Não existe idade certa, existe a vontade de estudar. E essa vontade pode aparecer com 17 anos, 30, 50, ou até mais. Aprender sempre é bom, não importa a idade que tenhamos.
É natural nós imaginarmos que o ideal é fazer um curso superior com 17, 18 anos. Acabamos de sair do ensino médio, estamos cheios de energia para começar uma nova fase da vida. E também a maioria dos alunos em sala de aula são jovens. Daí vem a dúvida ou insegurança de começar uma faculdade depois desse período.
Por isso, neste post, vamos desmistificar essa história que só jovens podem fazer faculdade, e mostrar que estudar não tem idade!
O que você verá neste artigo:
A dúvida da juventude
Muitos alunos que terminam o ensino médio se sentem inseguros – para não dizer ansiosos – porque se sentem pressionados a escolher um curso de nível superior. Essa dúvida sempre existiu e hoje, com a grande quantidade de carreiras para escolher, essa tarefa se tornou ainda mais difícil.
Existe a crença de que a faculdade que escolhemos é para a vida toda, que uma vez na carreira não dá para mudar, entre outras ideias. Mas não é bem assim que funciona. Há alguns caminhos para ajudar o jovem a escolher uma carreira. Ele pode conversar com profissionais das áreas que ele tem em mente, visitar as faculdades, e fazer testes vocacionais, por exemplo.
Outro medo é o de, no meio do curso, descobrir que não era bem aquilo que esperava. É quando vem a frustração de ter perdido tempo e dinheiro em algo do qual ele não gosta. Mas não é bem assim. Conhecimento nunca é perdido, e foi um período que ele aprendeu algo, mesmo que não tenha sido lá essas coisas.
Por essas e outras, há jovens que preferem esperar um pouco para escolher uma carreira. Assim, eles podem ir trabalhando em setores diversos, fazendo cursos técnicos ou livres, até encontrarem o curso que se encaixe dentro das suas afinidades. E isso pode acontecer em qualquer idade.
Depois dos 30 anos
A pessoa já está mais madura, pessoal e profissionalmente. Ela pode ter deixado para escolher a carreira agora, como falamos há pouco, ou já ter se formado em uma área e ter decidido fazer outra. Não há problema algum, inclusive é muito animador voltar aos bancos da faculdade.
Claro que muita coisa muda em seis, sete, oito anos depois de formado. São outras pessoas, outras tecnologias, outras vivências. Mas o fato de já ter tido uma experiência anterior serve de exemplo para saber lidar com as exigências do curso superior. Assim, o aluno consegue se organizar melhor para estudar, sabe como pesquisar os assuntos, e pode servir até de exemplo para os mais jovens.
Pode ser que o corpo do graduando um pouco mais velho não seja tão ágil quanto o jovem. Assim, ele vai sentir que precisará de mais tempo para descansar, e não consiga acompanhar os colegas mais novos em atividades extraclasse com a mesma intensidade. Mas isso não é um impeditivo. Nada como uma nova fase da vida para dar um gás na nossa energia.
Idade mais avançada, mais experiência
Por volta dos 40 anos, muitas pessoas já podem ter se casado (e divorciado), e até ter tido filhos. Mudam algumas prioridades, e o ritmo de vida é outro. Mas se a vontade de fazer a primeira ou segunda (ou mais) faculdades aparecer, não se deixe abater.
Vai ser ótimo ter contato com novas pessoas, rotinas, matérias e conhecimentos. Vai ser importante estudar um pouco antes para o vestibular ou o Enem, para ter um bom desempenho na prova. Porém, isso é só uma etapa.
Em alguns casos, pessoas com mais de 40 anos conseguem entrar na faculdade pela primeira vez. É a realização de um sonho, de uma vontade de estudar e ter um diploma. Pode até ser que ela não atue na área desejada, mas de ter feito um curso superior é uma realização.
Assim, invista na faculdade com 40 anos ou mais. Você poderá sentir alguma dificuldade com o uso da tecnologia no ambiente virtual de aprendizagem, e o acompanhamento das tarefas online. Caso você já tenha feito faculdade na juventude, muita coisa mudou. Mas é um aprendizado e tanto, para se familiarizar com a tecnologia, e com a juventude de hoje.
Os maduros de 50 anos vão gostar
Para dizer que aprender não tem idade, os alunos de meia-idade só têm a ganhar. Isso porque a tal ‘meia-idade’ hoje não necessariamente começa aos 50 anos. Assim, muitos alunos mais maduros podem aproveitar muito o convívio com os mais jovens.
Em muitos casos, esses graduandos têm filhos da mesma idade dos colegas de sala. Imagina que experiência incrível estudar com pessoas que compartilham das mesmas vivências dos filhos? Isso quando há reuniões de alunos para discutir trabalhos da faculdade.
Os mais jovens olham os mais velhos com muita curiosidade, e gostam de estar perto para ter outro tipo de olhar sobre o curso. Caso o graduando já tenha se formado anteriormente, ele serve como um guia para orientar os mais jovens nos estudos. Mas se não tiver se formado, a caminhada vai ser muito prazerosa. Todos estarão no mesmo barco para ter o primeiro diploma!
Idade acima de 60, pode?
Pode e deve. Os vovôs que querem estudar não podem passar vontade. Se houver disposição e disciplina para manter o ritmo do curso, nada impede. Da mesma forma que os alunos de 50 anos, os de 60 ou mais são os mais queridos da sala. Eles acabam sendo aqueles amigos que os jovens vêm pedir conselhos, de todos os tipos.
Os graduandos de mais de 60 anos podem ter um pouco mais de dificuldade para acompanhar o ritmo da aula. Podem também não se sentir à vontade com a tecnologia hoje existente. Mas isso não chega a ser um problema. Os colegas jovens vão fazer questão de ajudar o mais maduro a entender a tecnologia e tirar isso de letra.
Fazer uma faculdade mais velho, especialmente depois dos 60 anos, traz uma certa tranquilidade para o aluno. Muitas vezes ele já tem filhos crescidos, talvez até netos, e ele talvez não tenha a necessidade de cuidar dos filhos. Assim, ele pode ter a rotina mais livre para conciliar estudo e trabalho, ou só estudo, se já estiver aposentado. Vai ser uma experiência e tanto!
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