.

A graduação em relações internacionais tem duração de 4 anos (8 semestres) e exige a apresentação de um trabalho de conclusão de curso, assim como o teste de inglês, como citamos acima. Algumas das matérias que o aluno terá acesso na sua formação são:

  • Antropologia e Cultura Brasileira;
  • Ciência Política e Teoria do Estado;
  • Economia e Política Internacional;
  • Formação da Política Externa do Brasil;
  • Sistemas Políticos;
  • Geopolítica e Geoestratégia;
  • Política Externa Contemporânea do Brasil;
  • Temas de Relações Internacionais da América Latina.

Como é possível perceber nessa pequena lista de matérias, o curso de relações internacionais possui um grande foco no estudo da economia internacional e das relações entre países.

Mercado de trabalho

Como dissemos acima, o mercado de trabalho para o estudante de relações internacionais inclui diferentes objetivos. Para aqueles que buscam atuar no segmento público, ou com ONGs, é possível atuar em grandes corporações como ONU e UNESCO.

Para quem quer lidar com mercado exterior no setor privado, há muito espaço dentro de grandes corporações. Com a globalização, fica cada vez mais necessário o profissional com conhecimento de economia mundial para atuar nessa área.

Por fim, este profissional poderá atuar em embaixadas em todo mundo. Essa atuação foca na relação política, social e econômica entre países. No Brasil, a carreira de diplomata acontece por meio do Instituto Rio Branco.

Escolhendo entre ciência política e relações internacionais

Agora que você já sabe detalhes sobre as carreiras de ciência política e relações internacionais, está apto a realizar uma escolha. A diferença entre essas duas carreiras é mais latente no sentido de como será a atuação do profissional.

Lembramos sempre que nenhuma decisão é definitiva quando falamos de mercado de trabalho. Na escolha de uma carreira ou outra, é possível, ao longo do curso ou da atuação profissional, realizar especializações, pós-graduação e mestrados.

Agora que você tem mais conhecimentos sobre as duas profissões e suas áreas de atuação, comece a se planejar. Escolha a instituição que mais lhe agrada, prepare seu calendário de estudos e boa sorte.

Veja nesse outro conteúdo as diferenças de conceitos entre Relações Internacionais e Governança Global. Você vai curtir.

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