Atualmente, a relação do jovem com o mercado de trabalho tem se apresentado muito complexa e repleta de desafios. Isso se deve, principalmente, aos obstáculos enfrentados em relação às mudanças no mundo das profissões.
Por conseguinte, não se pode esquecer de que o cenário contemporâneo colabora para a mudança das relações de trabalho desse público, além de refletir também as dificuldades presentes para o exercício das profissões.
Ademais, fatores relacionados aos processos formativos de cunho educacional, bem como relacionados às habilidades socioemocionais também devem ser levados em consideração para analisar tal questão.
Assim, analisar a relação atual do jovem com o mercado de trabalho oferece diferentes olhares e pontos interessantes a serem abordados para uma melhor visão sobre o tema.
O que você verá neste artigo:
Mercado de trabalho e exercício da cidadania da juventude
Por conseguinte, não se deve esquecer que a inserção do jovem no mercado de trabalho possui um papel notável para o pleno exercício da cidadania. Haja vista que este público representa o futuro de modo econômico e social.
Dessa forma, devem-se refletir sobre os desafios desta faixa etária perante o âmbito trabalhista, propondo soluções para eventuais problemas e planos de ação diante dos obstáculos ainda existentes.
Afinal, em se tratando do jovem no mercado de trabalho, quais fatores devem ser levados em consideração para se refletir acerca da questão?
Confira no artigo!
Presença atual do jovem no mercado de trabalho
Pesquisas recentes apresentam dados alarmantes sobre a ausência dos jovens no mercado de trabalho.
Assim, os fatores que explicam essas ausências podem ser ligados às questões econômicas e sociais, mas também sobre a escassez de vagas destinadas aos jovens.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2020 o desemprego entre os jovens atingiu a marca de 31,4%. Dessa forma, com base nos dados supracitados e na realidade nacional, nota-se que grande parte desses jovens apresenta escassa formação educacional e profissional, o que dificulta a sua inserção em ocupações cujas vagas estão ociosas no mercado
Apenas no ano de 2021 – referente ao primeiro semestre – cerca de 70% dos jovens brasileiros estavam desempregados. Trata-se de um número alarmante e que deve seguir como ponto de reflexão e investigação em busca de medidas para modificar este cenário.
Formação do jovem para o mercado de trabalho
Especialistas do ramo profissional e educacional apontam que um dos principais problemas enfrentados e que vai refletir na relação atual do jovem com o mercado de trabalho refere-se à formação.
Ao observar o ramo de educação profissional no país, nota-se um dos grandes desafios no Brasil que seria oferecer este tipo de formação concomitante aos estudos.
Dados recentes sobre os jovens no mercado profissional
Em matéria publicada no Estadão no ano de 2021, especialistas apontam a enorme necessidade em o mercado refletir sobre novas perspectivas para formação profissional de jovens, evitando que os mesmos venham a ocupar postos precarizados.
Dessa forma, muitos ainda encontram dificuldades na ocupação de cargos e funções, sobretudo pela ausência de formação técnica ou acadêmica.
Por conseguinte, a população jovem segue à margem do mercado de trabalho e, assim, inúmeras vagas permanecem ociosas.
Segundo reportagem do programa Conexão Futura, veiculada em 2015, cuja entrevistada Maíra Habimorad, sócio e CEO da Companhia de Talentos, afirma que o cunho formativo dos jovens – originando a falta de preparo para lidar com o mercado de trabalho – tem sido o principal problema em relação à ocupação das vagas disponíveis para os jovens.
Inteligência emocional do jovem para o mercado de trabalho
Sabe-se que a inteligência emocional é uma importante habilidade para o mercado de trabalho.
Logo, o jovem precisa desenvolver esta habilidade a fim de conseguir reconhecer e lidar com sentimentos de maneira construtiva.
Especialistas apontam que a falta de inteligência emocional tem sido um importante fator que segue impedindo que o jovem seja inserido, de fato, em diversos setores do mercado.
Segundo o Jornal da USP, em matéria publicada em 2021, um dos grandes desafios dos jovens para além de fatores socioemocionais que podem colaborar para a sua inserção no mercado de trabalho, refere-se à qualificação
Embora muitos ignorem questões referentes à inteligência emocional e fatores ligados às habilidades socioemocionais, já foi comprovado que estes são pontos indispensáveis para a formação do indivíduo.
Programas governamentais para inserção do jovem no mercado
Ademais, embora os programas de ensino e formação para inserção dos jovens no mercado estejam em vigência, seja na esfera municipal, estadual ou federal, ainda é necessário que haja a ampliação de medidas para que eles façam parte do mercado.
Assim, o Ministério da Educação em parceria com o Ministério do Trabalho devem investir na criação de programas voltados à educação profissional, por meio de disciplinas inseridas no currículo escolar, aliando a educação formal com a educação profissional
Inclusão do jovem e o futuro do mercado de trabalho
Em suma, a relação atual do jovem com o mercado de trabalho esbarra em questões de cunho econômico – pensando sobre os desafios de um mundo que tenta se recuperar de uma pandemia – e, consequentemente, em questões sociais.
Dessa forma, para pensar em um projeto de recuperação econômica e social, não se deve esquecer do papel da juventude frente às mudanças e transformações sociais.
O caminho para inserir o jovem no mercado de trabalho
Por fim, preparar o jovem para o mercado de trabalho, trabalhando todas as suas habilidades, construindo competência e explorando as suas potencialidades, parece ser um importante direcionamento das ações por parte do setor econômico e governamental.
Apenas com efetivas mudanças será necessário que a população jovem trilhe um caminho e reescreva a sua relação com o mercado de trabalho.
Continue conosco e veja nesse outro conteúdo o que é preciso para exercer uma profissão.