O intercâmbio é um desejo de grande parte dos estudantes do ensino superior. Estar fora do país por um período, conhecer novas culturas e aprimorar um idioma é enriquecedor. E isso não conta só como experiência, mas também agrega muito valor ao currículo profissional. Uma das melhores formas de alcançar esse objetivo é através da mobilidade acadêmica. Esse modelo está disponível em universidades públicas e privadas.
Abaixo nós deixamos um guia completo para quem quiser se aventurar nessa oportunidade.
O que você verá neste artigo:
Como a mobilidade acadêmica funciona?
Assim como os intercâmbios, essa modalidade permite que o aluno passe alguns semestres estudando em uma universidade diferente. Para isso, existe um processo de inscrição que varia de acordo com alguns fatores como o de se a instituição é pública ou privada, por exemplo. As universidades privadas possuem formatos de seleção próprios. Além disso, cada uma conta com uma lista de instituições conveniadas. Essa é uma espécie de parceria entre as universidades – uma aceita alunos de intercâmbio da outra. Dessa forma, a primeira escolha do aluno deve ser a instituição para a qual deseja ir.
A partir disso, é preciso entrar em contato com o setor responsável pelo processo seletivo. Apesar de diferentes, a maioria das seletivas acontecem de forma semelhante. Há um edital que explica as condições do programa – com data para se inscrever. Se o período já tiver passado, possivelmente o estudante só conseguirá fazer a inscrição no próximo semestre.
O que é analisado no processo?
O processo seletivo para mobilidade acadêmica é diferente em cada universidade. Contudo, existem pontos em comum como: semestre no qual o aluno está, média de notas e se a instituição de destino possui o curso desejado. Para saber exatamente o que a sua universidade exige, é preciso se informar e ficar de olho nos editais da instituição pretendida.
Para onde posso ir?
A primeira coisa importante é saber que a mobilidade pode ser feita para universidades de outros países e também do Brasil. Para intercâmbio nacional através de instituições federais, existe o Programa ANDIFES de Mobilidade Acadêmica. O projeto é da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Para participar, o aluno precisa estar matriculado em uma universidade federal e ter concluído pelo menos 20% do curso. Além disso, pode ter no máximo duas reprovações nos dois semestres que antecedem o período da mobilidade. Com isso, o estudante terá um vínculo temporário com a universidade de destino. As instituições públicas estaduais também têm programas de mobilidade acadêmica. Normalmente o processo é ligado à Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais, a Abruem. Já as universidades privadas têm regulamentos próprios. O destino – nacional ou internacional – vai depender dos convênios que cada uma possui.
Mobilidade Acadêmica para fora do Brasil: preciso saber outro idioma?
Sim, é necessário ter conhecimento da língua do país para o qual você irá. Normalmente as próprias instituições exigem comprovação através de diplomas. Quem não possui nenhuma certificação tem a possibilidade de fazer uma prova de proficiência. Mas, por que é importante ter domínio da língua? As aulas que o aluno assistirá serão ministradas no idioma do país. Por isso, é necessário que ele consiga compreender o conteúdo. Além disso, fica mais fácil de se comunicar em um país novo tendo noções sobre a língua.
Porém, quem ainda não sabe outro idioma também tem alternativa. É possível escolher um país que também fale português, como Portugal. Mas, é preciso estar atento, mesmo com a mesma língua, algumas universidades ainda exigem a prova de proficiência. O ideal é se informar bem para não correr o risco de perder uma oportunidade por causa disso.
Quanto custa?
Apesar das vantagens em participar de um programa de mobilidade acadêmica, um fator sempre pode pesar: o dinheiro. Viajar para fora do país pode parecer longe da realidade da maioria dos estudantes. E, realmente, se bancar durante meses no exterior não é fácil. Mas, a maioria dos programas têm o mesmo custo do Brasil. Ou seja, a mensalidade do semestre segue no mesmo valor. A diferença está no quanto será preciso para se manter no país. Mas, para essa questão, existem algumas alternativas. Cada programa funciona de uma forma diferente. Existem instituições que disponibilizam bolsa-auxílio, outras oferecem acomodação no campus, por exemplo. Por isso, entrar em contato com a universidade e entender como elas recebem os alunos e quais as possibilidades é muito importante. Também é preciso contabilizar o valor das passagens de ida e de volta.
Mobilidade acadêmica para bolsistas
Estudantes de universidades privadas que possuem bolsas de estudos através de programas como o PROUNI também podem fazer mobilidade acadêmica. Basta se encaixar nas exigências do edital. A mensalidade continuará sendo paga pelo governo à instituição na qual você está matriculado. O valor será referente às cadeiras cursadas no período, como acontece todos os semestres. As matérias também serão aprovadas pela universidade, conforme a grade do curso. O estudante precisará arcar com os custos de moradia. Mesmo assim, há possibilidades para isso, conforme já especificamos acima.
Planejamento
Quem pretende passar alguns semestres estudando em outra universidade precisa se programar. O principal motivo é o planejamento financeiro. Arcar com as despesas da viagem – nacional ou internacional – será mais fácil se tudo estiver na ponta do lápis. Além disso, várias instituições possuem bolsas de estudos. Então para quem está com o dinheiro contado, essa é a oportunidade de realizar esse sonho. Outro aspecto importante é estar de olho nos editais. Como cada universidade possui exigências específicas, é preciso estar atento. Quem tem a intenção de fazer mobilidade acadêmica deve saber em qual semestre está autorizado a viajar, se é necessário dominar outra língua e, ainda, quais são as opções de destino.
Currículo e mobilidade acadêmica
Passar um período estudando em outra universidade é enriquecedor em vários aspectos. Além da bagagem cultural e das vivências, a experiência ainda agrega valor ao currículo. Durante a faculdade, a maioria dos alunos ainda não trabalhou na sua área. As primeiras oportunidades vêm com os estágios, por exemplo. Por isso, ter no currículo alguns semestres em uma instituição de referência pode ser um grande diferencial.
