InícioDicasFormação acadêmica7 faculdades para quem deseja ser cientista

7 faculdades para quem deseja ser cientista

Aos 26 anos, em 1893, Marie Curie, uma das cientistas mais importantes da história, concluiu a sua primeira graduação, em Física, na Universidade de Sorbonne (França). No ano seguinte, formou-se também o curso de Matemática. Aliás, Física e Matemática são justamente algumas das faculdades indicadas para quem deseja trabalhar com ciências no Brasil, mas não as únicas. Por isso, neste texto, vamos apresentar algumas delas para quem deseja ser cientista.

Em primeiro lugar, vamos entender o que faz um cientista e conhecer as áreas da ciência. Em segundo lugar, conheceremos as 7 faculdades para quem quer ser um cientista. Por fim, vamos saber alguns dos lugares onde trabalham os cientistas, além de refletir sobre as desigualdades de gênero e raça na ciência. 

O que faz um cientista?

Cientista é, basicamente, uma profissão que exige estudo e dedicação no campo da ciência. Consequentemente, um profissional que obedece aos princípios da ciência no desenvolvimento de pesquisas

Diferentemente de outras áreas, o tempo de formação do cientista é demorado. Estamos falando de profissionais que passam por um longo processo de formação, que vai da graduação ao pós-doutorado, o que leva em média 10 anos. 

Em entrevista ao Jornal da USP, e diante das dificuldades em se obter sucesso como cientista no Brasil, o professor Paulo Nussenzveig deu algumas orientações para quem deseja seguir na ciência.

Segundo ele, por exemplo, a liderança de uma cientista mais experiente é fundamental. “Eles indicam as rotas mais precisas para obter sucesso na área de pesquisa”, disse.

Perfil dos cientistas no Brasil

Outra informação relevante, acima de tudo, para quem deseja atuar como pesquisador é ter acesso aos dados que retratam o perfil dos cientistas.

No Brasil, uma importante pesquisa ajudou a entender um pouco mais desse cenário.  Tratam-se de dados da Open Box da Ciência.

Para se ter uma ideia, existem, no Brasil, ao menos 77,8 mil pesquisadores com doutorado. Entre eles, 46.501 (59,69% são) homens, enquanto 31.394 (40,3%) são mulheres.  Concluímos, assim, que ainda é grande a disparidade entre homens e mulheres na ciência.

Mas não foi apenas isso que a pesquisa concluiu. Outra análise diz respeito ao perfil das professoras e pesquisadoras mapeadas: acima de 40 anos e brancas.

Ou seja, a questão de gênero também é interseccionada pelo racismo estrutural que, infelizmente, ainda traz um impacto negativo para a produção científica em nosso país.

Quais as áreas da ciência?

Para escolher uma carreira científica entre tantas as faculdades existentes, é fundamental, acima de tudo, conhecer também as áreas do conhecimento.  Trocando em miúdos, é preciso pisar no terreno antes de escolher qual semente plantar.

Enquanto as ciências exatas e da terra resolvem problemas por meio de cálculos físico-matemáticos, as ciência humanas e sociais estudam os fenômenos humanos e problemas sociais e as ciências biológicas, de modo genérico, estudam as formas de vida. Por fim, as Engenharias tratam de utilizar os recursos materiais e naturais para melhorar o modo como vivemos. 

Aliás, na atualidade, a ciência da computação, inclusive os cientistas de dados, está entre as áreas da ciências exatas que mais se destacam. Consequentemente, tem sido muito procurada por estudantes da graduação.

Listamos abaixo o índice geral das grandes áreas e sub áreas do conhecimento. Elas compõem a Tabela das Áreas de Conhecimento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Pesquisas em laboratório

Para quem deseja desenvolver pesquisas em laboratório, é preciso entender melhor as circunstância em que essas pesquisas ocorrem. 

Abaixo, é possível conhecer algumas linhas de pesquisa de diversos programas de pós-graduação brasileiros:

  • Microbiologia
  • Imunologia
  • Parasitologia
  • Biofísica
  • Virologia
  • Biotecnologia Médica
  • Cosmologia
  • Física Atômica e Molecular
  • Microscopia Eletrônica
  • Modelagem Molecular
  • Nanociência e Nanotecnologia
  • Gravitação
  • Mineralogia
  • Ensaios geotécnicos e geoambientais.

Estamos falando, portanto, de linhas de pesquisa direcionadas para graduados das áreas de Biologia, Biomedicina, Medicina, Física, Matemática, Geologia e Engenharia. 

Ou seja, podemos dizer que essas são justamente as 7 faculdades mais indicadas para quem quer ser cientista no Brasil. Então, para quem deseja seguir nessa carreira, a primeira dica é conhecer os programas dos cursos.

Machismo na ciência

Segundo dados da Fundação L’Oréal, o número de mulheres na ciência aumentou 12% entre 1998 e 2018, mas a desigualdade de gênero ainda é grande.

Diante dos preconceitos inerentes a uma sociedade patriarcal,  podemos concluir que a garantia da presença de mulheres na ciência é, portanto, um grande desafio. Consequentemente, algo que exige esforço conjunto para superação.

Pensando nisso, separamos dois programas que estão se dedicando a encorajar jovens cientistas mulheres no Brasil.

O primeiro deles é o “Para Mulheres na Ciência” (For Women in Science), um programa internacional com 23 anos de existência.

Em 2021, inclusive, em uma parceria entre a L’Oréal, a Unesco e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o programa pretende premiar 7 pesquisadoras brasileiras.

Um dos diferenciais desse programa são os critérios de elegibilidade que, acima de tudo, respeitam as questões afeitas à maternidade. 

Para se ter uma ideia, quanto maior o número de filhos que uma candidata tiver, mais longo é o tempo de doutoramento. Por exemplo: enquanto uma mulher com um filho precisa ter se formado após janeiro de 2014, outra com dois ou mais filhos pode ter se doutorado após janeiro de 2012.

As premiadas receberão um incentivo financeiro por 12 meses e as áreas a serem contempladas foram separadas da seguinte forma: 4 pesquisadoras da área de Ciências da Vida, 1 da Física, 1 da Matemática e 1 da Química.

Jovens cientistas

Em segundo lugar, o programa Mulheres na Ciência (Women in Science), do British Council, ofereceu uma série de incentivos para jovens cientistas entre 2018 e 2020.

O objetivo, portanto, foi incentivar que mais meninas ingressassem  nas chamadas carreiras STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática)

Atualmente, inclusive, o programa criou uma publicação para ajudar professoras e professores da Educação Básica nessa tarefa. 

Trata-se da publicação Meninas na Escola, Mulheres na Ciência – Ferramentas para Professores da Educação Básica que pode ser acessada em pdf. 

Onde trabalhar?

Por fim, para quem tem dúvidas sobre qual faculdade ingressar para se tornar cientista, outra boa sugestão é conhecer os principais institutos de pesquisa brasileiros. 

Ter acesso ao ambiente e aos profissionais que desenvolvem pesquisas e conhecendo de perto o seu trabalho ajuda a tomar uma decisão mais realista. Enfim, aumenta, em muito, as chances de uma boa escolha.

Em suma, estamos falando da importância de se estudar bem as diversas áreas de atuação do cientista para saber qual faculdade se encaixa mais nos seu perfil e anseios pessoais.

Confira as principais instituições de pesquisa instaladas no estado de São Paulo:

Ciências Agrárias

Ciências Biológicas

 Ciências Exatas e da Terra

 Ciências Humanas

Ciências da Saúde

 Ciências Sociais Aplicadas

 Engenharias

Quer saber mais sobre faculdades na área de ciências? Clique aqui e saiba tudo sobre ciência de dados.

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 4.3 / 5. Número de votos: 6

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.