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Quando a Engenharia de Produção passou a ser profissão?

Hoje, iremos por uma viagem no tempo para compreender dinâmicas atuais e descobrir quando a Engenharia de Produção passou a ser profissão.

Vem com a gente!

Antes de tudo: o que faz um engenheiro de produção?

A princípio, antes de iniciar a nossa viagem, é válido deixar clara a função de um engenheiro de produção. Assim, continue a leitura.

A Engenharia de Produção tem por finalidade transformar em realidades aplicáveis os conhecimentos científicos, econômicos, sociais e práticos, tornando-os dinâmicos no âmbito da produção.

Isso significa, que a Engenharia de Produção vai muito além do estereótipo incorporado ao profissional.

As pessoas, de modo geral, veem o engenheiro de produção como alguém apegadíssimo a números e a objetividade.

Mas, isso reflete uma certo desconhecimento perante à atividade produtiva, pois, este profissional, constrói, dinamiza, cria e melhora diversos tipos de ferramentas estruturais, sistemas, processos, máquinas e quaisquer tipos de recursos físicos que podem tornar-se funcionais.

Desse modo, a Engenharia de Produção requer sim um conhecimento lógico, mas, envolve processos criativos e inspiradores.

Ou seja, para se obter êxito no contexto produtivo, o engenheiro tem que pensar no desejo humano e no que poderia ser útil, funcional e, em simultâneo, que atenda as demandas de um grupo vasto de pessoas ou um indivíduo.

Por fim, percebe-se que é uma área abrangente e de grande responsabilidade social. Tendo em vista que o engenheiro considera temáticas sociais, científicas e técnicas tanto para criar, como para implementar.

Ainda, há de se ter consideração e preocupação com o custo de quem financia e solicita os projetos.

Pluridisciplinar e multifuncional, não é mesmo?

A Engenharia de Produção em um contexto histórico

Sobretudo, responder de forma pontual quando a Engenharia de Produção passou a ser profissão, não é tarefa fácil, tampouco existe hora e data. Mas, percebe-se que desde a antiguidade, com o conhecimento das primeiras civilizações, o engenheiro já estava ali em seu ofício.

Estes profissionais têm por obrigação, aplicar as ciências físicas, o raciocínio e os conhecimentos matemáticos na busca pela resolução de problemas.

Desse modo, há de se buscar uma solução apropriada e até o aperfeiçoamento de algo já existente. De forma lógica e criativa, o engenheiro produtivo age conforme aprendizados científicos, por isso, o estudo é fundamental.

Por isso, o repertório e a destreza são atalhos utilizados pelo engenheiro em prol da aplicabilidade. Assim, realizam-se pesquisas sobre o que é ou não possível de desenvolver em produtos que serão disponibilizados no mercado.

Há de se ter, não só um estudo da matéria, como o conhecimento da demanda.

Por fim, demanda e aplicabilidade na tecnologia produtiva, existe desde o Australopithecus, mas, a profissionalização veio muito depois, em especial, ao compreender aspectos fundamentais da ciência.

O processo da profissionalização

Percebe-se, por meio de uma perspectiva histórica, que o engenheiro sempre existiu, basta observar criações como a roda, polia, alavanca e até as pirâmides do Egito.

Mas, nestes contextos, a profissionalização não era vista como uma realidade.

A melhoria e o desenvolvimento de objetos e sistemas vêm desde os primórdios. Assim, como o gerenciamento econômico e a aplicabilidade lógica da produção.

Por isso, aquedutos romanos, Machu Picchu e a máquina de Anticítera, entre tantas outras criações mais utilitárias do que simbólicas, tornaram-se reais.

Ainda, ao longo da história, o processo produtivo foi sendo visto como algo que não seria passível de realização por qualquer pessoa.

Desse modo, o avanço da ciência que teve seu boom no Renascimento, a engenharia foi tornando-se profissional.

Em suma, a “matriz” da Engenharia a partir de uma ótica profissionalizante, foi a Engenharia Eletrônica e não a de Produção.

O “primeiro engenheiro” foi o William Gilbert, criador do termo eletricidade, em 1600.

No entanto, outras formas de Engenharia ascendem nos países europeus. Em especial, com a dimensão e compreensão sólida da materialidade, do capital e do valor da produção.

Além disso, foi notório aos vendedores que apenas produzir não era suficiente, mas sim, produzir mais e em menos tempo. Este contexto foi visto diante de necessidades e interesses mercantis.

No ano de 1668, Thomas Savery criou a primeira máquina a vapor. E, alguns anos depois, em 1760, houve a primeira Revolução Industrial.

Sendo esta, um marco fundamental para a profissionalização do Engenheiro de Produção, no que lhe concerne, tem de estudar a viabilidade e o desenvolvimento de um produto, ter visão de negócios, calcular e reduzir o custo produtivo e lidar com sistemas de obtenção, compra de materiais, estoques, gerenciamento de equipes e a programação da maquinaria (o último aparece de forma posterior na história).

A Engenharia de Produção no Brasil

Engenheiros e engenheiras, como sabemos, existem desde a antiguidade. Desse modo, isso não difere ao observar o Brasil.

Antes de mais nada, Os povos originários do território nacional, sempre foram grandes engenheiros, porém sem a visão e a incorporação da obtenção lucrativa. Mas, ao analisar a Engenharia de Produção em seus fundamentos, estes povos cumpriam sim, o papel de um Engenheiro.

Porém, mesmo diante da aplicabilidade da Engenharia no cotidiano nativo, os colonizadores Portugueses e Espanhóis, diante das suas idas e vindas ao longo dos anos, trouxeram um know-how Europeu no conhecimento técnico e científico.

Além disso, incorporaram em solo nacional, noções de Engenharia que até hoje seguem sendo lucrativas, mas, profissionalizantes a qualquer um que desejar ingressar em uma faculdade.

Exemplo disto, é que hoje, os setores de alimentos e agroindústria necessitam de profissionais da Engenharia de Produção, tanto na contratação de empresas como na prestação de serviços.

A industrialização brasileira

Diante do processo (tardio) da industrialização nacional, em 1950, inúmeras empresas multinacionais adentraram no território brasileiro.

Ainda, vale não só o destaque das empresas norte-americanas, mas também da influência inglesa.

Por fim, a primeira faculdade que ofereceu o curso bacharelado em Engenharia de Produção foi a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), no ano de 1957.

Esta, tinha por finalidade, atender as demandas do capital diante dos desafios no contexto empresarial e de globalização contemporânea.

Depois de quase uma década, outras instituições como a FEI, a PUC do Rio de Janeiro e a UFRJ, abriram suas portas para, enfim, formar engenheiros de produção.

Percebe-se, portanto, que não há uma data específica de quando a Engenharia de Produção passou a ser profissão, mas sim uma análise de contextos históricos ao longo do curso civilizatório e humano.

Também, tratar algo como profissional, origina-se de uma demanda por alguém com repertório que preste serviço de forma remunerada a partir de uma moeda de troca universal, sendo hoje, o dinheiro.

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Até mais!

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