Você já ouviu falar no curso de Biomedicina? Muitas vezes confundida com a sua “prima”, a Medicina, a biomedicina também é uma ramificação das ciências biológicas. Ainda assim, ela continua mantendo sua relação com a área de saúde, assim como a nutrição e a enfermagem. Nesse artigo vamos te contar tudo que você precisa saber sobre esse curso, e como se tornar um biomédico.
O que você verá neste artigo:
Breve história do curso de Biomedicina
A biomedicina surgiu como um crossover entre as áreas de biologia e saúde humana. Isso porque, na década de 1950, surgiu a necessidade de um profissional que fosse multidisciplinar. A ideia é que eles atuassem como professores especializados nas disciplinas básicas das escolas de medicina e odontologia. Além disso, também poderiam ser bastante úteis na área de pesquisa.
Nessa época, para ser biomédico era necessário fazer mestrado ou doutorado da área. Foi só a partir da década de 1970 que a profissão foi regulamentada pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFMB). No entanto, sua principal função ainda era auxiliar médicos no diagnóstico de doenças, já que conhecem profundamente a biologia humana.
Biomedicina e Medicina são a mesma coisa?
Apesar de serem braços da mesma área, Medicina e Biomedicina seguem caminhos e objetivos diferentes.
As diferenças básicas estão no foco de estudo e no objeto alvo de atuação. O biomédico é o profissional responsável por estudar a doença no seu funcionamento, e em como preveni-la e tratá-la. Para isso, seu principal local de trabalho é o laboratório, em que pode estudar e desenvolver vacinas, remédios e outras substâncias.
Já o médico vai se relacionar diretamente com o paciente. Cabe a ele investigar e tratar a pessoa doente, recomendando os melhores tratamentos para cada tipo de enfermidade. Assim, seu principal campo de atuação são os consultórios, hospitais e outros locais de atendimento.
Apesar de seguirem caminhos distintos, os dois profissionais contribuem um com o outro. Médicos usam os resultados das pesquisas biomédicas para tratar pacientes, enquanto biomédicos usam os resultados práticos dos médicos em seus estudos.
Cabe ressaltar ainda uma última coisa. Muitas pessoas têm o pensamento errado de que Biomedicina é mais fácil que Medicina. Principalmente porque o segundo curso é um dos mais concorridos no vestibular. Mas não se engane: apesar da relação candidato-vaga ser realmente menor, Biomedicina não é um curso fácil. O aluno que encarar esse desafio vai estudar química, cálculo, e fará residências e estágio obrigatório.
Qual o perfil do estudante de biomedicina?
Como dissemos acima, o curso de biomedicina não é fácil. Por isso, é recomendável que o aluno possua um conjunto de habilidades compatível com a profissão. Abaixo, listamos algumas delas:
– interesse pela área de saúde;
– trabalho em equipe;
– organização;
– ama ler;
– estar sempre atualizado das principais notícias;
– gostar de gráficos e planilhas;
– ter responsabilidade com o próximo;
– gosto por pesquisa e atividades em laboratório;
– curiosidade;
– gosto por experimentos;
– conhecimento de língua inglesa (muitas pesquisas são feitas no exterior).
Qual é o perfil de um biomédico?
O biomédico carrega consigo uma grande responsabilidade. Por isso, o Ministério da Educação aponta, nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso, nada menos que 21 competências e habilidades que esse profissional deve ter ao entrar no mercado de trabalho. Trouxemos aqui algumas das mais importantes:
– atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde baseado na convicção científica, de cidadania e de ética;
– exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social;
– conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos;
– realizar, interpretar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se tecnicamente por análises clínico-laboratoriais, incluindo os exames hematológicos, citológicos, citopatológicos e histoquímicos, biologia molecular, bem como análises toxicológicas, dentro dos padrões de qualidade e normas de segurança;
– gerenciar laboratórios de análises clínicas e toxicológicas;
– assimilar as constantes mudanças conceituais e evolução tecnológica apresentadas no contexto mundial;
– ser dotado de espírito crítico e responsabilidade que lhe permita uma atuação profissional consciente, dirigida para a melhoria da qualidade de vida da população humana;
– exercer, além das atividades técnicas pertinentes a profissão, o papel de educador, gerando e transmitindo novos conhecimentos para a formação de novos profissionais e para a sociedade como um todo.
Como é o curso de Biomedicina?
Para ser um biomédico é preciso ser bacharel pelo curso de Biomedicina. Também existem pós-graduações na área, mas para cursá-las é preciso ter uma graduação na área de saúde. A graduação é um dos cursos mais procurados na área de saúde atualmente.
Algumas instituições, como a Anhanguera, a Unopar e a Pitágoras, dividem o curso em dois ciclos. No primeiro, os alunos estudarão conceitos básicos nas áreas da biologia e das ciências da saúde. Nesse ciclo, disciplinas como biologia molecular e anatomia humana vão acompanhar o aluno ao lado das ciências sociais, como políticas públicas de saúde e filosofia.
Já no segundo ciclo, o aluno terá mais contato com disciplinas mais técnicas e ligadas à sua área de trabalho. Assim, estará capacitado pra atuar em clínicas, hospitais e órgão de saúde pública. A área de biodiagnóstico, sua produção e comercialização de equipamentos também é um grande foco desse ciclo de aprendizagem.
Principais áreas de conhecimento
Ainda nos baseando nas Diretrizes Curriculares do MEC, podemos resumir as principais áreas de estudo nas 4 a seguir:
– Ciências Exatas – incluem-se os processos, os métodos e as abordagens físicos, químicos, matemáticos e estatísticos como suporte à biomedicina;
– Ciências Biológicas e da Saúde – aqui entram as disciplinas que tratam do corpo humano em si e de seus processos;
– Ciências Humanas e Sociais – prestando um serviço à saúde, o biomédico preciso estar integrado das relações sociais à sua volta e em como gerenciá-las;
– Ciências da Biomedicina – aqui entram todos os conteúdos relativos exclusivamente ao curso de biomedicina e o estudo das doenças.
Por essas áreas de conhecimento já dá pra ter uma boa ideia do que a biomedicina estuda, certo? Vamos te ajudar ainda mais no próximo tópico.
Grade curricular
No curso de biomedicina você vai encontrar, na grande maioria das instituições de ensino, as disciplinas abaixo:
Análises Físico-Químicas E Microbiológicas De Alimentos
Atividades Complementares
Bacteriologia Clínica
Biologia Molecular E Biotecnologia
Biomedicina Estética
Bioquímica Aplicada À Saúde
Ciên. Morfofuncionais Dos Sistemas Digestório, Endócrino E Renal
Ciên. Morfofuncionais Dos Sistemas Imune E Hematológico
Ciên. Morfofuncionais Dos Sistemas Nervoso E Cardiorrespiratório
Ciên. Morfofuncionais Dos Sistemas Tegumentar, Locomotor E Reprodutor
Citopatologia Oncótica
Ed – Construindo Uma Carreira De Sucesso – Saúde
Ed – Cultura Digital
Ed – Desenvolvimento De Carreira
Ed – Design Thinking
Ed – Empregabilidade
Ed – Marketing Digital
Ed – Mindset Ágil
Ed – Projeto De Vida
Estágio Supervisionado – Análises Clínicas
Estágio Supervisionado – Aprofundamento Em Análises Clínicas
Estágio Supervisionado – Campos Da Biomedicina
Farmacologia
Genética Médica
Gestão, Qualidade E Segurança Do Paciente
Hematologia
Imaginologia
Imunologia Clínica
Instrumentação E Deontologia Biomédica
Introdução À Biologia Celular E Do Desenvolvimento
Líquidos Biológicos
Micologia E Virologia
Microbiologia Básica
Optativa I
Optativa Ii
Patologia Geral
Pensamento Científico
Práticas Aplicadas Em Bioquímica E Imunologia Clínica
Práticas Aplicadas Em Hematologia E Microbiologia Clínica
Práticas Aplicadas Em Parasitologia Clínica E Líquidos
Práticas Em Saúde
Princípios Físico-Químicos Laboratoriais
Relações Parasitas E Hospedeiros
Saúde Pública
Sociedade Brasileira E Cidadania
Toxicologia
Trabalho De Conclusão De Curso I
Trabalho De Conclusão De Curso II
Além disso, é preciso fazer um estágio obrigatório, que deve atingir 20% da carga horária total do curso. A graduação possui, por lei, um total de 3.200 horas. Sendo assim, desse total, 640 horas devem ser reservadas para práticas supervisionadas.
Cabe ressaltar que, além do estágio obrigatório, o aluno também deve apresentar um Trabalho de Conclusão de Curso.
Duração do curso
O curso de graduação de Biomedicina deve ter, por lei, uma carga horária de 3.200 horas. Ou seja, são 4 anos de curso, geralmente divididos em 8 semestres letivos. Esse tempo, no entanto, pode se estender de acordo com a disponibilidade do aluno (por período ou integral).
Há ainda uma outra opção para quem deseja encurtar o curso: a equivalência de matérias. Se biomedicina será a sua segunda graduação na área de saúde, é possível “pular” algumas disciplinas. Ou seja, você não precisará aprender duas vezes o mesmo conteúdo. Para isso, você deve levar seu histórico até a nova instituição de ensino, para ver quais disciplinas podem ser eliminadas.
Mesmo os cursos na modalidade de Ensino à Distância devem obedecer a essas mesmas diretrizes. Fique sempre atento a esses pré-requisitos, pois cursos que não atendem esse mínimo de horas podem não ser reconhecidos pelo MEC.
Modalidades: presencial ou EAD?
As modalidades de curso regulamentadas, para Biomedicina, são presencial e EAD. Para cada uma delas existem algumas vantagens. Vamos explorar um pouco mais a seguir.
A modalidade presencial é a mais comum nas instituições de ensino. É ideal para alunos que possuem mais disponibilidade de tempo para se deslocar até a instituição. O curso presencial oferece inúmeras vantagens, entre elas a criação de networking direto com professores e outros alunos. Além disso, as dúvidas podem ser tiradas em tempo real e o dinamismo social é muito maior do que por meio da tela dos dispositivos.
No ensino à distância (EAD) as vantagens também são muitas. Essa modalidade é ideal para alunos com a rotina mais apertada, que precisam fazer seus próprios horários. Além disso, o custo da mensalidade costuma ser menor. No caso específico do curso de biomedicina, não é possível fazer o curso totalmente à distância. Isso porque algumas práticas precisam de equipamentos e estruturas específicas, que só a faculdade pode prover. Por isso, é necessário que o aluno compareça à instituição com certa regularidade – geralmente uma vez na semana ou quinzena.
Valor médio do curso
Os valores médios para a faculdade de Biomedicina variam bastante de acordo com a modalidade escolhida. Para o presencial, os valores ficam entre R$ 700 e R$ 1.500 – dependendo do estado do país e turno escolhidos. Já para o EAD a variação fica em torno de R$ 500 e R$ 1.000.
Bolsas de estudo
Se você está achando esses valores altos para o ser orçamento, existem algumas formas de reduzi-los. Tanto o governo quanto instituições privadas e ONG’s podem oferecer bolsas de estudo totais ou parciais. As principais formas são:
– Nota do ENEM: com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio é possível concorrer à várias bolsas de estudos. Muitas instituições de ensino aceitam a nota da prova como forma de abaixar os custos da mensalidade. Geralmente, quanto mais alta a nota, maior o desconto oferecido.
– Programas governamentais: os principais programas de bolsa do governo, atualmente, são o Fies e o ProUni. No Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o aluno solicita uma bolsa ao governo, que paga as mensalidades na forma de empréstimo. Ou seja, após se formar, o aluno deverá retornar esse valor ao governo, em forma de parcelas. Já no Programa Universidade para Todos (ProUni), as bolsas são oferecidas de forma integral ou parcial. Em outras palavras, não existe a necessidade de retornar o valor ao governo depois. As bolsas oferecidas variam de acordo com a nota do Enem e os critérios de cada instituição de ensino. Ambos os programas oferecem bolsas em instituições privadas.
– Organizações não Governamentais: muitas ONG’s oferecem bolsas para estudantes de baixa renda. Os requisitos variam muito de organização para organização, mas vale a pena consultar quais existem na sua cidade. Algumas das mais conhecidas, que atendem todo o país, são a Educafro, o Quero Bolsa e o Educa Mais Brasil.
– Empresas: se você já está inserido no mercado e quer se aprimorar, procure o RH da sua empresa. Muitas delas preferem capacitar os próprios funcionários, já adaptados à empresa, e oferecem bolsas de estudos.
Para saber tudo sobre bolsas de estudos, visite nosso artigo “Quais os requisitos para conseguir bolsa de estudos?”
Como é o mercado de trabalho para o biomédico?
Nas últimas décadas o avanço das pesquisas tem mostrado uma alta na expectativa de vida mundial. Ou seja, as pessoas estão vivendo mais, e por isso precisam de mais cuidados. O biomédico tem um papel importantíssimo nesse quadro e, por isso, sempre há ofertas para esse profissional.
Além disso, engana-se quem pensa que o biomédico está restrito às pesquisas e laboratórios. Vamos conhecer um pouco mais sobre como e onde esse profissional pode atuar.
Áreas de atuação
Quando conclui a faculdade, o biomédico está apto a realizar análises clínicas, mas não precisa se prender somente à essa área. Como na Medicina, ele pode fazer especializações em várias outras áreas de atuação. Em algumas instituições públicas o aluno já pode concluir o curso com essa especialização. Mas também há a opção de fazer, após a formação, cursos mais específicos na área escolhida.
De acordo com o Conselho Federal de Biomedicina, o biomédico formado pode trabalhar em nada menos que 31 habilitações! São elas:
– Acupuntura
– Análise Ambiental
– Análises Bromatológicas
– Auditoria
– Banco de Sangue
– Biologia Molecular
– Biomedicina Estética
– Bioquímica
– Citologia Oncótica
– Docência e Pesquisa
– Farmacologia
– Fisiologia do Esporte e da Prática do Exercício Físico
– Genética
– Gestão das Tecnologias de Saúde
– Hematologia
– Histotecnologia Clínica
– Imagenologia
– Imunologia
– Informática de Saúde
– Microbiologia
– Microbiologia dos Alimentos
– Monitoramento Neurofisiológico Transoperatório
– Parasitologia
– Patologia Clínica (Análises Clínicas)
– Perfusão Extracorpórea
– Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS)
– Radiologia
– Reprodução Humana
– Sanitarista
– Saúde Pública
– Toxicologia
Possibilidades de carreira
Como vimos, existem muitas possibilidades de áreas de atuação para o biomédico. As novas tecnologias e descobertas estão sempre alimentando o mercado e criando possibilidades. A pandemia também foi outro fator que alavancou e tornou ainda mais necessária a presença desse profissional. O trabalho em conjunto com outros profissionais para produzir vacinas e kits de diagnóstico ocorreu em tempo recorde.
Mas existem muitas outras possibilidades de carreira além das pesquisas em laboratório. Como vimos no tópico anterior, o biomédico pode atuar na saúde animal, na estética ou na imagenologia, por exemplo. Também é comum encontrá-los em clínicas que oferecem laudos de exames de imagem e de laboratório.
Para aqueles que optarem pela carreira de servidor público, existem muitos concursos na área. A principal vantagem é a estabilidade financeira. Nesse caso, pode atuar em laboratórios de pesquisa, secretarias de saúde, hospitais, universidades, centros de saúde e epidemiologia e vigilância sanitária.
No setor privado, as opções também são variadas. Alguma delas são indústrias biológicas, laboratórios de análises clínicas, clínicas de reprodução humana, indústria de alimentos e bioderivados.
Existe ainda uma terceira possibilidade, menos incomum do que se imagina. Muitos pesquisadores e profissionais de destaque são convidados para atuar no exterior. Nesse caso, é necessário ter domínio de alguma língua estrangeira – geralmente o inglês.
Remuneração média
Não existe um piso unificado para a profissão. Os pisos, médias e tetos geralmente são fixados em convenções e acordos coletivos de cada sindicado. Vale a pena procurar o da sua região para saber valores mais exatos, mas aqui vamos apresentar algumas médias.
Segundo o salario.com.br, a média de valor é R$ 2.706,31, com faixa salarial variando entre R$ 2.470,02 e R$ 2.500,00 e o teto salarial de R$ 5.145,98. Esses valores mudam de acordo com o estado, o porte da empresa, o cargo e o nível do profissional.
Essas são as cidades onde a pesquisa apontou os maiores salários do país:
Belém (PA) – R$ 8.271,14 (R$ 41,90 / hora)
Brasília (DF) – R$ 3.786,99 (R$ 18,66 / hora)
São Paulo (SP) – R$ 3.356,92 (R$ 16,89 / hora)
Guarulhos (SP) – R$ 3.090,77 (R$ 15,86 / hora)
Rio de Janeiro (RJ) – R$ 3.053,40 (R$ 15,60 / hora)
Já quando os requisitos são porte da empresa e nível do profissional, essa é a média de valores:
Microempresa – R$ 2.576,94 (Junior) / R$ 2.750,55 (Pleno) / R$ 3.051,71 (Sênior)
Pequenas – R$ 2.872,57 (Junior) / R$ 3.046,18 (Pleno) / R$ 3.347,34 (Sênior)
Médias – R$ 2.691,47 (Junior) / R$ 2.865,08 (Pleno) / R$ 3.166,24 (Sênior)
Grandes Empresas – R$ 3.107,27 (Junior) / R$ 3.280,89 (Pleno) / R$ 3.582,04 (Sênior)
Dia a dia da profissão
Para saber um pouco mais sobre a rotina da profissão, nada melhor do que falar com quem está em campo todos os dias. Cecília Benazzato é Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Ela nos explicou um pouco sobre a rotina da profissão.
Cecília começou explicando que todas as habilitações possíveis para o biomédico podem se “encaixar” e dois caminhos: mercado ou pesquisa. Para quem opta pelo mercado de trabalho, a rotina geralmente é de plantões e trabalhos por turno. Isso porque, mesmo para análises de laboratórios, existem tempos e protocolos que devem ser obedecidos à risca. Para quem se direciona à pesquisa, a dedicação também é essencial. “Trabalhando com células ou com a animais, eles precisam de atenção e dedicação para que os resultados deem certo”, explicou Cecília.
Ser biomédico é um ato de amor ao próximo
Ela também ressaltou que, assim como na medicina, o caminho do biomédico muitas vezes é de doação. Ou seja, esse profissional dedica muito da sua vida para cuidar de outras pessoas. Além disso, ele precisa ser o ponto de apoio da tecnologia, pois apesar dos avanços, as máquinas não podem fazer nada por si mesmas. Ela explicou: “Se você está no meio de um exame laboratorial e percebe que a máquina está dando alguma variação, você precisa checar as possibilidades e apresentar uma solução – muitas vezes feita ‘na mão’. Ou seja, precisamos ser o gabarito da máquina, ela não faz nada sozinha”. Em outras palavras, é preciso que os resultados da máquina e do biomédico estejam iguais – o que difere o biomédico de outro profissional, o técnico de laboratório.
Outro fator importante que a doutora ressaltou é sobre a responsabilidade do biomédico. Na sua rotina é comum apresentar laudos e ele precisa se certificar de que todos estão corretos. “A partir do momento que seu carimbo e sua assinatura estão em um lado, você se torna responsável por ele. Em muitos casos de erros o profissional pode, inclusive, responder criminalmente caso ocorra algum erro”, apontou Cecília.
Para finalizar, ela falou um pouco sobre a parceria médico – biomédico. “O biomédico é o profissional que está nas sombras, dando apoio e suporte ao médico para tratar o paciente da melhor forma possível. O trabalho de um jamais seria possível sem o do outro, estão sempre de mãos dadas”, ressaltou ela.
Agora que você já sabe tudo sobre biomedicina, está preparado para encarar esse desafio? Se preferir, veja também um pouco mais sobre o curso de Farmácia.