A Arquitetura foi um dos cursos que mais criou ramificações ao longo dos anos. Com as exigências e demandas do mercado sendo cada vez mais específicas, os profissionais da área começaram a se especializar em determinados campos, criando conhecimentos específicos.
Por isso, vamos mostrar um pouco da história da Arquitetura para entender essas ramificações e as principais diferenças entre duas delas: Arquitetura e Urbanismo e Arquitetura de Interiores.
O que você verá neste artigo:
O que é a Arquitetura?
A Arquitetura é uma área do conhecimento humano muitas vezes confundida com a Engenharia. Apesar das duas andarem muitas vezes lado a lado, tem funções distintas.
Enquanto os engenheiros se preocupam mais com a construção em si, os arquitetos surgem para atender outro tipo de demanda, que é a adequação de um ambiente à determinados fatores – seja esse ambiente externo ou interno.
Sendo assim, os estilos e desejos das pessoas que vão habitar ou frequentar aquele ambiente são as diretrizes para torná-lo mais confortável e adequado, visando sua saúde e bem-estar.
A Arquitetura, portanto, vem caminhando com a humanidade, conforme ela cria necessidades e demandas sociais. Como o abastecimento de água e a comunicação entre as cidades. Assim, para cada um desses avanços foi preciso criar uma solução arquitetônica que possibilitasse essa evolução e auxiliasse o homem a viver com mais conforto, dentro e fora dos ambientes fechados.
Para isso, o arquiteto leva em consideração tanto aspectos estéticos como psicológicos, visando construir um espaço que melhore as condições de vida e/ou trabalho das pessoas que o ocupam.
Além disso, a arquitetura também tem grande importância histórica e cultural, construindo símbolos e identidades de um período histórico, movimento artístico ou localização geográfica.
Afinal, o que faz então um arquiteto?
O arquiteto será o profissional responsável por definir, na planta, quais os tipos de materiais mais adequados a um projeto e qual peso esse projeto terá na totalidade de forma financeira, econômica e ambiental na vida do cliente.
Devido a todos esses fatores, tanto o profissional de Arquitetura e Urbanismo quanto o profissional de Arquitetura de Interiores precisam ter bastante “jogo de cintura”. Além de ser atento aos detalhes, eles precisam saber lidar tanto com o cliente quanto com a equipe que executa seu projeto. Estando sempre atentos a dúvidas que possam surgir e a como solucionar possíveis problemas.
Um mesmo projeto pode demorar anos para ser executado e é normal que mudanças ocorram no meio do caminho, o que vai exigir bastante comprometimento, proatividade, dinamismo e bom relacionamento interpessoal. Conhecer todas as etapas de execução de um projeto também é de suma importância.
Dentro desse projeto estão incluídos os espaços internos e externos, assim como prédios, pontes, espaços abertos como praças e parques. Isso tudo seguindo um mesmo plano estético que seja funcional e confortável ao usuário.
Sendo assim, é exatamente no meio para o qual o projeto foi pensado – externo ou interno – que reside a maior diferença entre o arquiteto urbanista e o arquiteto de interiores. Mas as diferenças não se resumem somente a isso e é nesse assunto que vamos nos aprofundar ainda mais agora.
Como atua um arquiteto urbanista e como atua um arquiteto de interiores?
O arquiteto urbanista é o profissional responsável por projetar, do planejamento à execução, espaços urbanos e suas construções. Para isso, deve considerar aspectos históricos, culturais, de estética e de bom funcionamento para todas as pessoas que vão usufruir dele, incluindo possíveis impactos sobre o meio ambiente.
Mais do que se preocupar apenas com os espaços físicos, o arquiteto urbanista deve se atentar em contemplar no seu projeto como esses espaços vão se integrar à vida cotidiana e social das pessoas que passam por ele, melhorando sua qualidade de vida.
Por isso, aspectos como sustentabilidade, mobilidade urbana e utilização apropriada e inteligente de espaços públicos e privados são muito importantes no momento de pensar e executar um projeto.
Já o arquiteto de interiores tem uma preocupação mais “restrita” a um determinado ambiente e a como as pessoas vão interagir com ele. Se atentando a fatores como funcionalidade e organização.
Muito mais que um “simples decorador”, esse profissional tem a função de tornar a parte interna de um ambiente um local sustentável e agradável para aqueles que o habitam, para se sentirem confortáveis em interagir e passar tempo ali.
Comparativamente, é como se o urbanista tivesse uma visão macro enquanto o arquiteto de interiores possui uma visão micro.
Um arquiteto na prática
Antes de tudo, o trabalho de um arquiteto de interiores vai muito além da estética (como ficou perpetuada a imagem transmitida pela maioria dos reality shows exibidos na TV sobre o tema). Ele também avalia a função de cada objeto e material em um espaço, tendo em vista seu uso, praticidade e durabilidade na rotina e ao longo do tempo.
Sendo assim, uma simples decoração pode se tornar um grande problema se a sua manutenção for difícil. Deve existir a preocupação de como aquele espaço funciona para que o projeto possa ser o mais adequado possível.
Além disso, pense que a maioria das pessoas passa parte significativa do seu dia em ambientes fechados. Tornar esses locais agradáveis, funcionais e saudáveis torna a experiência muito menos cansativa e desestimulante.
Um bom projeto de arquitetura de interiores possibilita um ambiente de trabalho mais agradável, que não canse os olhos com cores agressivas ou objetos que poluem demais o ambiente. Assim como um mobiliário próprio para o local e que não atrapalhe o fluxo de pessoas. Esses são apenas dois exemplos de como esse profissional é importante.
O mercado de trabalho
O mercado de trabalho oferece oportunidades de atuação bem variadas para estes profissionais.
Para o arquiteto urbanista, isso significa que suas atribuições vão muito além do projeto de áreas urbanas e passam também pelo gerenciamento de obras, reabilitação e reforma urbana, de paisagens e de patrimônios culturais, históricos e artísticos.
Vale ressaltar que todas essas áreas de atuação podem ocorrer tanto por intermédio de órgãos públicos quanto por escritórios particulares de arquitetura.
Enquanto isso, o arquiteto de interiores tem sido cada vez mais requisitado. Visto que as pessoas passam cada vez mais horas do seu dia em espaços fechados, o que demanda que esses espaços estejam muito bem adaptados às suas necessidades.
Ele pode, basicamente, atuar em qualquer área em que seja necessário um planejamento de espaço fechado: comércios varejistas, empresas de construção civil, escritórios de arquitetura, administradoras de obras, empresas de fabricação de móveis. Essas são apenas algumas das possibilidades.
Segundo o site www.salario.com.br a profissão teve um aumento de 87,1% em contratações com carteira assinada no período de maio de 2020 a abril de 2021.
Para saber mais sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo, visite nosso guia completo:
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo: tudo que precisa saber