Lifelong learning. “Aprendizado ao longo da vida”, traduzido livremente para o português. Sabe o que significa? A aprendizagem não tem hora, nem data e nem local para acabar. O esquema: ensino fundamental, ensino médio, ensino superior e pós-graduação ficou no passado. Então, se você está planificando sua carreira, pense bem e leve em conta o fato de ser um eterno aprendiz.
O acelerado avanço tecnológico no qual vivemos obriga que estudantes e profissionais estejam em constante formação. A aprendizagem ultrapassou os muros de uma escola ou universidade. Como resultado, se você quiser investir em lifelong learning, precisará direcionar esforços, periodicamente, em cursos de aperfeiçoamento para se manter up to day. Até mesmo porque o mindset do lifelong learning já é considerando um diferencial competitivo na hora de disputar uma vaga de emprego no acirrado mundo do trabalho.
O que você verá neste artigo:
Novas habilidades
Quer estar atualizado? Crie a habilidade de antecipar, acompanhar e corresponder às transformações sociais e do mercado. Dessa forma, você ainda estará desenvolvendo as chamadas skills comportamentais que alavancarão sua trajetória profissional. Assim, adotar uma postura lifelong learning significa se reinventar constantemente, ou melhor, diariamente.
Como surgiu o lifelong learning?
A noção de lifelong learning surgiu nos anos 1970 na Europa. Mas só ganhou força na década de 1990. Assim, a educação passou a ser compreendida como um processo perene independentemente da idade e nível social. Hoje, com o advento do ensino e-learning, essa mentalidade ganhou ainda mais força. Dessa forma, o estudante ou o profissional não precisam mais estar em uma sala de aula para adquirir conhecimento: cursos online e de curta duração o ajudam a complementar a aprendizagem numa postura lifelong learning.
Quatro pilares do lifelong learning
Aprender a conhecer – Conhecer um conteúdo pressupõe construir e reconstruir conhecimento. Assim, construa um processo de aprendizagem com prazer, curiosidade, atenção, autonomia e dominando diferentes linguagens.
Aprender a fazer – Com as rápidas mudanças, é preciso estar preparado para enfrentar novos desafios. Definitivamente, é necessário trabalhar em equipe e desenvolver habilidades interpessoais no ambiente de trabalho como iniciativa, intuição, comunicação, resolução de conflitos e estabilidade emocional.
Aprender a conviver – Desenvolver a capacidade da empatia e de gerenciar conflitos. Acima de tudo, esteja disposto a participar de projetos em comum, cooperar e somar em uma equipe.
Aprender a ser – A educação deve visar a formação integral do ser humano, de modo que o profissional tenha mais autonomia, discernimento e responsabilidade.
Assista sobre a importância do lifelong learning com o filósofo Leandro Karnal
Você é um lifelong leaner?
Não sabe? Descubra. Não desperdice mais tempo. Leia estas cinco característica apontadas pelo consultor Wagner Cassimiro. Questione-se. Reflita. Analise. E, depois, construa seu projeto de lifelong learning.
Faça-se as perguntas
1- Tenho uma mentalidade de crescimento?
Carol Dweck aponta que nossas crenças influenciam nossas capacidades. Assim, se você acredita que suas habilidades são natas e fixas, terá uma predisposição a se manter em uma zona de conforto e a evitar desafios. Por outro lado, se acredita que suas habilidades são mutáveis e que pode desenvolvê-las, terá uma predisposição a se esforçar mais em trabalhá-las melhor, buscando novos desafios e o domínio. Na mentalidade de crescimento, as avaliações são vistas como um feedback positivo que ajudam a direcionar sua energia, assim como a persistência em avançar é algo permanente.
2- Minha mente é aberta?
As pessoas têm um viés natural a buscar semelhanças no próximo e a se relacionar com quem pensa da mesma forma. Enfim, chegamos até a criar bolhas de relacionamento. Ter uma mente aberta não é ser refratário ao diferente. Pelo contrário, é valorizar as diferenças buscando compreendê-las de forma respeitosa e extrair delas o máximo de valor. Dessa forma, por meio de sinergias, de complementaridades ou mesmo de pontos de vista distintos. Mais do que globalização, vive-se um momento de reconhecimento das diversidades e inclusão de minorias. Logo, sair de posições sólidas cunhadas pela tradição é um fator não apenas de convivência, mas de inovação.
3- Tenho curiosidade intelectual?
Saciar a fome ou a sede em aprender causa satisfação nas pessoas que tem curiosidade intelectual. Pode até parecer um paradoxo, mas quanto mais a pessoa se alimenta, mais a fome aumenta. Em suma, porque quanto mais descobrimos, mais o campo do conhecimento se expande e se torna complexo. Deste modo, criamos um círculo virtuoso na busca do saber que é infinito. Como vivemos na era da abundância, na qual o conhecimento farto está em todo o lugar, mais do que ensinarmos o que uma pessoa precisa aprender, precisamos ensiná-la a como buscar suas respostas e a julgar a qualidade das informações e das conexões.
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4- Tenho humildade intelectual?
Pode ser definida como a média sábia entre o extremo da arrogância de quem acha que sabe tudo, e o outro extremo da baixa autoestima de quem acha que não sabe nada. Reconhecer suas limitações, lacunas e deficiências é poder construir uma visão mais apurada de si que contribuirá tanto para o autoconhecimento quanto para o direcionamento de seus esforços e a aprendizagem por meio das interações. Enfim, o mesmo vale para suas fortalezas, que poderão ser exploradas, aprimoradas e reconhecidas sem ferir o ego de nenhuma outra pessoa.
Só mais uma!
5- Sou protagonista da minha aprendizagem?
Neste aspecto, foram reunidas diversas capacidades que envolvem a autoavaliação, o autodirecionamento na aprendizagem, o autodidatismo, entre outros. Em síntese, retirou-se o controle da escola ou da empresa na definição do “que” e do “como” aprender. Dessa forma, a responsabilidade foi transferida para as pessoas. Portanto, a alinhar a motivação e a personalização da aprendizagem. Este ator ativo e responsável precisa cultivar hábitos positivos de dedicação no seu desenvolvimento.
Por fim, desenvolver a disciplina de concluir suas iniciativas. É preciso explorar não somente os métodos tradicionais e formais, como livros e cursos. É preciso, ainda, extrair o máximo de suas relações sociais, cultivando relacionamentos de compartilhamento de conhecimento, e de suas experiências, saindo da rotina e se permitindo a novos desafios.
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