O Vade Mecum é, por sua vez, um livro que reúne todas as leis do país. Sendo assim, acompanha os profissionais do Direito da graduação até toda a sua carreira. Entenda o que é e quando é utilizado, assim como a sua importância, tipos e como escolher.
O que você verá neste artigo:
Vade Mecum: o que é?
Trata-se de um compilado de leis que são organizadas, em grupos, por especialistas. A tradução do termo vade mecum é “vai comigo” em Português. Isso porque esse livro acompanha o aluno da faculdade à carreira profissional.
O livro teve origem em meados de 2003 e 2004, e substituiu os códigos 2 em 1, 3 em 1 e 4 em 1, que aumentavam o número de leis a cada ano. E que, com isso, passaram a ser chamados de mini-códigos.
Principais características
Veja a seguir quais são as principais característica deste livro tão importante para quem atua na área de Direito:
- Súmulas de tribunais;
- Seleção de leis com objetivo;
- Índices das leis que estão no material;
- Remissões legais;
- Ferramentas para marcar o conteúdo.
Não se trata de um grupo aleatório de leis. Portanto, a organização é feita pelos temas mais buscados na área. Por fim, o Vade Mecum é encontrado tanto da forma física quanto digital. Mas, isso depende de quanto o aluno pode investir no momento.
Diferença entre as versões
Vade Mecum impresso
São admitidos na segunda fase da prova da OAB, isso quando não há nenhum tipo de anotação. Assim como em algumas etapas de concursos públicos. Mas, pesam em torno de 2,2kg, o que dificulta o transporte.
Com o uso do transporte público para se deslocar de casa, para o trabalho e, em seguida para a faculdade, por exemplo, o peso pode ser um complicador.
Versão Digital
Tem suas vantagens por conta da atualização, já que acompanha as mudanças das leis com frequência. Do mesmo modo, os custos de impressão, peso e formas de uso. Aliás, pode ser acessado pelo celular ou tablet, o que facilita e agiliza os estudos com o Vade Mecum.
Quais são os tipos de Vade Mecum?
Estes livros são compilados por projetos, ou seja, reúnem algumas leis específicas por tema. Isso porque não é possível reunir todas as leis vigentes no Brasil em um único volume. Então, as editoras juntam especialistas para organizar.
O tipo principal é o Geral ou Tradicional. Sendo assim classificado por conter as principais leis, códigos e súmulas mais usadas na prática do Direito. Da mesma forma, há versões resumidas e compactas desse livro para facilitar a rotina.
Já o segundo tipo de Vade Mecum reúne material específico, como o Direito Civil ou Penal, por exemplo. Assim, pode auxiliar na prova da OAB ou concurso que cobre esse conteúdo.
Modelos específicos de Vade Mecum
São diversos os modelos específicos, então, veja alguns exemplos dos temas abordados:
- Trabalhista;
- Tributário;
- Direito de família e Sucessões;
- Previdenciário;
- Licitações e Contratos, entre outros.
Esses livros, por sua vez, reúnem as principais normas, leis, súmulas e afins exclusivos dos temas tratados no volume. Portanto, é mais indicados para quem já atua na área.
Qual é a importância do Vade Mecum para o estudante de Direito?
O livro permite, então, que o aluno não tenha o trabalho de imprimir e estudar as leis de forma individual. Além da segurança em ter a mão todas as principais matérias usadas no curso. Um diferencial são as remissões, que aceleram o saber.
Um bom Vade Mecum correlaciona, portanto, as normas que apresenta. Então, ao consultá-las, você terá as referências das regras e súmulas que tratam desse mesmo assunto. Isso facilita o entendimento do conteúdo.
Quando o Vade Mecum é usado na faculdade?
O mesmo será seu companheiro na maioria das matérias durante toda a graduação. Sendo exceção em matérias como Sociologia e Filosofia.
Contudo, a sua importância cresce com o avanço do curso. Conforme o conhecimento das leis fica mais profundo, e com menos foco na argumentação, teoria geral e afins, o uso é frequente nos estágios e práticas jurídicas, por exemplo.
Os alunos, nesse sentido, precisam ter base para fundamentar suas medidas nas tarefas do trabalho ou simuladas. Logo, o Vade Mecum é o elemento principal de pesquisa desse conteúdo para essas ações.
Como os alunos podem usar esse livro nas provas, uma dica é ter as duas versões (impressa e digital). Isso porque, assim como na OAB e concursos, anotações na via física não são permitidas. Logo, você pode usar a via digital para esse fim.
Como escolher o Vade Mecum?
Confira a seguir uma check-list básica que irá ajudá-lo na escolha da versão que melhor se aplica aos seus estudos:
Editoras
Pesquise por editoras que sejam referência no mercado para Vade Mecum.
Vade Mecum específico ou geral
Avalie o que melhor atende às suas necessidades de estudo atual.
Publicação
Verifique o ano de publicação, bem como se a sua versão é a mais atualizada no momento da compra.
Referências
Fique atento às referências do material com base no organizador do conteúdo. Veja, então, se vai ao encontro do conteúdo que precisa estudar.
Índice
Verifique se o índice remissivo possui palavras-chave intuitivas que facilitam a busca em meio a tanto conteúdo.
Legislação complementar
Dê preferência às versões que oferecem legislação complementar para aprimorar o saber.
Tipo de papel
O tipo de papel do Vade Mecum faz a diferença na marcação e anotações, por exemplo. Então, opte pelo que melhor atenda ao seu modelo de estudo.
Vale lembrar que o mais importante é, por fim, ajustar as opções disponíveis no mercado à sua realidade financeira por se tratar de um material caro. Mas, sem deixar de ajustar ao seu método, ou seja, o que você tem mais facilidade em aprender, seja digital ou impresso.
Sua versão ideal
O primeiro passo, enfim, é determinar os seus objetivos no estudo e trabalho para fazer a escolha. Isso porque não há um modelo perfeito que atenda a todos, e sim, o que é mais ajustado a sua realidade acadêmica, profissional e financeira.
As necessidades são diferentes para cada um, e portanto, a forma de escolher seu Vade Mecum também deve ser de forma individual e personalizada.
