O coeficiente de rendimento acadêmico é calculado com base no histórico escolar dos estudantes e serve como mérito para o recebimento de bolsas universitárias e intercâmbios.
Muitos estudantes ingressam na faculdade sem saber qual é a verdadeira importância do índice de rendimento acadêmico, que também pode ser chamado de coeficiente de rendimento acadêmico (CRA). Este número é obtido através do cálculo da média ponderada das notas obtidas pelo estudante durante a finalização das disciplinas cursadas (em período ou semestre).
O que você verá neste artigo:
Como calcular o CRA?
Saber como funciona o índice de rendimento acadêmico é muito importante para entender qual é a fórmula padrão que mede o rendimento dos estudantes nas universidades. Para visualizar como o cálculo do CRA é feito, acompanhe o exemplo a seguir:
Disciplina X (4 créditos): nota do estudante – 8,0
Disciplina Y (2 créditos): nota do estudante – 10,0
Disciplina Z (6 créditos): nota do estudante – 5,0
Rendimento acadêmico = (4×8,0)+(2×10)+(6×5,0) ÷ 4+2+6
CRA = 32+20+30 ÷ 12
CRA = 6,8
O resultado demonstrado acima corresponde, supostamente, a apenas um semestre ou período. Para saber qual é o coeficiente de rendimento acadêmico total, basta somar o resultado de todos os períodos ou semestres. Agora que você já conhece o procedimento, é preciso compreender porquê é tão importante manter o foco em bons números.
Para que serve?
Conforme mencionado anteriormente, muitas instituições de fomento e financiamento de pesquisa acadêmica utilizam o coeficiente de rendimento acadêmico para avaliar o mérito dos estudantes na hora de: 1) pleitear bolsas; 2) oportunidades de intercâmbio; 3) ingresso na pós graduação. A seguir, focaremos em cada uma dessas modalidades.
1. Bolsas acadêmicas
Evidentemente, um bom rendimento acadêmico é ideal, independente de qual for o seu objetivo. No entanto, caso você vise pleitear bolsa, seu coeficiente serve como um bom indicativo de mérito. Atualmente, os investimentos financeiros podem ser adquiridos via Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); ou até mesmo por instituições ligadas aos governos estaduais, como é o caso da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por exemplo.
Embora as instituições acima citadas não exijam o índice de rendimento como critério seletivo, é importante frisar que bons orientadores tendem a ser mais exigentes quanto ao desempenho dos estudantes. Nesse sentido, se o seu interesse é iniciar um trabalho de iniciação científica, será preciso comunicar essa escolha para um docente de sua universidade. Geralmente, os estudantes bem colocados nos rankings estão vinculados à pesquisas orientadas por docentes experientes e com alto número de produções científicas.
Outra situação em que um bom coeficiente de rendimento acadêmico pode ser útil diz respeito ao abatimento dos valores de matrícula. Muitas faculdades possuem programas próprios de valorização dos estudantes mais esforçados. Se você se encaixa nesse perfil, pode conseguir descontos nas mensalidades ou até mesmo uma bolsa integral. Tudo vai depender das políticas internas da sua instituição de formação.
2. Intercâmbio
As bolsas de estudo para intercâmbio são excelentes opções para quem garante boas notas na faculdade. Normalmente, as universidades fora do Brasil possuem um alto índice de competitividade em seus processos seletivos. Isso não porque elas sejam necessariamente superiores às universidades brasileiras, mas porque tendem a receber estudantes de diversas regiões do mundo.
Sabendo disso, você precisa ter em mente que um bom coeficiente de rendimento acadêmico conta como mais um ponto a seu favor perante os colegas concorrentes. Leve em consideração que, em muitos casos, tirar boas notas é apenas o requisito mínimo a ser atendido.
Se você, por alguma razão pessoal, acredita que não desempenhou bem o suficiente até aqui, não se preocupe! Sempre há tempo para deixar esse histórico para trás e mudar o rumo da sua carreira acadêmica. Tenha objetivos em mente, estude e dê o seu melhor. O resultado será apenas uma consequência disso. Portanto, o desânimo não pode prejudicar seus sonhos.
3. Ingresso na pós-graduação
Se o seu objetivo profissional é ingressar em um programa de pós-graduação, comece desde já a empenhar-se nas disciplinas da graduação. Você se lembra que falamos anteriormente sobre a iniciação científica e as bolsas de estudo? Então, uma lógica semelhante se aplica neste caso específico. Isso não é uma regra geral e nem uma determinação, mas estudantes com bom rendimento acadêmico têm mais chances de ficarem bem colocados dentro dos processos seletivos de mestrado e doutorado.
Os alunos que adquirem experiência com pesquisa acadêmica durante a graduação não somente estão mais preparados para encarar uma pós, como também tendem a ganhar mais pontos por conta da produção acadêmica publicada (paper, apresentação em eventos etc.). Mas, para ter a chance de fazer uma iniciação científica, é preciso provar suas competências para os professores, não é mesmo? É por isso, portanto, que o coeficiente de rendimento acadêmico é tão importante.
Com você pode perceber, muitas vezes parece que ter um bom rendimento acadêmico não é tão determinante assim. Mas o fato é que boas notas sempre trarão vantagens a você. Independente dos objetivos, não empenhar-se na faculdade é visto com maus olhos pelos professores e pelas instituições. Afinal, quem não se compromete com os estudos, provavelmente não está 100% maduro para assumir outras responsabilidades.
Como ter um bom rendimento acadêmico?
Agora que você já conhece as vantagens, queremos te dar dicas que irão ajudar a melhorar seu desempenho na faculdade. Primeiramente, tenha objetivos e metas. Pense naquilo que você almeja enquanto profissional e trace um plano para obter isso. Ter referências e um ponto de chegada funcionará como motivação para que você se mantenha focado.
Em segundo lugar, estude! Mas lembre-se que estudar não é apenas ficar horas debruçado nos livros. Deve estar incluso nos seus hábitos de estudo os momentos de troca e de socialização. Entenda que o processo de construção de conhecimento não é uma jornada solitária. Você precisa ser ativo nas aulas, fazer perguntas, trazer questões e debater com seus colegas. Resumindo: seja ativamente participativo.
Por último, e não menos importante, não desanime! Não faça comparações com os outros colegas. Pense naquilo que é melhor para si. Seus sonhos não devem encaixar-se na projeção de nenhuma outra pessoa que não você mesmo e sua família. Preocupe-se menos em ser o melhor para os outros e foque nas superações pessoais. Isso porque quando o foco está em nós mesmos, evitamos o estresse da comparação. O sucesso não pode ser medido pela régua dos outros, e sim pelos seus próprios parâmetros. Essa é uma atitude de autopreservação e respeito individual.
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