InícioPós-graduaçãoGestãoQual a remuneração do profissional em Gestão Pública?

Qual a remuneração do profissional em Gestão Pública?

O termo ‘Gestão Pública’ aparece bastante quando vemos notícias sobre o uso do dinheiro público em determinadas situações. Assim, pavimentação de rodovias ou ruas, cuidado de postos de saúde, tratamentos contra enchente são algumas destas áreas de trabalho. Também associamos a gestão pública somente com o setor público, no qual são admitidos profissionais via concurso público.

Digamos que tudo isso é parte do universo da atuação do profissional de Gestão Pública, e por isso os salários variam muito, especialmente quando comparamos o serviço público com o privado e com organizações sociais. Vamos ver esses detalhes agora.

Salário do profissional de Gestão Pública

Vamos considerar uma média dos salários, visto que eles variam bastante. De acordo com o site salario.com.br, que faz um compilado com os rendimentos recebidos por profissionais de todo o país usando informações do governo, o salário médio é de R$ 5.018,68. O teto pode chegar a R$ 8.550,50 em São Paulo (SP), por exemplo, mas pode ser maior, dependendo do cargo.

Deve-se levar em consideração também o ramo de atuação. Os tecnólogos em Gestão Pública podem trabalhar em instituições de ensino, empresas de tecnologia da informação e no ensino superior, como professores. Na grande maioria das vezes, o profissional vai atuar no serviço público. Para isso, ele precisa ser aprovado em concurso público. As vagas podem exigir formação superior de forma geral ou, dependendo do cargo, para formações específicas. Vale ficar de olho na abertura dos certames para já se inscrever e começar a estudar desde já.

Como é o curso?

Por ser de nivel superior tecnológico, sua duração é mais curta, com até dois anos. Esta é uma vantagem para quem quer entrar logo no mercado de trabalho. Outra vantagem desta modalidade é formar profissionais especializados em determinada área. O curso de Gestão Pública é montado com disciplinas voltadas para a prática e o dia a dia, e sempre atualizado com o que acontece lá fora.

Assim, matérias como Gestão de Projetos, Administração Pública, Matemática Financeira e Contabilidade são algumas delas. Outras que entram na lista são Legislação, Licitação, Finanças Públicas e Gestão de Pessoas fazem parte da lista.

O serviço público

Vale fazer um parênteses para entender como a Gestão Pública é essencial para o bom andamento do serviço público. Seja nas esferas municipal, estadual ou federal, ou em secretarias como a da Educação ou Fazenda, recursos são necessários para que tudo funcione. Assim, o profissional de Gestão Pública trabalha na administração do dinheiro, que vem por meio dos tributos pagos pela população.

Para se fazer uma compra para a secretaria ou departamento, como suprimento de papéis toalha ou computadores, é necessário fazer um processo licitatório. Por isso essa matéria aparece no curso. Na licitação, o departamento faz um edital, que descreve o item que precisa, para quando precisa e até quanto pode pagar por ele. Esse edital é publicado, e as empresas se oferecem para conseguir levar o contrato. Há um prazo para isso, e ganha quem oferece o melhor custo-benefício.

Isso tudo é para não lesar os cofres públicos, já que estamos falando de recursos que vêm dos tributos, como falamos anteriormente. É onde o profissional de Gestão Pública entra: para elaborar o contrato e ajudar na escolha da empresa vencedora.

Mercado de trabalho da Gestão Pública

No setor público, que é o campo mais procurado, o profissional vai trabalhar na parte administrativa de praticamente qualquer secretaria, ministério, autarquia ou departamento. É ele, juntamente com uma equipe, que acompanha e coordena as receitas e despesas, as licitações, faz os contratos e as análises. Dependendo da área de atuação, ele também gerencia estoques, contrata fornecedores e acompanha a logística de entrega dos materiais.

Mas é importante lembrar que o gestor público não pode atuar em algumas áreas específicas dentro da repartição. Há cargos que devem ser ocupados por profissionais formados em Administração e Contabilidade. Por exemplo, um balanço contábil só pode ser assinado por um contador.

No setor privado

O gestor público pode perfeitamente trabalhar no setor privado. Seus conhecimentos são muito importantes em organizações sem fins lucrativos, por exemplo. Elas lidam com dinheiro que vêm de doações ou por convênios com entes estatais. Assim, o gestor saberá destinar os recursos para as respectivas áreas. O mesmo vale para empresas que prestam serviços a órgãos públicos, como construtoras, fornecedoras de matéria-prima ou prestadoras de serviços.

Partidos políticos têm muito a ganhar com a Gestão Pública. Ele poderá orientar a direção de partidos e candidatos sobre como utilizar melhor o dinheiro público. Até no planejamento de campanhas políticas em época de eleição o trabalho dele é importante. Assim, o candidato pode elaborar um projeto de governo sabendo como usar melhor os recursos públicos. O gestor pode ser, inclusive, o próprio candidato a algum cargo público.

Tem também o setor de ensino. O gestor público pode dar aulas em universidades, mas, para isso, precisa passar pelo mestrado. É o curso que habilita professores de nível superior. Ele escolhe uma área de estudo, desenvolve uma pesquisa e apresenta uma tese. Só depois disso, ele poderá lecionar em faculdades e universidades.

A importância da Gestão Pública

Este curso é recente nas universidades. Antes, quem fazia a gestão pública eram os formados em Administração. Isso ainda acontece, mas com o surgimento do curso tecnológico de Gestão Pública, ficou mais fácil o acesso aos cargos dentro do setor público (ou privado). Além disso, trouxe mais profissionalização para o setor.

Como a formação do gestor público é essencialmente voltada para o controle dos recursos, ele está, aos poucos, trazendo novidades e melhorias para secretarias, departamentos e ministérios. Claro, isso de forma gradual, porque no setor público as mudanças acontecem em um ritmo mais contido. Processos, novos equipamentos e técnicas precisam ser aprovadas pelos superiores, porque isso muda o ‘modus operandi’ do cargo exercido.

Mas isso não chega a ser um problema. É um desafio: afinal, a Gestão Pública veio para facilitar os processos, torná-los mais transparentes e eficazes no uso dos recursos públicos. É o que se chama de profissionalização do serviço público.

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