InícioGraduaçãoO que analisar na estrutura de uma faculdade?

O que analisar na estrutura de uma faculdade?

Nem sempre quando falamos de estrutura, restringimos essa pauta ao espaço. Na verdade, estrutura, segundo o Oxford Langueges, diz respeito a organização, disposição e ordem dos elementos essenciais que compõem um corpo (concreto ou abstrato) e também, aquilo que dá sustentação a alguma coisa. Assim, levantamos o seguinte questionamento: você sabe o que analisar na estrutura de uma faculdade?

Sabemos que para você, querido leitor e/ou estudante, é super importante analisar pautas como essa. Por isso, criamos esse artigo; que trará esclarecimento sobre o que engloba de fato a estrutura de uma faculdade, mostrando que vai muito além do espaço físico.

Estrutura Espacial

Iniciaremos com o aspecto mais evidente: o espaço físico. Este, por sua vez, é muito importante em diversos aspectos, mas, geralmente, trazem conforto, mobilidade e estímulo ao estudante.

A estrutura espacial é, de certa forma, um dos fatores decisivos para a escolha de uma faculdade. Essa, seja pública ou privada, nos conta de forma palpável, o que a instituição de ensino está fazendo com o nosso dinheiro em prol dos estudantes.

Ainda, a estrutura espacial é avaliada pelo MEC. Portanto, deve-se ficar atento em relação à nota da avaliação – e os seus critérios, que dizem respeito ao espaço.

A seguir, iremos destrinchar cada âmbito da questão espacial em uma instituição de ensino. Confira abaixo.

Ambientes de estudo

A princípio, deve-se pontuar que o ambiente de estudo vai muito além da tradicional sala de aula. Quando se trata da estrutura de uma faculdade, ele incorpora as salas de projeto, os espaços sociais, laboratórios e bibliotecas.

Neste contexto, cada ambiente deve funcionar apropriadamente. Desse modo, é importante considerar, por exemplo, se na sala de aula as carteiras estão em bom estado, se está equipada com aparelhos eletrônicos, projetor e uma lousa funcional.

Ainda, os ambientes coletivos nos quais os estudantes socializam, são tão importantes quanto as salas. Em uma instituição, é fundamental propiciar espaços coletivos que tenham mesas, cadeiras ou estofados para que os estudantes discutam sobre temáticas que permeiam os estudos – ou não. Todavia, sociabilidade é uma forma de construir pontes e por consequência, conhecimento.

Também, os laboratórios (de todas as áreas) e a biblioteca, devem ter funcionalidade. Ou seja, é importante ter uma equipe que faça esse espaço funcionar. Nos laboratórios, sejam da área da saúde ou não, tem de ter uma equipe garanta o bom funcionamento dos equipamentos e o seu uso. E, na biblioteca, tem de se ter um sistema organizacional com o catálogo do que está disposto para locar, o que tem de ser devolvido, se os livros estão em bom estado, e assim por diante.

Finalmente, nota-se que tem de haver investimento no ambiente de estudo. Se, por ventura, a instituição desdenha destes espaços, possivelmente desdenhará também das necessidades individuais dos alunos. Fique atento!

Acesso

Depois, mas não menos importante, precisamos falar de acesso. Essa pauta conversa com diversas outras, que ao observar por um aspecto macro, pode ser bastante problemática, pois envolve políticas relacionadas à mobilidade e acesso.

Neste contexto, o ideal é que as instituições de ensino possuam acesso democrático. E, quando se trata de acesso democrático, é que o espaço de ensino esteja localizado próximo de uma estação de metrô, trem e pontos de ônibus.

Ainda, que a instituição esteja atenta a periculosidade do local. É claro que, a longo prazo, as dinâmicas sociais e de violência, por exemplo, se modificam. Desse modo, ao depender do contexto em que se encontra a região onde a faculdade está inserida, é importantíssimo que a faculdade tenha um reforço de segurança nos seus arredores. Mesmo que seja necessária a contratação de um serviço de segurança terceirizado.

Outro ponto importante é a existência de repúblicas ou moradias de baixo custo. Muitos estudantes têm de se deslocar excessivamente para estudar. E, muitas vezes, por morarem tão distante da faculdade, chegam a perder o horário da última condução, tornando assim, inviável as idas e vindas à faculdade.

Desse modo, é interessante que exista a possibilidade de moradia na região. Mas, é claro, a um preço acessível para um universitário.

Inclusão e acessibilidade

Neste tópico, daremos atenção especialmente às pessoas com deficiência (PCD). Perceba que no título do tópico, fala sobre inclusão e acessibilidade, ou seja, são itens distintos.

A inclusão, por sua vez, diz respeito a incluir pessoas com deficiência no ensino superior. Mas, isso só é possível quando o ensino é também inclusivo. Em suma, é fundamental que o corpo docente esteja preparado para atender as demandas de uma PCD.

Neste contexto, veja o que o MEC diz sobre acessibilidade:

“Desde 2016, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) afirma, em seu Art. 27, que a educação é um direito da pessoa com deficiência e que o sistema educacional deve ser inclusivo em todos os níveis. Todavia, no aspecto prático, não é isso que ocorre. Assim, uma das requisições do MEC para o credenciamento, recredenciamento, autorização, reconhecimento e renovação de cursos superiores é a acessibilidade. Segundo a Portaria Nº 20, as universidades precisam estar acessíveis seguindo a legislação em vigor para poderem oferecer seus cursos.”

Ainda, tratando da acessibilidade, essa engloba todos os âmbitos de qualquer deficiência. Sendo assim, deve haver um planejamento desde o espaço físico, de comunicação e no setor pedagógico. Para, por fim, adequar-se as demandas físicas, visuais, auditivas e cognitivas de qualquer pessoa.

Comunicação

A comunicação é a principal ferramenta do desenvolvimento humano. Somos animais sociais e comunicativos, que constroem e articulam suas vidas em torno de uma pergunta e/ou resposta.

Neste contexto, a comunicação deve ser priorizada no ambiente universitário. Todavia, ela deve acontecer efetivamente desde a relação entre docente e aluno, até o acesso à reitoria e aos outros canais, como o financeiro e o de recursos humanos.

Ainda, a faculdade deve investir em bons – e acessíveis – canais de comunicação. Desse modo, quando se emprega o termo “bom”, nos referimos à funcionalidade e a escuta, para, independente da dúvida ou problema, a faculdade resolva de forma prática, atenta e resolutiva.

Assim, quando se fala da estrutura de uma faculdade, devemos pensar para fora da caixinha. E, observar a estrutura na totalidade, como cada um dos pilares que sustenta um edifício, por exemplo. Sem um destes pilares, talvez o funcionamento geral seja falho.

Por fim, o conselho é que analise o que é oferecido pela instituição. Se corresponde aos critérios do MEC e é claro, as suas necessidades.

Leia também: Como criar um ambiente de estudo para manter o foco?

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