Passados quase dois anos desde a pandemia causada pelo coronavírus, especialistas discutem quais serão os desafios da educação pós-pandemia.
No ano de 2020, um vírus até então de origem desconhecida, poucas informações sobre o seu nível de contágio e até mesmo sem qualquer evidência sobre possível cura ou vacina, fez com que a sociedade mundial ficasse alerta sobre o presente e, sobretudo, o futuro da civilização.
Ademais, em um período curto de tempo, o vírus já matou cerca de 4,4 milhões de pessoas ao redor do mundo. Trata-se de um número exorbitante e que se compara às tragédias mundiais ao longo da história.
Assim, convém lembrar que o contexto da pandemia desencadeada pelo vírus covid-19 trouxe muitas mudanças ao redor do mundo, afetando diferentes áreas, dentre elas está a educação.
Dessa forma, urge a discussão acerca dos desafios da educação pós-pandemia. Assunto esse de importante discussão por todos os setores da sociedade.
Confira no artigo importantes pontos acerca dos desafios da educação pós-pandemia!
O que você verá neste artigo:
Desafios em aliar educação e tecnologia
Primeiramente, faz-se de suma importância lembrar que, no ano de 2020, assim que vários casos de contaminação pelo coronavírus se espalharam ao redor do mundo, inúmeras escolas foram fechadas.
Essa medida visava proteger estudantes, colaboradores, familiares e demais membros da sociedade, haja vista que o isolamento social era fundamental naquele contexto.
Por se tratar de um vírus desconhecido, mas com enorme chance de contágio, as escolas modificaram as suas práticas e atuações.
Assim, a educação teve como enorme aliada a tecnologia, proporcionando aulas e atividades por meio da internet e dispositivos tecnológicos.
Nunca antes foi visto na área da educação a importância em tornar a tecnologia como parte indispensável no processo de ensino e aprendizagem.
Não é tarefa fácil, visto que a sociedade ainda segue, majoritariamente, modelos tradicionais que, muitas das vezes, possuem muita resistência em adotar a tecnologia como parte do processo educacional.
Aliar a tecnologia à educação seguirá como um desafio, necessitando assim que profissionais da educação e especialistas na área reflitam sobre o currículo educacional e práticas de ensino e aprendizagem.
Desafios da educação em relação à desigualdade social
Embora muitos estudantes ao redor do mundo pudessem contar com aulas e atividades remotas, outra parte ficou totalmente sem aulas ou interações educacionais.
Segundo dados da Agência Brasil, cerca de 5,5 milhões de estudantes ficaram sem aulas no ano de 2020 no Brasil, devido à suspensão das aulas presenciais. O número exorbitante aponta para a desigualdade educacional presente no país.
Um dos principais fatores se refere à desigualdade social. Esta, acentuou discussões acerca da inclusão digital e a disparidade entre o ensino público e privado, principalmente no Brasil.
Dessa forma, evidenciou-se a desigualdade de oportunidades em relação ao acesso à educação diante de um contexto de pandemia e colapso social.
Em se tratando da desigualdade social, embora tenha sido demonstrada em um contexto pandêmico, segue como um enorme desafio para diferentes áreas pós-pandemia, sobretudo no que tange à educação.
Socialização e educação
Sabe-se que o processo educacional vai muito além do giz e lousa ou de um processo pautado em questões meramente individuais.
Antes de tudo, a educação envolve um processo dialógico e social, cuja interação entre os indivíduos é de extrema importância para poder acontecer o processo de ensino e aprendizagem.
Assim, o contexto da pandemia compromete a socialização entre as pessoas, impactando nas relações sociais entre diferentes faixas etárias e perfis de estudantes: crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Por conseguinte, observa-se que um grande desafio da educação pós-pandemia será justamente retomar as relações e apostar em práticas que visem o processo de interação presencial entre os indivíduos.
Saúde mental e educação: um grande desafio pós-pandemia
Para além do contágio pelo vírus, a pandemia alertou o mundo para a questão da saúde mental. Trata-se de uma área deveras esquecida ou deixada em segundo plano, principalmente na educação.
Assim, o isolamento social e as diversas adaptações, falta de socialização e bruscas mudanças trouxeram consigo uma sociedade que pede socorro em relação à saúde mental.
Ademais, alunos, professores, famílias e todos os envolvidos no âmbito educacional carregam os efeitos da pandemia.
Por conseguinte, mesmo no contexto pós-pandemia, observa-se que a educação precisará destinar um olhar diferenciado para colocar a saúde mental como parte fundamental.
Dessa forma, deve-se ter a visão de que para educar e aprender se concretizem sem perder de vista a saúde mental dos indivíduos.
Ensino híbrido como possibilidade
Para algumas instituições de ensino, a metodologia híbrida sempre foi uma realidade e parte do cotidiano.
Porém, várias escolas, universidades, alunos, professores e famílias só tiveram contato com a modalidade por conta da pandemia desencadeada pela Covid-19.
Assim, adotaram-se medidas restritivas que visavam a prevenção, prezando sobretudo pelo isolamento social inicial e, posteriormente, a presença das pessoas em números reduzidos nos ambientes.
Devido ao fato, esta categoria de ensino foi adotado em alguns países ao redor do mundo.
No Brasil, algumas escolas e universidades adotaram o formato para auxiliar pedagogicamente os estudantes, oferecendo ferramentas e plataformas que pudessem unir o modelo presencial e o remoto.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, houve períodos em que o modelo híbrido foi autorizado às instituições de ensino.
Atualmente, embora as medidas restritivas estejam diminuindo, muitas escolas e faculdades optaram por investir na metodologia mesmo após o cessar da pandemia.
Por fim, a grande discussão está em como ofertar ensino híbrido de qualidade, haja vista que nem todas as instituições foram bem sucedidas no processo.
A educação para além da sala de aula
Ainda há incertezas sobre a volta da sociedade aos moldes anteriores à pandemia, mas há certeza de que a educação deve ser pensada para além da sala de aula.
Embora muitas instituições e especialistas estivessem caminhando para refletir acerca de diferentes teorias e metodologias de aprendizagem, o contexto que exigiu medidas sanitárias, como o isolamento social, apontou haver muito a ser feito.
Criar e democratizar práticas educacionais que dialoguem com o cotidiano dos estudantes e sejam constantes, para além do cotidiano escolar e dos muros da escola, configura-se como um importante e complexo desafio para a educação pós-pandemia.
Para que novos modelos sejam criados e aplicados, e modelos tradicionais sejam repensados, o investimento em educação é uma ferramenta essencial.
Por fim, os desafios da educação pós-pandemia, depende de agentes sociais e que entendam a educação como chave para a efetiva transformação social.
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