Embora tenham as suas diferenças, a educação especial e educação inclusiva possuem uma relação importante. Ambas têm um papel importante no desenvolvimento das crianças e podem ser trabalhadas juntas. Contudo, essa não é uma realidade que acontece em todas as escolas.
O Brasil está caminhando para ter uma educação melhor para todas as crianças. Porém, ainda faltam profissionais capacitados para atender a essa demanda. Não somente na forma de educar, mas também na estrutura das escolas, principalmente as públicas.
A seguir, falaremos mais sobre a relação entre a educação especial e educação inclusiva. Entenda melhor como funciona cada uma, quais as suas diferenças e como elas podem ser trabalhadas juntas!
O que você verá neste artigo:
Entenda qual a diferença entre educação especial e educação inclusiva
É comum os termos educação especial e educação inclusiva serem confundidos. Muitas pessoas chegam a pensar que é a mesma coisa, mas não é. Por isso, vamos entender melhor o que cada uma significa.
Na educação especial é trabalhado o desenvolvimento de habilidades de crianças e jovens com deficiência. Estão inclusos aqui pessoas com deficiências físicas e mentais. Esse tipo de educação abrange diferentes níveis e graus de acordo com o sistema de ensino.
Para trabalhar na educação especial é preciso que o profissional tenha se formado em Pedagogia. Também é interessante fazer uma especialização em Ensino Especial.
Agora, a educação inclusiva é um pouco diferente da educação especial. Geralmente, na educação especial os alunos ficam separados, ou seja, estudam em outros tipos de escolas. Tanto que as escolas especiais passaram a ser mais conhecidas como instituições não-governamentais.
Na educação inclusiva temos um processo mais social. Nesse aspecto, as crianças e jovens com deficiência ou com dificuldade de aprendizagem também recebem educação mais próxima do comum.
Entenda que algumas crianças não conseguem acompanhar o ritmo dos demais alunos. Mesmo assim, elas não são separadas, ou seja, geralmente ficam na mesma sala que os demais alunos que não possuem deficiência. Assim, elas podem socializar com os demais colegas.
Além disso, há uma conscientização dos demais alunos pelo entendimento e pela empatia com as diferenças!
Ainda existem escolas especiais aqui no Brasil?
As escolas especiais começaram a surgir no Brasil a partir da década de 40. Os pais de pessoas com deficiência buscaram esse direito, pois seus filhos não poderiam ir à escola comum e acabavam dentro de casa. Contudo, na época a educação especial não era função do Estado. Sendo assim, foram criadas fundações não governamentais e filantrópicas.
Embora essa “solução” tenha sido vista com bons olhos por muitas pessoas, isso só fortaleceu a segregação. Já que os alunos com deficiência ficavam totalmente separados das outras crianças. O que com certeza só colaborou com o aumento do preconceito.
Desde 2015 com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência as coisas mudaram. O principal foco da lei tendo como base outros decretos e leis, a educação inclusiva passou a ganhar força.
Ainda é possível encontrar instituições privadas ou filantrópicas para pessoas com deficiência. Mas, com a Lei de Inclusão, a ideia é que isso mude com o tempo. E que, assim, crianças e jovens com deficiência possam receber o mesmo tipo de educação.
Por que é importante a educação inclusiva?
A educação inclusiva como o próprio nome já diz visa a inclusão de todas as crianças e jovens. O intuito é oferecer uma educação mais próxima do que já é ofertado pelas outras crianças. Além disso, elas possuem a chance de ter interação com outras crianças.
Isso é importante para todos os envolvidos, tanto para as crianças quanto para os pais e demais profissionais. Ou seja, a comunidade em si se beneficia dessa inclusão. Veja, quando há segregação, querendo ou não, sempre há a possibilidade de preconceito.
Outro ponto que vale ressaltar é a conscientização entre as crianças. Uma criança que vive em um ambiente só com crianças com deficiência iguais a ela não tem uma visão real do mundo. Quando há essa interação, ela se desenvolve melhor, consegue se comunicar e, claro, se divertir com os amigos!
Existe problema na educação inclusiva?
Não existe problema em si na educação inclusiva, mas o problema está na sua implementação. Embora seja algo extremamente necessário, as escolas públicas brasileiras ainda não estão preparadas para oferecer esse tipo de ensino. São pouquíssimas as escolas que contam com professores e estrutura para receber os alunos.
Mesmo com a lei e vários decretos, o Brasil ainda está caminhando a passos lentos para essa inclusão. Além disso, ainda há um pouco de preconceito na inclusão de crianças e jovens com deficiência nas escolas. Então, existem muitos desafios a serem vencidos.
É preciso contar com a capacitação de mais profissionais na área, além de um trabalho com a comunidade. Assim, todos vão estar preparados para que a inclusão ocorra da melhor forma e seja benéfica para todos!
Qual o futuro das escolas inclusivas no Brasil?
Podemos ver que a relação entre a educação especial e educação inclusiva na sua essência é o melhor para os alunos. Contudo, a primeira acaba gerando a segregação, pois separa os alunos dos demais. É possível trabalhar com as técnicas da educação especial e colocar no ensino inclusivo.
Sempre aproximando o máximo possível do ensino comum que todos os alunos recebem. O futuro das escolas inclusivas é promissor, porém, como já comentado, estamos a passos lentos. Alguns países como a Itália já aboliram totalmente as escolas especiais, assim o ensino inclusivo já existe em todas as escolas!
Falta muito para o Brasil alcançar esse objetivo, mas não é impossível! Acredita-se que muitas coisas vão mudar e até mesmo a inclusão do digital nas escolas pode colaborar com isso! As escolas devem começar (se ainda não começaram) a fazer essas mudanças!
O preconceito ainda existe com a educação especial e educação inclusiva?
Infelizmente essa ainda é uma realidade. Alguns pais ainda sentem o preconceito que os filhos recebem por participar de uma sala com alunos sem deficiência. Mas a esperança está nas próprias crianças que não enxergam esse preconceito. Por isso o ensino inclusivo é tão importante.
O preconceito vem daquilo que achamos diferente. Contudo, quando as crianças são expostas desde cedo, não há essa visão. Elas entendem que aquilo que consideram “diferente” não é um problema e que tudo bem ser diferente. Dessa forma, estamos preparando futuros adultos mais conscientes e empáticos!
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