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A importância do mestrado para as carreiras jurídicas

Você está tentando entender qual a importância do mestrado para as carreiras jurídicas? Está em dúvida se esse grau de formação realmente faz sentido em sua jornada profissional? Pois bem, este é o artigo certo para tirar todas as suas dúvidas. Vamos lá?

Conhecendo as carreiras jurídicas

Até seria possível afirmar, de maneira genérica, que o mestrado pode ser um grande negócio para qualquer profissional. Afinal de contas, conhecimento nunca é demais. No entanto, sabemos que depositar tempo e dinheiro em uma formação não é tão simples. E que, na maioria das vezes, é uma escolha voltada a um retorno bem claro e objetivo para o egresso.

Dessa forma, faz sentido pensarmos nos tipos de carreiras jurídicas. Isso porque elas apresentam diferenças consideráveis entre si. E, nesse sentido, também a importância dessa formação acaba mudando de um caso para o outro.

Este é um texto escrito assumindo algumas informações a priori sobre as carreiras jurídicas. Se você não conhece nada da área, não se preocupe. Você pode entender um pouco melhor o que são esses caminhos profissionais rapidinho. Para aprofundar os seus conhecimentos sobre as carreiras possibilitadas pelo curso de Direito, indicamos a leitura deste outro artigo.

Carreiras do Direito Público e o Mestrado

Em geral, as carreiras no Direito público exigem apenas o bacharel e mais algum tempo de experiência comprovada de atuação profissional. Às vezes, inclusive, as vagas abrem mão do tempo de atuação ou do bacharel – exigindo, nestes casos, apenas curso superior, o que inclui o tecnólogo de Serviços Jurídicos e Notariais, por exemplo. A exigência da carteira da OAB também não costuma ser frequente para cargos públicos.

Para concorrer a uma vaga de procurador, promotor de Justiça, defensor público, juiz, desembargador ou delegado, o mestrado não costuma ser exigido. Ainda assim, o mestrado nessas carreiras jurídicas costuma ser muito importante, até mesmo definitivo. Não entendeu? A gente explica.

Diferencial na prova de títulos

Isso ocorre porque os cargos preenchidos por meio de concurso público não costumam exigir esse nível de formação como pré-requisito, mas é muito comum que tenham a conhecida “prova de títulos”. Nesses casos, o candidato à vaga não concorre apenas com base em seu desempenho em provas de questões dissertativas ou objetivas. Também contam para a seleção experiências acumuladas ao longo dos anos, dentre as quais costumam se destacar as acadêmicas – como é o caso de um diploma de mestre. Ou seja, o mestrado nessas carreiras jurídicas pode não ser obrigatório, mas é muito importante.

Mas nem só de concursos vive o funcionalismo público. E, no caso das carreiras jurídicas, há aquelas em que o profissional ascende ao cargo por nomeação. Nesses casos, o mestrado pode ser um diferencial estratégico. Ainda que de maneira mais abstrata do que na prova de títulos, o título de mestre, nesses casos, pode valer pontos importantes na tomada de decisão do gestor que vai escolher.

Carreiras do Direito Privado e o Mestrado

Bem como no Direito público, o Direito privado também se ramifica em muitas possibilidades. O profissional formado em Direito pode atuar de maneira autônoma, constituir empresa, ser empregado e colaborar com o terceiro setor.

Além da natureza da ocupação, no direito, uma carreira costuma se desenrolar mais especificamente em uma área. Vale ressaltar que as principais áreas do Direito Privado são: Direito civil, Direito empresarial, Direito penal e Direito trabalhista.

Em todos esses casos, envolvendo as diferentes áreas e naturezas de atuação, não há a obrigação do mestrado nessas carreiras jurídicas. Um mestrado de direito, nesse âmbito, diz respeito às noções mais abrangentes e às oportunidades que acaba gerando. Sendo bem claro, fazer o mestrado pode ser a melhor forma de conseguir melhores posições no mercado.

O site Salario.com.br apresentou pesquisa que aponta: advogados com mestrado ganham, em média, mais do que o dobro do que aqueles que contam apenas com a graduação. O portal traz uma pesquisa junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web que aponta como salários médios de advogados: com ensino superior completo, R$ 4.353,48; com mestrado, R$ 11.257,00. O levantamento considerou um total de 18.540 salários de profissionais admitidos e desligados pelas empresas no período de julho de 2020 a junho de 2021.

Professor de Direito e o mestrado

Até aqui, tratamos de carreiras jurídicas as quais podem ser qualificadas pelo mestrado. Elas, porém, não têm esse grau de formação como pré-requisito. O mesmo não ocorre, no entanto, com a docência no ensino superior. Neste caso, temos a obrigatoriedade do mestrado em Direito.

Para ingressar em um mestrado de direito, o aluno deve ser formado no ensino superior, mas não precisa necessariamente ter passado por um bacharel em Direito. Essa é uma vantagem para aqueles que buscam ampliar os seus horizontes. Mas, é claro, essa escolha pode implicar em um maior empenho necessário, sobretudo no começo do curso, uma vez que o aluno precisaria alcançar os colegas, por assim dizer. Você entenderá melhor esse ponto quando tratarmos de como funciona o mestrado, a seguir.

Bom momento para pensar na docência

Retomando o tópico específico da docência, esse já é um caminho que propicia muitas oportunidades. Mas a tendência é que isso aumente. Segundo publicação do portal blog.saraivaeducacao.com.br/, atualmente, o Brasil é o país com maior número de faculdades de Direito no mundo, contando com mais de 860 mil alunos espalhados pelos mais de 1.300 cursos em todo território nacional.

O mercado, que já é aquecido, está às portas de ampliar uma grande transformação já em curso. Estamos falando da presença de disciplinas de Direito em EAD. A mudança permitida pelo MEC, que autorizou os cursos presenciais a ofertarem 40% de suas disciplinas na modalidade a distância, tem impactado a maioria das grades curriculares nas graduações. E, no caso específico do Direito, não só as disciplinas dos 40%, mas também cursos inteiros nesta modalidade estão na iminência de se tornarem realidade.

Com isso, a expectativa é que se tenha uma forte expansão em tudo o que se refere à docência no Direito. O mercado não absorverá apenas o professor, figura comum à modalidade presencial. O mercado demandará também tutores voltados para a área, professores conteudistas (que produzirão materiais didáticos), entre outras ocupações correlatas.

Como funciona o mestrado em Direito

O mestrado em Direito costuma ter uma duração mínima de 12 ou 18 meses e máxima de 24. Nele, o aluno tem acesso a discussões mais aprofundadas do que aquelas que encontrou na graduação. Suas aulas, ainda que sejam amplas nos assuntos, em certa medida, direcionam a sua pesquisa para uma área específica. E, principalmente, suas leituras complementares e estudos pessoais são focados naquilo que se pretende abordar. Essa dinâmica é complexa, por isso, passa pela condução de um professor orientador.

As linhas de pesquisa variam de acordo com a instituição responsável pela oferta. Mas, em termos gerais, pode-se dizer que comumente estão ligadas a efetividade do direito em algum nível de aplicação ou sua relação com questões sociais e filosóficas. Assim, o aluno trilha um percurso pedagógico no qual tem acesso a disciplinas que dão o aporte teórico para que possa articular tais conhecimentos em sua produção acadêmica. Esta, aliás, diz respeito à escrita de artigos científicos e de uma dissertação.

Outras vantagens do mestrado em Direito

Como vimos, o mestrado tem sua funcionalidade maximizada e minimizada a depender da carreira jurídica escolhida. Contudo, é importante perceber que uma formação desse nível tem impactos mais profundos do que sua mera usabilidade profissional. A começar pela construção do pensamento crítico no aluno.

Se você é aquele aluno curioso, que sempre se pergunta os motivos pelos quais as coisas são como são, certamente percebeu que as discussões não se esgotavam na graduação. Por atender um público já formado, o mestrado permite ir adiante e responder muitas dessas perguntas. Sobretudo por conta de sua natureza, é essencialmente uma oportunidade de, mais do que entender o funcionamento da justiça, criticá-lo.

Alcançar esse nível de abstração, poderia se dizer, usando de uma expressão cotidiana, “não é para qualquer um”. Por uma série de fatores, o número de profissionais que chegam ao mestrado no Direito ainda é pequeno. Isso, é claro, dado o fortíssimo mercado em que se encontra a graduação. Justamente por isso, torna-se um ambiente muito qualificado para o desenvolvimento de networking.

Estar entre os melhores

Entrando no mestrado, o aluno encontra um ambiente diferenciado. Os demais, assim como ele, buscam destaque profissional e aprofundamento científico. Acaba sendo um cenário perfeito para o desenvolvimento de contatos e vínculos qualificados.

Esse ambiente qualificado eleva a régua da comparação, e isso, por incrível que pareça, também é positivo. Quando o profissional circula entre colegas qualificados, acaba se deparando com desafios. Com isso, é motivado a superá-los, o que implica desenvolver suas habilidades. Nesse sentido, o rigor do método acadêmico também é um fator muito positivo. Quando incorporado à lógica de trabalho do profissional, eleva o esmero e a entrega do profissional mesmo fora daquele ambiente.

Por fim, tudo isso leva ao tão buscado aperfeiçoamento profissional. O mestrado oferece condições para que o estudante se torne mais apto em suas funções. E, se você já é formado em direito, ou mesmo em outro curso superior, e veio parar aqui buscando entender como alavancar a sua carreira, então, talvez este nosso artigo seja ideal para você.

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